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Wanderlust #52 – Rehoboth e Wilmington, Delaware (11/51), Estados Unidos

(22/06/2018-24/06/2018)
Christina River, Wilmington

Nesta “missão” que nos demos (de conhecer o máximo de estados americanos possíveis) às vezes fica complicado de encontrar atrações em estados menos voltados para o turismo. Já havia acontecido com Connecticut e aconteceu novamente com Delaware, um pequeno estado na costa leste dos EUA, cuja maior cidade tem “incríveis” 70 mil habitantes (o estado todo tem cerca de 900 mil). Após dar uma pesquisada, decidimos passar uma noite na cidade costeira de Rehoboth, que recebe muitos turistas durante o verão, e outra em Wilmington, a capital de menos de 100 mil habitantes.

Saimos cedo para Rehoboth e depois de umas 4 horas dirigindo chegamos na cidade, onde estacionamos (ainda era cedo para o check-in) e fomos dar uma volta pelo boardwalk. O clima é como de qualquer cidade praiana que vive de temporada: restaurantes, sorveterias, lojas de tralhas de praia (brinquedos de areia, boias, guarda-sois, etc.), um monte de crianças e jovens em férias escolares e bastante idosos. Estava garoando um pouco, mas deu pra perceber que a praia e o clima lembram um pouco o litoral norte de São Paulo.

Depois do check-in, fomos conhecer Dewey beach, uma praia próxima que fica num istmo bem estreito (cerca de 200 metros) que separa o oceano Atlântico da Rehoboth bay. Demos uma parada no Rusty Rudder, de frente pra baia, para tomarmos umas cervejas. Uma pena que o tempo não estava ajudando, pois normalmente rola música ao vivo na grande área externa do bar.

Voltamos para o hotel para deixarmos o carro e fomos conhecer a cervejaria menos famosa da cidade, a Revelation Beer, que é bem aconchegante e tem ótimas cervejas. Estava rolando um som com dois caras tocando violão, bem num esquema “praiano” (um deles até de chinelo). Voltamos para a área mais movimentada e fomos conhecer o brewpub da Dogfish Head, uma das cervejarias mais famosas dos EUA, cuja sede fica em Milton (a uns 25 kilômetros de Rehoboth). O bar, que é bem grande e conta com 3 ambientes, estava bem cheio. Por sorte teve um show de uma banda bem boa e relativamente famosa no circuito alternativo dos EUA, chamada White Denim para animar a noite.

No segundo dia, tomamos café da manhã na cidade e fomos em direção a Wilmington. Paramos o carro na região central, mas estava chovendo bastante (mesmo!) e tivemos que ficar alguns minutos dentro do carro esperando a chuva parar. Quando conseguimos sair, ao passarmos pela Rodney Square, notamos que a praça estava cercada, havia um palco e algumas barracas, pois estava ocorrendo o Clifford Brown Jazz Festival naquele final de semana. Como iria começar mais tarde formos dar uma volta. Passamos no Riverfront Market, um pequeno “mercado central” com algumas lojas e restaurantes. Depois nos dirigimos ate a Stitch House Brewery pois iria chover novamente e lá conseguimos aproveitar para assistir ao jogo da Alemanha contra a Suécia pela Copa.

Voltamos então para a Rodney Square e acompanhamos um pouco do show. Depois fomos fazer o check-in no hotel, que ficava numa área um pouco periférica, mas ainda às margens do Christina River, que corta toda a cidade. Existe uma pista de caminhada que margeia o rio, passando por vários restaurantes, bares e pelo Constitution Yards, um beer garden onde existem algumas atrações, inclusive para crianças. Na volta, paramos no Timothy’s Riverfront Grill para jantarmos e tomarmos a saideira.

Como já disse, não é um estado que tenha muitas atrações turísticas, mas pretendemos voltar para pegar praia em Rehoboth no próximo verão.

Observações, dicas e considerações:

  • Pelo menos em Delaware, ao contrário de New Jersey, a praia é de livre acesso e de graça (sim, em New Jersey paga-se pra entrar na praia).
  • O estado de Delaware é tax free, ou seja, não existe o IVA (Imposto sobre Valor Agregado / VAT = Value-added tax) cobrado na maioria dos outros estados. É uma boa opção pra fazer compras para quem vai à Philadelphia (6% de IVA/VAT) ou está passando por lá no caminho entre New York (4%) e Washington (6% também).
  • Wilmington é praticamente colado na Philadelphia. Se alguém quiser se arriscar quando estiver visitando Philly dá pra fazer um bate e volta de boas. Se marcar dá até pra pegar um Uber.
  • Um negócio bem legal em Wilmington é que substituiram os parquímetros por um sistema eletrônico: voce baixa o aplicativo, cadastra sua placa, seu cartão de crédito e paga por ali. Dá pra deixar o carro sem preocupação com tempo, pois você pode colocar, por exemplo, duas horas de crédito, e ai quando faltarem 15 minutos para expirar o aplicativo te pergunta se você quer renovar e por quanto tempo.

Be happy 🙂

Wanderlust #51 – Chicago, Illinois (10/51), Estados Unidos

(25/05/2018-28/05/2018)

Chicago Riverwalk

Aproveitamos o feriado do Memorial Day e uma promoção de passagem aérea para conhecer Chicago, que muitos dizem ser a cidade mais legal dos EUA. Confesso que meu coração, atualmente dividido entre New York e Los Angeles (novamente), ficou abalado. A começar pelo belo O’Hare International Airport, muito bem decorado com bastante luz natural e trechos com neon e grafite. Bastante alegre, como deve ser a porta de entrada de qualquer cidade. O fato de também ter um metrô que liga o Aeroporto à Zona Central (e a praticamente qualquer lugar da cidade) é um ponto a mais em relação à Los Angeles (New York neste quesito ainda é imbatível dentro dos EUA).

Após o check-in no hotel, fomos dar uma volta pela região central (downtown), também conhecida como “The Loop” pelo fato dela ficar entre um quadrilátero formado por duas linhas circulares de trem, daquelas suspensas (um looping, já que os trilhos não tem fim, parecendo um ferrorama). A região conta com bastante lojas, comércio e uma universidade, então está sempre bem movimentada. Como era a última sexta-feira do mês, estava rolando uma Critical Mass, que é um evento que ocorre em várias cidades do mundo todo, sempre na última sexta de cada mês. Neste evento, os ciclistas “tomam” as ruas da cidade, preferencialmente no horário de pico. É uma forma de “marcar” território sobre os veículos automotores.

