Ganhei este livro da minha grande amiga Lívia. Ganhador do prêmio Jabuti, o livro conta a estória de Bibiana e Belonísia, duas irmãs descendentes de escravos que vivem no interior da Bahia com a família, colonos de uma fazenda. Durante a infância, elas passam por uma experiência traumática que as torna quase como irmãs siamesas (não vou entrar em detalhes pra não dar spoilers).
Porém na adolescência um outro acontecimento as separa e uma delas abandona a fazenda. Neste ponto, o livro passa a focar mais na vida da irmã que permanece. Também tem um foco grande na questão da religiosidade da família, que mistura o catolicismo com religiões de matriz africana. Nesta segunda “seção” do livro existem também muitas passagens explicando acontecimentos passados que viriam a formar o caráter das personagens principais e de outros personagens do seu entorno, especialmente e novamente ligados às questões religiosas.
Já na terceira seção do livro o autor dá mais ênfase a questões sociais, especialmente relativas aos quilombolas, às consequências da escravidão e do racismo estrutural ainda muito forte no Brasil.
Eu tenho uma teoria (das milhares que tenho) de que o preconceito é cumulativo e potencialmente “exponencial”. Um pobre sofre preconceito em relação à classe. Uma mulher pobre acumula o preconceito em relação à classe e também a gênero. E como disse, creio que estes preconceitos mais que se acumulam: eles se multiplicam. Uma mulher negra adiciona mais uma camada de preconceito e, portanto, sofrimento. E assim por diante.
E o livro conta justamente as estórias de sofrimento de mulheres pobres, pretas, quilombolas. Mas também é uma estória de mulheres negras e fortes e o autor, além de ter um texto bem fluido, parece ter um carinho, uma ternura pelas personagens, a mesma impressão que tive de João Guimaraes Rosa e Maximo Gorki.
Foo Fighters é uma das minhas bandas preferidas e eu a considero como a última “grande banda” a surgir. “Grande banda”, ou como chamam nos EUA, “arena rock bands”, que são aquelas bandas que são capazes de encher, sozinhas, um estádio (mais de 40 mil pessoas). Claro que, como quase tudo que ocorreu no pop e rock a partir dos anos 60, o termo nasceu com os Beatles.
Não que eles façam um som inovador, ou que sejam virtuoses. Eles fazem um hard-rock básico, às vezes até meio datado, mas muito divertido porque eles se propõem a isto: a se divertir e divertir. E é a última porque são uma das últimas bandas a surgir e alcançar sucesso antes da reviravolta no mercado da cultura que a internet trouxe. Reviravolta que torna mais difícil o surgimento de uma banda deste porte e que se mantenha no auge por tanto tempo. E isto não é uma crítica, muito pelo contrário, hoje em dia a cultura está muito mais popular e popularizada. É só uma constatação.
Mas mesmo fazendo um som básico, não dá pra negar que Dave Grohl, o “dono” da banda, é um baita de um letrista (além de roteirista: basta ver os clipes hilários da banda). Talvez por isto a ideia dele escrever uma autobiografia, uma tarefa que, segundo ele mesmo, nasceu para ocupar tempo ocioso durante a pandemia, não seja uma surpresa tão grande assim. Uma hora ou outra ele iria se aventurar pela literatura (como já se aventurou por produções audiovisuais).
E o livro é uma delícia de ler! Cada um dos capítulos é uma pequena história, de algumas páginas, com início, meio e fim. Apesar de seguir uma certa ordem cronológica geral, dentro dos capítulos ele insere pequenas histórias que vão sendo puxadas pela principal. O título (“o contador de estórias”) caiu muito bem.
E o subtítulo “Tales of Life and Music” (Histórias de Vida e Música, numa tradução livre) também faz muito jus ao livro porque ele vai justamente linkando trechos de músicas que marcaram a vida dele com estas histórias. Na introdução do livro ele conta que a memória dele é “ativada” por música, algo que ele já tinha contado no prefácio escrito para From Cradle to Stage, de sua mãe, Virginia Hanlon Grohl.
Obviamente ele começa contando da sua infância, entrando depois no início da carreira e contando muitas passagens hilárias das excursões sua primeira banda oficial, Scream, o que inclui várias “furadas” e perrengues em que uma banda tentando uma carreira profissional se mete. Finalmente chegando ao Nirvana e o estrondoso sucesso que o grupo viria a alcançar.
