(09/02/2018-13/02/2018)
Vegas é aquele lugar que é tão insólito, tão diferente de tudo, que virou um “mundo à parte” que todos deveriam conhecer. A cidade se situa no meio do deserto de Mojave e algo tão grande construído literalmente no meio do nada já é algo pra chamar a atenção. Além de ser uma das duas cidades onde se pode beber em público nos EUA (New Orleans é a segunda cidade americana onde o consumo de álcool em público é legal, apesar de ser tolerado temporária ou definitivamente em outras cidades) o estado de Nevada é o único onde a prostituição é legal.
Como a cidade foi erguida há pouco tempo, praticamente do zero e já com o propósito de servir como a Meca dos jogos de apostas, tudo foi pensado para girar ao em torno do tema “diversão” e a cidade parece um enorme parque de diversões. Uma Disneylândia de adultos.
Ficamos hospedados no Circus Circus, um pouco fora do burburinho da strip (já volto nisto), mas que em si é um complexo gigante. O hotel/resort conta até com um parque de diversões indoor, com montanha russa e tudo.
No nosso primeiro dia resolvemos caminhar até Downtown Las Vegas, a parte de Vegas que surgiu antes da cidade virar “Las Vegas”. Por lá se encontram algumas atrações mais antigas, mas a principal delas, com certeza, é a Freemont street, um “calçadão” (parcialmente coberto) onde existem muitos bares, restaurantes, quiosques vendendo de tudo (inclusive bebidas) e, claro, cassinos.
Depois de uma volta por lá, com uma passagem pelo Container Park, paramos para tomarmos umas na ótima cervejaria Banger Brewing. Depois ficamos passeando pela rua e aproveitando os diversos shows, tanto nos palcos quanto os proporcionados por artistas de rua. De lá, seguimos até a cervejaria Hop Nuts Brewing, que fica localizado no Arts District, um bairro com bastante atelies e arte de rua, meio que uma Vila Madalena. Interessante que quase toda cidade grande nos EUA que conhecemos tem um destes. Antes de irmos dormir, ainda tomamos mais umas no bar do hotel.
No outro dia fomos finalmente caminhar pela Strip, com destino até a placa de Welcome Las Vegas. Não tem muito o que falar sobre a strip. A avenida é margeada por enormes hotéis/cassinos, cada um com seu tema (Veneza, França, Império Romano, etc.). Obviamente existem várias lojas, de tudo quanto é tipo. E cada cassino em si e um mundo a parte, com as mais diversas atrações imagináveis. Talvez o mais legal de caminhar pela Strip seja observar a “fauna”, que é a mais variada possível: famílias, gamblers (apostadores), bêbados, grupos de jovens, enfim, tem de tudo.
Fomos até a tal placa, que por sinal é bem supervalorizada (ainda menos que o Hollywood sign), ou seja, valeu apenas pela longa caminhada. Na volta paramos na Beerhaus para umas cervejas e para fazer tempo, já que a noite iríamos assistir ao espetáculo Love, do Cirque du Soleil, com temática dos Beatles. Taí um negócio que eu aconselharia para quem vai pra cidade e não é um apostador: os espetáculos são fantásticos.
Como já tinhamos visto basicamente tudo, na segunda preferimos curtir novamente o clima da Freemont ao invés da Strip, apesar dela estar menos movimentada e não terem mais os concertos. No outro dia, ainda aproveitariamos mais um pedaço de Nevada no nosso caminho para o Grand Canyon, sobre o qual falo no próximo post.
Observações, dicas e considerações:
- Como pode beber na rua, é comum ver o pessoal andando com uns copos de drinks (de plástico). São copos grandes, de até um metro de altura, geralmente no formato de instrumentos de laboratório de química, mas existem outros formatos (como botas). Normalmente além de servir como containeres para a bebida, vira um souvenir.
- Os cassinos não têm janelas, tem iluminação bem forte, bem como som alto. Tudo isto para fazer as pessoas perderem a noção do tempo enquanto jogam. Creio ser este também o motivo para ser permitido fumar, assim você não sai e vê que o dia está amanhecendo.
- Quando nos dirigiamos para a Beerhaus, nos deparamos com um grupo de homens, de todas as idades (literalmente dos 18 aos 80), trajando uma camisa metade amarela e metade preta, com o nome Karlsson escrito. Quando já estávamos em Phoenix (a terceira parada desta trip), acabamos topando novamente com o grupo, que estava curtindo a noite no bar onde o Tony estava tocando. Eles eram um grupo da Suécia que foi fazer uma trip nos EUA acompanhando alguns jogos de Hockey onde alguns jogadores suecos, como o tal do Karlsson joga. Eita mundo pequeno!
- Ainda não entendi qual a pira de casar em Las Vegas.
Be happy 🙂
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