Depois da volta no centro, com direito a um sorvete, pois estava bem quente, fomos percorrer o Chicago Riverwalk que é tipo um parque linear às margens de um dos rios da cidade. Neste “parque” existem bares, restaurantes, espaços para simplesmente sentar e relaxar e mesmo os donos de barcos apenas param na margem para curtir o clima (existe a possibilidade de alugar um barco também). Como paulistano dá uma inveja danada quando eu vejo algum rio que corta uma metrópole sendo aproveitado ao invés de ser escondido ou usado como esgoto. Fomos procurar algum lugar para beber e acabamos caindo num bar meio sem graça que até esqueci o nome. Sinal que nem valeria a pena recomendar.

No sábado acordamos cedo, tomamos café e fomos conhecer o Millennium Park e mais uma série de parques contíguos a este (North Park, South Park, North Rose Garden), que formam um belo conjunto de lazer às margens do enorme lago Michigan. Depois andamos pela margem do lago até o Navy Pier. O caminho também pode ser feito de bicicleta, já que existe uma ciclovia que percorre toda a margem. No Navy Pier existem várias atraçoes, como parque de diversões, restaurantes e bares. Interessante que dá pra beber ao ar livre na área do pier. Continuamos andando, passando pela Ohio Street Beach e pela Oak Street Beach, duas das diversas praias existentes à margem do lago.

Em seguida, com o sol já a pino, nos dirigimos até Old Town, um distrito cheio de bares, atêlies, restaurantes, etc. Demos uma parada na Old Town Pour House para acompanhar a final da Champions (infelizmente o Liverpool perdeu). Dali, já no início da noite, nos dirigimos para a Goose Island, onde a tradicional foto foi feita, excepcionalmente, com a camisa do Liverpool.

No domingo já haviamos decidido conhecer a região da Logan Square e a Milwaukee Ave, que também conta com uma série de cafés, bares, atêlies, entre outras atrações. Descemos na estação Division St da Blue Line e resolvemos caminhar pela avenida os pouco mais de 4 kilometros até a Logan Square. Não foi lá uma idéia muito boa, pois o sol estava escaldante e a avenida tinha pouca sombra. Quase desistimos durante o percurso. Ainda bem que não desistimos, pois no meio do caminho conhecemos a Bloomingdale Trail, que é um parque contínuo construido sobre uma linha de trem desativada, igualzinho ao High Line de Nova Yorque. Esta trilha liga diversos parques, na chamada Rota 606. Também passamos pelo famoso Grettings from Chicago mural. Finalmente chegamos a Logan Square, que na verdade não tem nada demais, mas ao menos estava ocorrendo uma Farm Market. Depois voltamos alguns metros pela Milwaukee Ave para tomarmos uma cerveja na Revolution Brewing. De lá, como já tinhamos conhecido tudo que haviamos planejado, terminamos a trip na
Forbidden Root Restaurant & Brewery, uma ótima cervejaria, com petiscos muito bons.

Chicago me deu a impressão de ser uma cidade muito legal, daquelas que valeria a pena morar. Só agora escrevendo este artigo eu fui perceber que ela é a cidade dos EUA (das que eu conheço) que mais se assemelha a Berlin em diversos quesitos, como arquitetura, existência de vários parques, transporte público abrangente e com uma diversidade enorme. Talvez por isto ela tenha me encantado logo de cara.

Observações, dicas e considerações:

  • Chicago é onde foi filmado o clássico Curtindo a Vida Adoidado. Aquela cena dele cantando Twist & Shout e bem no The Loop. E reassistindo agora o vídeo percebi que se tratava de uma Oktoberfest….hahaha.
  • A cidade aparenta ser bem tolerante e diversa em todos os quesitos (etnias, LGBT, imigrantes, etc.).
  • No hotel em que ficamos estava rolando uma convenção da Mapfre da Espanha, um dia subindo de elevador entraram alguns espanhois e começaram a falar. Quase puxei um “bella ciao” (estava assistindo La Casa de Papel na época….kkk).

Be happy 🙂

O’Hare International Airport

O’Hare International Airport

New East Side

The Loop

Muddy Waters by Kobra – The Loop

The Loop

Millennium Park

Millennium Park

Buckingham Fountain

Lake Michigan

Navy Pier

Lake Michigan

Ohio Street Beach

Old Town

Lincoln Park South Fields

Bloomingdale Trail

Wanderlust #50 – Hoover Dam e Grand Canyon – Nevada/Arizona (9/51), Estados Unidos

(13/02/2018-14/02/2018)

South Rim – Grand Canyon

O Grand Canyon e um desfiladeiro “esculpido” pelo rio Colorado. Ele tem cerca de 450 kilômetros de comprimento e em alguns pontos chega a ter quase 30 kilômetros de largura e tem uma profundidade máxima de quase 2 kilômetros. Sendo uma obra impressionante da natureza dentro de um país que se orgulha e promove (as vezes até exageradamente) suas belezas naturais, era de se esperar que não fosse diferente com esta. A área fica dentro de um enorme parque, criado para preservar e explorar comercialmente a regiao. Além de várias opções de passeios (excursões, jipe, helicóptero, avião), principalmente à partir de Las Vegas, existe a possibilidade de pernoitar no parque em algumas das áreas que contam com hotéis, camping ou espaço para trailers. Resolvemos pernoitar na região mais popular, conhecida como South Rim, que além de conter uma pequena vila com alguma infraestrutura como hotéis, mercado e restaurantes, é onde se encontram as partes mais famosas do Canyon.

Porém, como estávamos indo de Las Vegas, resolvemos primeiro parar no Hoover Dam, uma barragem no Rio Colorado, exatamente na divisa entre os estados de Nevada e Arizona. A obra é impressionante, principalmente por ter sido construida há quase 90 anos. Vale uma passada, mas ainda acho o Canyon e a Barragem do Xingó bem mais bonitos.

Voltando ao Grand Canyon / South Rim: infelizmente além de ter nevado nos dias anteriores, na nossa chegada estava uma névoa muito forte, o que impedia de ver o pico das montanhas. Mas ainda assim deu pra dar uma caminhada pela beira do canion em uma das várias trilhas, além de termos conseguido ver o pôr do sol, mesmo entre algumas nuvens, que dizem ser uma das melhores atrações do local. A visão do canion é algo de tirar o fôlego! Realmente uma das obras mais fantásticas da mãe-natureza.

A noite jantamos em um dos restaurantes locais e fomos dormir cedo, pois no outro dia queríamos ver um outro pedaço, antes de irmos embora.