Neste trecho ele dá muito destaque ao seu relacionamento com Kurt Cobain, com quem ele dividia um apartamento antes do “estouro” da banda, e em como uma overdose de Kurt e futuramente o suicídio deste o abalou.
Depois ele conta o processo de recuperação do baque, que viria a se consolidar com gravação da demo que se tornaria o primeiro álbum do Foo Fighters, uma tarefa que Dave conduziu sozinho, sem pretensão nenhuma. Depois de alguns percalços com o Foo Fighters, especialmente em relação às constantes trocas de integrantes da banda, o grupo se estabilizaria. E neste processo Dave viria a ganhar novamente, depois de Kurt, um companheiro de banda que seria muito importante na sua vida: Taylor Hawkins, o “terceiro” baterista da banda (terceiro considerando o próprio Dave como o primeiro).
Ao invés de escrever sobre o que Dave conta sobre Taylor, melhor reproduzir (e tentar traduzir) um trecho do livro:
“Tearing through the room like an F5 tornado of hyperactive joy was Taylor Hawkins, my brother from another mother, my best friend, a man from whom I would take a bullet. Upon first meeting, our bond was immediate, and we grew closer with every day, every song, every note that we played together. I am not afraid to say that our chance meeting was a kind of love at first sight, igniting a musical ‘twin flame’ that still burns to this day. Together, we have become an unstoppable duo, onstage and off, in pursuit of any and all adventure we can find. We are absolutely meant to be, and I am grateful that we found each other in this lifetime.”
(Atravessando a sala como um tornado de categoria 5 de alegria hiperativa estava Taylor Hawkins, meu irmão de outra mãe, meu melhor amigo, o cara por quem eu tomaria um tiro. Desde nosso primeiro encontro, nossa ligação foi imediata e nós nos aproximamos mais a cada dia, a cada canção, a cada nota que tocamos juntos. Não tenho medo de dizer que nosso encontro por acaso foi um tipo de amor à primeira vista, acendendo uma ‘chama mútua’ que ainda queima até os dias de hoje. Juntos nós nos tornamos uma dupla imbatível, no palco e fora dele, buscando toda e qualquer aventura que possamos encontrar. A gente simplesmente tinha que acontecer e eu sou grato por termos encontrado um ao outro nesta vida)
Intenso! Coincidentemente estava nesta parte do livro quando da morte de Taylor, no final de março de 2022.
Também coincidentemente, minha memória é ativada por canções. E muito coincidentemente desde 2009 eu tenho um documento do word onde faço algumas anotações sobre as memórias e histórias que músicas me trazem com o nome “Histórias de Vida e Musica.doc”. Mas não! Nunca virará um livro….hahaha
Finalmente chegou a hora de conhecer o Texas! Claro que, por ser praticamente o maior estado dos EUA (o Alaska é maior em área, mas bem menos populoso e com partes inóspitas), tivemos que dispender mais de uma semana para podermos conhecer ao menos as principais cidades. E por isto também o texto ficará grande.
Dia 1 – Dallas
Como havíamos planejado apenas um dia completo em cada uma das cidades, voamos na noite anterior (dia 21/11/2019) até Dallas para podermos acordar cedo e aproveitar o dia todo. Assim que saímos do hotel a caminho do centro passamos pelo Reverchon Park e logo encontramos a Katy Trail, uma antiga linha de trem que após ser desativada foi transformada em um parque linear. Katy é a pronúncia de K-T (Kentucky-Texas), como o trecho era conhecido.
Com o tempo melhorando (estava garoando quando saímos), caminhamos até downtown, cujas principais atrações são a Thanks-Giving Square e a Giant eyeball. Uma outra atração local é a Dealey Plaza, que foi palco do assassinato de John F. Kennedy. Tem até um tour com o tema, mas preferimos pular. Muito mórbido.
Tirando estas “atrações”, downtown não tem lá muitos pontos turísticos. Então caminhamos até o Dallas Farm Market, que além da “feira-livre” conta com uma praça de alimentação e várias lojinhas de bugigangas. De lá fomos caminhando até a melhor surpresa de Dallas, Deep Ellum: uma região cheia de bares, restaurantes, lojas de tatuagem, galerias, tudo isto decorado por vários murais com grafites.