Foi uma passagem muito rápida, mas que vale pela beleza natural. A época não era muito propícia e talvez fazer a viagem de trem, deixando o carro em Willians, fosse mais interessante para aproveitar a paisagem do caminho, além do passeio de trem, obviamente. Mas valeu a pena ter ido de carro, pois a paisagem também é interessante e as estradas legais de se dirigir. Mas ainda pretendemos voltar em uma outra época para aproveitar mais.

A próxima parada foi Phoenix, antes passando por Sedona, mas como já falei sobre estes locais aqui e desde então pouca coisa mudou, não vou me tornar repetitivo.

Observações, dicas e considerações:

  • O Hoover Dam é aquela barragem que se rompe no primeiro filme do Superman (o do final da década de 70).
  • As regiões onde é possível chegar de carro no Grand Canyon, como o South Rim, são parques e cobra-se entrada.
  • No inverno as temperaturas são na faixa de zero graus e no verão em torno de 40. As melhores épocas para visitar, portanto, são no outono e na primavera.
  • Dá pra fazer um “bate e volta” de trem (entre a chegada e saída do trem, são quase quatro horas), mas o interessante é pelo menos pernoitar, para não correr e poder ver as coisas com calma.
  • Para quem gosta de trilhas e bike, talvez alguns dias a mais sejam interessantes, só que ai neste caso, precisa realmente ser na meia estação, pois não é aconselhável fazer estas atividades no verão, e não vai ser muito confortável no inverno.

Be happy 🙂

Hoover Dam

Hoover Dam

Hoover Dam

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

South Rim – Grand Canyon

 

 

 

Wanderlust #49 – Las Vegas – Nevada (8/51), Estados Unidos

(09/02/2018-13/02/2018)

Freemont Street – Downtown Las Vegas

Vegas é aquele lugar que é tão insólito, tão diferente de tudo, que virou um “mundo à parte” que todos deveriam conhecer. A cidade se situa no meio do deserto de Mojave e algo tão grande construído literalmente no meio do nada já é algo pra chamar a atenção. Além de ser uma das duas cidades onde se pode beber em público nos EUA (New Orleans é a segunda cidade americana onde o consumo de álcool em público é legal, apesar de ser tolerado temporária ou definitivamente em outras cidades) o estado de Nevada é o único onde a prostituição é legal.

Como a cidade foi erguida há pouco tempo, praticamente do zero e já com o propósito de servir como a Meca dos jogos de apostas, tudo foi pensado para girar ao em torno do tema “diversão” e a cidade parece um enorme parque de diversões. Uma Disneylândia de adultos.

Ficamos hospedados no Circus Circus, um pouco fora do burburinho da strip (já volto nisto), mas que em si é um complexo gigante. O hotel/resort conta até com um parque de diversões indoor, com montanha russa e tudo.

No nosso primeiro dia resolvemos caminhar até Downtown Las Vegas, a parte de Vegas que surgiu antes da cidade virar “Las Vegas”. Por lá se encontram algumas atrações mais antigas, mas a principal delas, com certeza, é a Freemont street, um “calçadão” (parcialmente coberto) onde existem muitos bares, restaurantes, quiosques vendendo de tudo (inclusive bebidas) e, claro, cassinos.

Depois de uma volta por lá, com uma passagem pelo Container Park, paramos para tomarmos umas na ótima cervejaria Banger Brewing. Depois ficamos passeando pela rua e aproveitando os diversos shows, tanto nos palcos quanto os proporcionados por artistas de rua. De lá, seguimos até a cervejaria Hop Nuts Brewing, que fica localizado no Arts District, um bairro com bastante atelies e arte de rua, meio que uma Vila Madalena. Interessante que quase toda cidade grande nos EUA que conhecemos tem um destes. Antes de irmos dormir, ainda tomamos mais umas no bar do hotel.

No outro dia fomos finalmente caminhar pela Strip, com destino até a placa de Welcome Las Vegas. Não tem muito o que falar sobre a strip. A avenida é margeada por enormes hotéis/cassinos, cada um com seu tema (Veneza, França, Império Romano, etc.). Obviamente existem várias lojas, de tudo quanto é tipo. E cada cassino em si e um mundo a parte, com as mais diversas atrações imagináveis. Talvez o mais legal de caminhar pela Strip seja observar a “fauna”, que é a mais variada possível: famílias, gamblers (apostadores), bêbados, grupos de jovens, enfim, tem de tudo.

Fomos até a tal placa, que por sinal é bem supervalorizada (ainda menos que o Hollywood sign), ou seja, valeu apenas pela longa caminhada. Na volta paramos na Beerhaus para umas cervejas e para fazer tempo, já que a noite iríamos assistir ao espetáculo Love, do Cirque du Soleil, com temática dos Beatles. Taí um negócio que eu aconselharia para quem vai pra cidade e não é um apostador: os espetáculos são fantásticos.

Como já tinhamos visto basicamente tudo, na segunda preferimos curtir novamente o clima da Freemont ao invés da Strip, apesar dela estar menos movimentada e não terem mais os concertos. No outro dia, ainda aproveitariamos mais um pedaço de Nevada no nosso caminho para o Grand Canyon, sobre o qual falo no próximo post.

Observações, dicas e considerações:

  • Como pode beber na rua, é comum ver o pessoal andando com uns copos de drinks (de plástico). São copos grandes, de até um metro de altura, geralmente no formato de instrumentos de laboratório de química, mas existem outros formatos (como botas). Normalmente além de servir como containeres para a bebida, vira um souvenir.
  • Os cassinos não têm janelas, tem iluminação bem forte, bem como som alto. Tudo isto para fazer as pessoas perderem a noção do tempo enquanto jogam. Creio ser este também o motivo para ser permitido fumar, assim você não sai e vê que o dia está amanhecendo.
  • Quando nos dirigiamos para a Beerhaus, nos deparamos com um grupo de homens, de todas as idades (literalmente dos 18 aos 80), trajando uma camisa metade amarela e metade preta, com o nome Karlsson escrito. Quando já estávamos em Phoenix (a terceira parada desta trip), acabamos topando novamente com o grupo, que estava curtindo a noite no bar onde o Tony estava tocando. Eles eram um grupo da Suécia que foi fazer uma trip nos EUA acompanhando alguns jogos de Hockey onde alguns jogadores suecos, como o tal do Karlsson joga. Eita mundo pequeno!
  • Ainda não entendi qual a pira de casar em Las Vegas.

Be happy 🙂

McCarran International Airport: ate o Aeroporto e um cassino!

Capelas e mais capelas.

So figuras na Freemont Street

Freemont Street

Circus Circus: sem janelas, muita iluminação e som alto!

Treasure Island

The Mirrage (com o anuncio do show, Love, do Cirque du Soleil)

O famoso Bellagio e suas aguas “dançantes”

Paris, Vegas….hahaha

O superestimado “Welcome to Fabulous Las Vegas Sign”

Luxor

New York-New York

Planet Hollywood (sim, isto e o teto do cassino)

Cassinos são um dos poucos lugares fechados onde se pode fumar

The Venetian – brega pra caramba!!!…hahhaha

The Strip

Freemont Street a noite

Tirolesa na Freemont Street

Bellagio a noite

Wanderlust #48 – Virginia (7/51), Estados Unidos

(23/11/2017-26/11/2017)

Norfolk

E mais uma vez em um Thanksgiving resolvemos conhecer um estado pouco turístico e pouco famoso, assim como fizemos no ano anterior com Maryland. E mais uma vez fomos surpreendidos positivamente.

A Virgínia é um pequeno estado na costa leste americana, perto de Maryland, e que é famoso por dividir com este o District of Columbia, que fica na divisa entre os dois estados e onde se encontra a capital política dos EUA (Washington). Assim como o estado vizinho, a Virgínia ainda tenta se recuperar da crise de quase dez anos atrás.

Chegamos em Norfolk no final da tarde e, como já haviamos notado no caminho (e percebido no ano anterior), praticamente tudo estava fechado para a celebração do principal feriado americano. Fizemos o check-in e fomos dar uma volta. Como a natureza felizmente não tira folga, fomos presenteados com um por do sol fantástico à beira do Rio Elizabeth, que a cidade margeia. Depois das 20:00 a cidade começou a “despertar” do feriado e, caminhando a esmo acabamos topando ao acaso com a Brick Anchor, que tinha umas 20 torneiras de cervejas locais. Bom começo de feriado!

Na sexta de manhã fomos até Virgínia Beach, o balneário mais famoso do estado e a cidade com a maior população, e que deve lotar durante o verão. Ainda tinha um “rescaldo”, já que o frio demorou a chegar este ano e para a época até que estava bem movimentado. Tomamos um belo café da manhã na Log Cabin Pancake House e depois fomos caminhar no agradável boardwalk.

De volta a Norfolk fomos conhecer a cidade de dia (mas ainda sem muito movimento). Passeamos a beira do rio pelo Waterside District, depois pelo Town Point Park e pelo Freemason Harbour, um bairro antigo composto de várias casinhas de tijolos. Depois fomos até o Neon District e Ghent, duas áreas da cidade que estão passando por renovações. Ghent lembra um pouco da Europa (no entanto sem lembrar de sua homônima belga), com predinhos de 2 andares, muita vegetação e tranquilidade.

Já o Neon District é meio que uma Vila Madalena em menor escala: galerias de arte, um teatro, muito grafite, cafés, instalações artísticas em praças, etc. Depois de uma volta pelo bairro fomos “abrir” a Bearded Bird para umas cervejas. Numa das idas ao banheiro a Lu notou que havia um cartaz anunciando um “appetizer” brasileiro: a coxinha. Perguntei para a bar tender sobre a coxinha e ela me explicou que uma amiga dela, brasileira e proprietária do Taste of Brazil, fazia o petisco para a cervejaria quando não havia food truck servindo lá. A conversa parou e nós continuamos a tomar cerveja. Mas depois de uns 30 minutos aparece o entregador com as saborosas coxinhas. Isto é que é comfort food! Demos mais uma volta na cidade e voltamos ao hotel pois no outro dia iríamos para Richmond. Mas é claro que antes de sair de Norfolk tomamos um café da manhã no Taste of Brazil.

Chegamos a Richmond ainda de manhã, estacionamos o carro e fomos andar por downtown, passamos pelo Virginia State Capitol (parece que toda cidade americana tem seu Capitólio) e pelo restante da região central.

Depois de fazermos o check-in, fomos andar na Broad Street, onde se encontra a Virginia Commonwealth University. Depois andamos pela Monument Ave e fomos até Jackson Ward.

Havíamos mapeado algumas cervejarias, que ficavam em sua maioria no bairro de Scott’s Addition, meio afastado da região central da cidade. Então pegamos um Lyft e fomos conhecer a primeira delas, a Ardent Craft Ales. O mais interessante foi notar que o bairro era provavelmente uma região industrial, mas que agora os galpões estão sendo convertidos em bares, lojas, galerias de arte. Muito legal a transformação e dá para “perder” algumas horas passeando por ali. Após sair da Ardent, fomos até a Isley Brewing Company continuar a peregrinação. Local ótimo, tanto pelas cervejas, quanto pelo atendimento e a música ao vivo. Para encerrar voltamos ao centro para comermos e tomarmos a saideira no 7 Hills Brewing Company, que até já fechou. Sinal que eu tô bem atrasado com os posts de viagens!

Observações, dicas e considerações:

  • Existem estátuas de sereia espalhadas por toda cidade de Norfolk, tipo uma cow parade.
  • A estátua de Netuno em Virginia Beach impressiona pela imponência.
  • Os cigarros na Virginia são muito baratos, praticamente metade do preço de New Jersey. Quase compensa viajar até lá para abastecer o estoque.
  • O pessoal da Virginia é muito educado e prestativo.
  • A paisagem na Virginia durante o outono (especialmente na beira das estradas) é uma coisa que já faz valer a viagem.

Be happy 🙂

Norfolk

Virginia Beach

Virginia Beach

Norfolk

The Pagoda – Norfolk

Neon District – Norfolk

Neon District – Norfolk

Neon District – Norfolk

Ghent – Norfolk

Neon District – Norfolk

Neon District – Norfolk

Neon District – Norfolk

Comfort food na Bearded Bird – Neon District – Norfolk

Bearded Bird – Neon District – Norfolk

Neon District – Norfolk

Downtown Richmond

Downtown Richmond

Virginia State Capitol – Richmond

Jackson Ward – Virginia

Norfolk

Wanderlust #47 – Philadelphia, Pennsylvania (6/51), Estados Unidos

(16/Set/2017-17/Set/2017)

Já estive umas 3 ou 4 vezes na Philadelphia, além de algumas outras cidades da Pennsylvania, tanto a trabalho quanto a passeio, mas em todas as vezes havia feito apenas “bate-e-volta”. Desta vez aproveitamos o finalzinho do verão para aproveitarmos um final de semana inteiro na cidade.

Por ficar no meio do caminho entre New York e Washington, DC, a cidade costuma ser um ponto de parada para turistas que tem as duas cidades no roteiro, mas normalmente as pessoas passam rapidamente e não aproveitam tudo o que a cidade oferece. Normalmente estas pessoas fazem o chamado “turismo cívico”, que se concentra em um parque chamado Independence Hall, que foi o lugar onde foi declarada a independência dos EUA.

Mas a cidade tem outras atrações além disto e provavelmente a mais famosa é o Philadelphia Museum of Art, que ficou muito famoso por conta da cena do filme Rocky, em que o personagem de Sylvester Stalone sobe correndo a escadaria. Atualmente existe próximo ao local uma estátua representando a cena, normalmente com fila, tanto para tirar foto com a estátua como para tirar a foto imitando a icônica cena no topo da escadaria.

Chegamos cedo na cidade e fomos fazer estes passeios, o que rendeu uma boa caminhada, e várias outros pontos interessantes entre os dois, como o Reading Terminal Market, o Philadelphia City Hall e a Benjamin Franklin Pkwy (que é margeada por bandeiras de todos os países). Depois dos pontos turísticos, fomos fazer o que mais gostamos: explorar a cidade. Primeiro passamos pela Rittenhouse Square, uma região com lojas, restaurantes e bares. Uma das laterais da praça estava fechada para carros e com mesas espalhadas pela rua, e na praça estava ocorrendo uma feira de artesanato. Já que ainda era cedo para fazermos o check-in no hotel, paramos na Misconduct Tavern para tomarmos umas duas cervejas.

Depois de fazermos o check-in, fomos dar uma volta na região leste da cidade, além do Independence Hall. Esta área termina numa região portuária chamada Penn’s Landing. Ficamos sabendo que no dia seguinte, domingo, iria acontecer um Brazilian day ali. Depois caminhamos à beira do Delaware River até a Yards Beer Company, onde ficamos até o início da noite (e do final da tempestade que caiu no final de tarde). Voltamos para a área do hotel, próximo a Washington Square, jantamos e fomos experimentar o sorvete da Sweet Charlie’s, pois mais cedo notamos que havia uma grande fila, e onde tem grande fila, a chance de ter um sorvete bom é grande. Bingo! Muito bom o sorvete, daqueles feito na “chapa” (de gelo, óbvio).

No domingo de manhã voltamos no Reading Terminal Market para tomarmos o café da manhã. Depois andamos aleatoriamente pela cidade e passamos pela Washington Square, que ficava próxima ao hotel. Fomos novamente para a região do Penn’s Landing, desta vez por outro caminho, e acabamos topando com a ótima 2nd Story Brewing onde, claro, fui obrigado a provar o sample flight. Depois fomos dar uma olhada na Brazilian fest. Nada demais, mas deve servir para a galera local que nao vai ao Brasil há algum tempo matar saudade da música, de ouvir português e de provar alguns petiscos. Como não poderiamos deixar de fazer, fomos então provar um Philly Cheesesteak. Philly é como a cidade é carinhosamente chamada, então como o nome sugere, o lanche é o típico Cheesesteak da Philadelphia. Fomos até o famoso Jim’s Steaks e realmente o lanche foi um dos melhores cheesesteaks que já comi. Depois disto foi só pegar o carro e voltar para casa.

Observações, dicas e considerações:

  • Com um pouco de vontade dá pra fazer tudo a pé. Para quem não tem este pique, Uber e Lyft ajudam.
  • Fui a trabalho em um evento no museu Ben Franklin e recomendo para quem for passar mais tempo na cidade.
  • A não ser que voce goste muito de história, não vale encarar a fila para fotografar o Liberty Bell.
  • No verão, como na maioria das cidades onde o inverno e rigoroso, ocorrem muitos eventos (concertos, feiras), então é bom conferir a agenda pra ver o que tá rolando.
  • Para quem gosta de street-art em geral, a cidade é um prato cheio: além de muito grafiti, na maioria dos lugares turísticos existem painéis pintados, muitos deles há muito tempo.

Be happy 🙂

Independence Hall

Washington Square

Delaware River

Philadelphia Museum of Art

Benjamin Franklin Pkwy

Reading Terminal Market

Reading Terminal Market

Reading Terminal Market

Reading Terminal Market

Philadelphia City Hall

Philadelphia Museum of Art

Wanderlust #45 – São Paulo – Brasil

(18/Ago/2017-02/Set/2017)

Praça Roosevelt

Uma vez assistindo um programa sobre brasileiros que moram no exterior (o programa era sobre Berlin, se não me engano), uma das brasileiras entrevistadas soltou uma frase maravilhosa: “o migrante se torna um apátrida, pois o país para o qual ele imigrou nunca será o seu lar, e o país do qual ele emigrou nunca mais será o seu lar”. Após quase um ano morando fora fui entender o sentido da frase. Mesmo com toda a tecnologia de comunicação disponível, principalmente através da internet, quem está fora do país acaba por perder referências durante o tempo que passou fora (de cultura, de política, etc.), ao mesmo tempo em que não tem as referências do novo país (um desenho que as pessoas assitiam na infância, uma moda, um brinquedo ou um programa de TV de dez anos atrás, etc.). O Gilberto Gil cantou isto lindamente na maravilhosa Lamento Sertanejo, em parceria com o Dominguinhos (aqui tem uma versão imperdível com o Hamilton de Holanda, a caboverdiana Mayra Andrade e o Yamandu Costa). E foi com este vácuo de quase um ano perdendo referências (ainda pouco tempo, mas uma diferença perceptível) que visitamos São Paulo pela primeira vez na condição de turistas (a primeira volta, em Dezembro, não conta, pois foi um “bate-e-volta”).

A primeira coisa notável é a forma como rapidamente já incorporamos alguns costumes, a ponto inclusive de nos irritarmos um pouco com alguns comportamentos, como por exemplo a falta de respeito às leis de transito. A cidade em sí não mudou muito, o que particularmente achei um mau sinal. São Paulo vinha numa mudança nos últimos 6 ou 7 anos para um estilo de cidade mais parecido com o que eu idealizo em uma metrópole, especialmente no que diz respeito ao uso do espaço público por sua população (não adianta, sempre terei Berlin como referência neste quesito). Parece que aquele impeto de ocupar os espaços públicos deu uma aplacada. A Praça Roosevelt, a Consolação e a Avenida Paulista (em um dia normal) me pareceram menos “festivas” do que eram quando nos mudamos. Felizmente a própria Paulista aos Domingos e a Vila Madalena, ainda estão com bastante atividade (apesar do clima um pouco diferente).

Este é um Wanderlust um pouco diferente. Sei lá, não sou mais um “paulistano”, mas ao mesmo tempo ainda não me sinto como um turista na cidade. Ainda posso dar dicas de alguns lugares interessantes, mas as dicas seriam de um “nativo” de um tempo passado (ou seja, podem ser uma furada), e não de um turista. Então desta vez vou me abster.

Se esta sensação me dá algum arrependimento da mudança? De forma alguma! Toda escolha que se faz na vida é sempre múltipla: voce escolhe uma opção, mas ao mesmo tempo deixa de escolher infinitas possibilidades. E eu acho uma besteira ficar com saudades do que poderia ter sido (obrigado Paul Austin). E como diria o mesmo Gilberto Gil, “o melhor lugar do mundo é aqui e agora“. E até que a sensação de “falta de pertencimento a algum lugar” (que na verdade não é nova, pois já fazem uns dez anos que eu não me sentia “em casa” no Brasil) se aplacou um pouco quando o oficial da alfândega nos desejou um “Welcome home!”.

Observações, dicas e considerações:

  • Eu ainda estou pra ver alguma outra cidade que tenha algo como a Vila Madalena em termos de vida noturna. Uma mistura de tribos, de estilos, uma gama tão grande de opções (em uma área geográfica relativamente pequena) que ainda não encontrei nada nem parecido em Nova Iorque, Los Angeles ou Berlin (pra citar as grandes metrópoles que conheço a fundo e que são comparáveis a São Paulo, não conheço muito bem Londres).
  • Como querem promover o turismo na cidade se um turista não consegue nem comprar um bilhete único para se locomover pela cidade?

Be happy 🙂

Metrô Consolação: em SP pode beber em público. Não pode beber no metrô, mas pode também!

Escadaria do Bixiga (ou do Jazz)

Escadaria do Bixiga (ou do Jazz) – ficou muito legal com os grafites!

Escadaria do Bixiga (ou do Jazz)

Avenida Paulista aos Domingos – a ocupação do espaço público ainda resiste!

Beco do Batman – Vila Madalena

Pôr-do-sol na Ponte da Casa Verde/Marginal Tietê

Wanderlust #44 – Mystic e New Haven – Connecticut (5/51) – Estados Unidos

(21/Jul/2017-23/Jul/2017)

Yale tem até uma usina termoelétrica própria!

Este post vai ser curto, porque o passeio em si foi curto. Quer dizer, demorou pra chegarmos lá, mas as atrações eram limitadas. Nesta “missão” de conhecermos o maior número possível de estados americanos enquanto estivermos por aqui, fomos desta vez conhecer o pequeno estado de Connecticut, no noroeste dos EUA, região conhecida como Nova Inglaterra (expliquei no post de Boston). Como não conseguimos achar muitas atrações turísticas por lá, decidimos escolher a cidade que seria, teoricamente, a mais movimentada como base. New Haven, além de ter a segunda população do estado, com “impressionantes” 130 mil habitantes (pouco menos que a Freguesia do Ó), é onde fica a Yale University.

Chegamos na cidade na sexta à tarde, demos uma volta rápida e já paramos na Cask Republic para tomarmos umas. Saimos do bar e fomos andar um pouco mais pela região central, que é cheia de bares e restaurantes e paramos novamente, desta vez no The Beer Collective.

No sábado de manhã dirigimos cerca de uma hora até a cidade de Mystic, uma pequena cidade de veraneio que fica num “braço de mar” do Oceano Atlântico. Apesar de pequena, a cidade era bem movimentada, além de ser bem charmosa. Andamos por umas duas horas na cidade, paramos para tomar um sorvete e voltamos para New Haven.

Já em New Haven, fomos conhecer a cidade com um pouco mais de tempo, mas mesmo assim o passeio foi bem rápido. Passamos pela New Haven Green, a praça central da cidade, onde a noite aconteceria um show (e o pessoal já estava se acomodando), alguns prédios antigos que pertenciam à Yale e depois fomos para a região onde a maioria dos prédios da universidade se concentram. Diferente de Boston (MIT e Harvard) e Princeton (uma hora eu escrevo sobre), Yale é aberta e não dá para saber onde começa ou termina a universidade, exceto pelos nomes das escolas nos prédios. Uma diferença também é que os prédios, apesar de seguirem o estilo da Nova Inglaterra, tem um ar mais moderno. Arquitetura interessante.

Paramos no meio do caminho na Three Sheets para algumas cervejas e depois prosseguimos andando a esmo pela cidade. Caminhando novamente perto do hotel encontramos o melhor achado da cidade, o Barcade, um fliperama (com várias máquinas clássicas) com um bar de cervejas especiais. Que idéia fantástica!!!!

Apesar de não ter praticamente nenhuma atração turística, se fosse mais perto (umas duas horas), até que eu voltaria para a cidade outras vezes para curtir os bares e o clima jovial. E pernoitaria em Mystic para aproveitar a pequena cidade de veraneio.

Observações, dicas e considerações:

  • Infelizmente não achamos uma cervejaria na parte centra da cidade para fazer a famosa foto com o sample flight.
  • Connecticut e um nome dificílimo de pronunciar!
  • Pela Internet, música do Gilberto Gil do disco Quanta, de 1997, faz uma pequena referência ao estado.
  • O barman (acho que era dono) do Barcade, ao ver minha camisa do Santos já perguntou de cara: “brasileiro?”, quando respondi que sim ele me disse que era “corintiano” e depois me explicou que teve um grande amigo brasileiro que morava na cidade e que o “convenceu” a torcer pelo Corinthians. Talvez isto também explique o piso à lá calçadão de Copacabana no bar.

Be happy 🙂

Mystic

Mystic

New Haven

New Haven

New Haven

New Haven

New Haven

New Haven

New Haven

Barcade, New Haven

Barcade, New Haven

New Haven

New Haven

Wanderlust #40 – Boston – Massachusetts (4/51) – Estados Unidos

(27/Mai/2017-29/Mai/2017)

Public Garden

Diferentemente da colonização Espanhola e Portuguesa (e da própria colonização Inglesa em outros lugares), que era uma colonização exploratória (explorar os recursos das colônias para enviá-los ao país colonizador), a colonização Inglesa nos EUA teve um intento ocupatório: o plano era montar uma versão maior da Inglaterra. Não à toa, muitos dos locais existentes nos EUA receberam nomes de localidades Inglesas com o prefixo “new”: New York, New Jersey e New Hampshire, por exemplo, eram todos “xerox ampliadas” de York, Jersey e Hampshire, na Inglaterra.

Esta caracteristica de ser uma “cópia” da Inglaterra fica muito evidente na região nordeste dos EUA, que é justamente conhecida como New England e que incluí, entre outros, o Estado de Massachussets, cuja capital, Boston, fomos conhecer no feriado do Memorial Day.

Como chegamos na cidade antes do check-in no hotel, que ficava na região de Back Bay, resolvemos parar o carro (na rua mesmo) e irmos conhecer o Boston Commons e o Boston Public Gardens, que são os dois principais parques de Boston. Na verdade, como são colados, a impressão é que é um parque só, já que voce não sabe quando termina um e começa o outro.

Depois do check-in fomos caminhar pela Commonswealth Avenue, um belo jardim linear, e depois até Harvard, que na verdade fica em outra cidade (Cambridge). Na caminhada, passa-se pelo MIT. Para quem quer conhecer universidades e faculdades, ainda tem o Berklee College of Music, Boston College, entre outros tantos institutos de educação sediados na cidade. Pela quantidade dá pra se concluir duas coisas: (1) que os ingleses realmente “investiram” na região e (2) que Boston é bem agitada e diversa, já que recebe muita gente jovem do mundo todo.

Depois da bela caminhada pela Massachusetts Ave, que é repleta de restaurantes, livrarias, bares, lojas de disco e outros tipos de comércio que tendem a existir perto de universidades, paramos para tomar umas na tradicional John Harvard’s Brewery & Ale House, que tem um ambiente bem legal (e não fomos expulsos!!!) e ótimas cervejas feitas no local!

Pegamos o metrô na volta e desembarcamos em Downtown, que é diferente de outros centros de cidade nos EUA. Geralmente os downtowns das cidades americanas são regiões desertas e degradadas, mas o de Boston lembra muito o centro de São Paulo: vários calçadões com muitas lojas (tem até Primark!), fast foods, artistas de rua, etc. Não é lá uma “atração turística”, mas vale uma passada. De lá voltamos para Back Bay e fomos procurar algo para comer.

O domingo era o único dia que teriamos inteiro na cidade, entao levantamos cedo e, depois de darmos uma volta por Back Bay, fomos novamente pela Commonwealth Ave ate a Massachussets Ave, mas desta vez ao invés de cruzarmos o Charler River em direção a Cambridge, fomos caminhar na beira do rio, no que é conhecido como Charles River Esplanade.

Na sequência passeamos por Beacon Hill, uma das regiões mais antigas de Boston, que ainda conserva a iluminação pública a gás. Fomos até o Quincy Market (que na verdade conta mais dois mercados: o South e o North markets), onde existem varios restaurantes, atrações para crianças, artistas de rua, e parece ser a parte mais turística da cidade (foi onde compramos os souvenirs).

Haviamos planejado de tomar umas na Harpoon e assim encaramos a caminhada (umas duas milhas) desde North End até lá. Porém, estava com uma fila gigante quando chegamos e, pelo pouco que ficamos, calculamos que iriamos perder pelo menos uma meia hora até conseguir entrar. Desistimos e decidimos então pegar um Lyft até a Beer Works para tomarmos umas cervejas especiais (e tirar a tradicional foto com o flight!). Na volta acabamos parando na Rock Bottom para jantar (e tomar mais uma cerveja).

A Rock Bottom foi o primeiro Brew Pub que conheci (em 2010), lá em Phoenix, no Arizona. Nem sabia que era tipo uma franquia, assim como não sabia à época o que era um growler, um brew pub, um sample flight, etc.

O mundo gira e a gente sempre acaba se deparando com coisas e lugares que já passaram por nossa vida, mesmo em  novos lugares.

Observações, dicas e considerações:

  • Back Bay e North End são os melhores lugares pra se hospedar em Boston. Porém, os dois lugares são meio que distantes um do outro (e olha que a gente anda pra caramba!), cerca de uns 35 minutos de caminhada entre eles.
  • A fila da Harpoon estava gigante (era um domingo). Se quiser ir, tenha paciência.
  • Dá pra ir de Boston até Harvard usando o metrô, mas a caminhada, apesar de longa (cerca de uma hora de Back Bay) é muito mais agradável!
  • Todos os sites que pesquisamos foram unanimes em afirmar para não ir em Janeiro e Fevereiro. “Tempo miserável” foi um dos termos mais leves que encontramos para descrever o clima nestes meses.
  • Gostei da cidade, especialmente pela mistura de modernidade, antiguidade e espaços verdes. Se não fosse o tempo miserável, seria até uma opção para morar!

Be happy 🙂

Public Garden

Commonwealth

Women’s Memorial – Commonwealth

Charles River

John Harvard’s Brewery Ale House

Public Library Foundation

The Esplanade

Galera aproveitando o sol – The Esplanade

Charles River

Iluminação a gás – Beacon Hill

Quincy Market

Boston Commons

Boston Public Gardens

Wanderlust #39 – San Francisco – Califórnia (3/51) – Estados Unidos

(30/Mar/2017-02/Abr/2017)

Devido aos imprevistos ocorridos na trip entre LA e San Francisco, pegamos um baita de um trânsito (horário de pico) e acabamos chegando na cidade já a noite. Nos dirigimos ao hotel, que ficava no bairro Tenderloin – um dos mais centralizados e movimentados. A primeira vista, a área onde o hotel ficava não era das melhores e confesso que me incomodou um pouco a quantidade de moradores de rua no local (não pelos moradores de rua, mas por conta de algum perigo). Mesmo quando a recepcionista nos avisou que eles eram todos harmless, ainda fiquei com aquela pulga atrás da orelha, mas mesmo assim fomos dar uma volta e procurarmos algo para comer. A região central estava deserta, o que me causou um estranhamento, pois mesmo sendo uma quinta à noite, normalmente algum movimento nas áreas centrais existe. Então a primeira impressão da cidade acabou não sendo muito boa. Depois de comermos nos dirigimos ao Zeigeist, um bar com temática punk, ótimas opções de cervejas e um aprazível biergarden.

No outro dia voltamos a downtown e a minha impressão começou a mudar: o centro estava muito movimentado, tanto de turistas quanto de locais, já que era um dia útil. De lá, fomos até a região conhecida como Embarcadero, que é a região onde se encontram, além dos terminais de passageiros (lembrando que a cidade fica numa baia, ou seja, para acessar outras cidades precisa usar pontes ou barcos), alguns shoppings, restaurantes, centros de exposições, etc. Toda esta região parece ser sido revitalizada há pouco tempo e parece ter como público alvo os próprios moradores da região

Caminhando sentido norte, chega-se ao Fisherman’s Wharf, que é um complexo com restaurantes, bares, museus, também à beira mar, porém mais voltado para os turistas. Andamos um pouco por ali e seguimos até a Ghirardelli Square, depois subimos a Russian Hill para cair na Lombard Street, que tem a fama de ser a rua mais sinuosa e inclinada do mundo (ela e sinuosa justamente pelo fato de ser inclinada: para que os carros não trafeguem por um declive muito íngreme). Duvido que a fama resistiria se visitassem algumas ruas das periferias de São Paulo ou Rio.

Voltamos para a Ghirardelli Square e pegamos o famoso Cable Car de San Francisco, passeio obrigatório para quem vai à cidade, no sentido downtown. De lá fomos ate a Mission Bay pois queriamos visitar o biergarten da Anchor (que recentemente foi vendida para a japonesa Sapporo). No caminho passamos pelo belo Yerba Buena Gardens. O biergarten da Anchor fica em frente ao estádio dos Giants e, como estava tendo jogo, ficamos pouco tempo (alem de não termos podido pedir o sample flight por este motivo). Já era final de tarde então resolvemos voltar para a região de Tenderloin / Union Square, mas no meio do caminho, na região conhecida como SoMA (South of Market) encontramos a Thirsty Bear brewery e ai toca experimentar mais cervejas. 

Jantamos em um Italiano (sendo mal atendidos novamente!) e voltamos ao hotel. No outro dia, fomos conhecer talvez a atração mais famosa da cidade: a famosa Golden Gate. Para que o dia rendesse, preferimos percorrer a ponte de carro, então passamos por ela e nos dirigimos ao mirante que fica logo do outro lado. A atração é superestimada, como são superestimadas a maioria das atrações nos EUA, mas mesmo assim, a propaganda (em filmes, quadrinhos, livros, etc.) é tanta que mesmo com a consciência de que não passa de uma ponte, você ainda acha legal….hahaha

Depois de algumas fotos, seguimos para Sausalito, uma pequena cidade que fica do outro lado da baia. É uma pequena e charmosa cidade litorânea. Valeria a pena almoçar em alguns dos restaurantes a beira mar, mas ainda era muito cedo e então voltamos rápido. Na volta, já tínhamos programado para visitar um outro mirante, que proporciona uma vista do outro lado e por cima da ponte. Neste mirante precisa de paciência, pois existem poucas vagas (demos sorte de alguém estar saindo quando já estávamos quase desistindo).

De lá fomos para o Golden Gate Park, que mereceria um dia somente para ele, e também passamos em Ocean Beach, que fica na frente do parque. Nunca ouvi falar que San Francisco tivesse turismo voltado para as praias, como Los Angeles ou San Diego. Se as demais praias da cidade forem como Ocean Beach, está entendido o motivo. Não que seja feia, ou suja. Simplesmente não é nada. Não é bonita (tampouco é feia), não tem onda (para servir aos surfistas), não tem restaurantes. É apenas sem graça.

Deixamos o carro no hotel e fomos explorar um pouco mais, iniciando pela Union Square (por onde já tínhamos passado no dia anterior, muito rapidamente) e passando por Chinatown (sem graça como todas as Chinatowns que eu já conheci). Caminhamos então para o Fisherman’s Wharf, para onde queríamos voltar para comprarmos alguns souvenirs, tomarmos um clam chowder e depois fazermos hora até o pôr-do-sol no Jack’s Cannery Bar, que havíamos visto anteriormente. No caminho cruzamos com o Washington Square Park, que estava tomado de pessoas aproveitando o belo dia de sol (e tomando cervejas e vinhos!). 

Pra encerrar a trip da Califórnia era hora da já tradicional (para a costa leste dos EUA) foto do pôr-do-sol.

Assim como ocorreu com o Rio de Janeiro, sai de San Francisco com aquela sensação de “por que não conheci esta cidade antes?”, especialmente porque tive muita oportunidade e nunca me interessei em ir.

Observações, dicas e considerações:

  • San Francisco para mim acabou sendo a mais “brasileira” das cidades americanas que conheci até agora. Uma mistura de São Paulo (culinária, cultura, vida noturna) com o Rio (descontração, praia, despojo).
  • A vantagem em relação às cidades brasileiras é que eles entenderam e aplicam o conceito de “multimodalidade” no transporte: tem trólebus, bonde, metro, trem, bicicletas, tudo muito bem integrado, num nível visto geralmente em cidades europeias.  
  • Para completar, os serviços de transporte individual privado (Lyft e Uber) são tão rápidos, baratos e eficientes que não duvido que, em pouco tempo, pouca gente na cidade terá veículos particulares. É impressionante a disponibilidade do Lyft: você clica na solicitação e o sistema ja direciona um carro que esta a poucos metros de você.
  • Por falar em veículos particulares, ao contrário do restante da California, onde a Kombi é normalmente o “carro descolado”, em San  Francisco o Fusca parece ser o queridinho.
  • Não existem cabines de pedágio na Golden Gate (apesar de ter aviso do valor de pedágio): eles simplesmente fotografam a placa e mandam a conta do pedágio para o endereço de registro do veículo, como se faz com multas no Brasil. Este sistema está sendo implementado em outros estados também (Massachussets, New York e Connecticut são alguns que eu sei que usam). No caso de carro alugado, a locadora irá cobrar, posteriormente, o valor do pedágio (e provavelmente alguma taxa adicional) do cartão usado para a locação.
  • Nao deixe de provar os chocolates da Ghirardelli. Para mim não perde em nada para, por exemplo, os da Lindt. E nas lojas geralmente eles dão amostras grátis. Por isto não hesite em entrar sempre que passar por uma (a dica vale para as outras lojas em toda a Califórnia).  
  • Segundo a Lei da Califórnia, é proibido o transporte de containeres de bebidas alcoólicas que estejam abertos ou com o lacre quebrado (na verdade, a “proibição de beber em público” se resume a leis assim praticamente em todo os EUA). Porém, alguns locais públicos podem permitir, temporária ou permanentemente, a posse de containeres abertos, o que implica, automaticamente, na “revogação” da proibição de consumo. Tem uma lista dos parques em San Francisco onde e permitido aqui.
  • Outra exceção e quando o container está sendo transportado para reciclagem. Fica a dica 😉.

Be happy 🙂

Bonde antigo em Embarcadero

Fisherman’s Wharf

Alcatraz

Fisherman’s Wharf

Fisherman’s Wharf

Lombard Street

Cable Car na Ghirardelli Square

Yerba Buena Gardens

Anchor Beer Garden – Mission Bay

Golden Gate

Sausalito

Golden Gate

Golden Gate