Em Deep Ellum e já debaixo de um baita sol, paramos primeiro na Braindead Brewing, que além de cervejas muito boas tem um flight de bacon! Deep Ellum me “ganhou” nesta hora. De lá fomos até a Deep Ellum Brewing Company, uma cervejaria com um ótimo espaço aberto onde estava rolando uma banda de country texano raiz (uma mistura do country tradicional com música mexicana, a famosa “música tejana”). Na sequência ainda passamos na fraquíssima Westlake Brewing Company.
Já na região do hotel, para onde voltamos no começo da noite, tivemos a segunda melhor surpresa de Dallas: o Ferris Wheelers Backyard and BBQ onde comemos um delicioso churrasco Texano, com direito a pulled pork e brisket, com mac and cheese, potato salad e quiabo de acompanhamento.
Dia 2 – Dallas – Austin
No Segundo dia, depois de pegarmos a “barca” na locadora (se soubéssemos que iriam dar um carro tão grande nem reservaríamos hotel!), passamos no Bishop Arts District, um bairro um tanto afastado do centro que conta com galerias de arte, bares, cafés, restaurantes. Muito charmoso. No final ficou aquela sensação de que talvez poderíamos ter ficado um dia a mais na cidade para aproveitar tanto o Bishop quanto algum dos bares às margens da Katy Trail.
Mas fomos então pegar as cerca de 3 horas de estrada até Austin, para novamente termos gratas surpresas (parei de contar). A primeira, no meio do caminho, é a rede Whataburger, que tem os melhores hamburgueres que eu já comi nos EUA em redes de fast-food. Outra grata surpresa, a maior do estado, é Austin em si. Cosmopolita, jovial, alegre. Cidade em que eu moraria.
Depois de fazermos o check-in fomos dar uma volta em Austin’s East Side, que ficava perto do hotel. A região vem sendo revitalizada atualmente, com prédios residenciais modernos, bares, restaurantes. Estava até rolando um Flea Market (era domingo). De lá pegamos um Lyft e fomos até uma área isolada da cidade, meio industrial, onde tinham algumas cervejarias. Paramos primeiro na 4th Tap Brewing, que tem umas cervejas bem interessantes. Já no final da tarde, quase anoitecendo, fomos até a Oskar Blues, uma cervejaria já famosinha nos EUA, que é bem grande a conta com uma enorme área externa.
Dia 3 – Austin
Na segunda de manhã fomos explorar a cidade. Primeiro passamos no capitólio do Texas, que fica dentro de um belo parque. O prédio, apesar de ter a mesma forma dos capitólios de outros estados, é muito bonito.
De lá demos uma bela caminhada até o Market District, uma das várias áreas da cidade com atrações como bares, restaurantes e galerias. Praticamente colado fica uma outra área destas: Warehouse District. E colado no Warehouse District, fica a 2nd Street District, ao longo da 2nd Street, que é um calçadão com pouco movimento de carros. A 2nd Street é também conhecida como Rua Willie Nelson. Todos estes distritos têm suas particularidades, mas a ideia é a mesma: bares, restaurantes, lojas, tudo colados uns dos outros.
Aproveitamos que a 2nd Street fica do lado do Rio Colorado e fomos dar uma olhada. Dos dois lados do rio tem trilhas para caminhada e pedalada. Mas só olhamos mesmo e fomos até outro distrito de entretenimento, o Convention Center District, que é mais “urbano”, com mais escritórios, mas que ainda conta com bares e restaurantes. Todos estes distritos são colados uns nos outros, como se formassem um “arquipélago” de entertainment districts.
De lá andamos até a Rainey Street, um outro distrito de entretenimento, a uns 10 minutos de caminhada do Convention Center. Ele é também o distrito boêmio mais antigo da cidade. Tem bons bares e restaurantes, a maioria deles montados em antigas casas de madeiras que lembram bangalôs. Bem charmoso.
Aproveitamos que era início da tarde para abrir os trabalhos e darmos uma forrada no Banger’s Sausage House & Beer Garden. Não é uma cervejaria, mas conta com diversas opções de cervejas artesanais locais, além de ótimos petiscos, como as salsichas da casa (o bar tem temática Alemã).
Mas não acabou ainda! A caminho de outro distrito de entretenimento, passamos pelo 6th Street Entertainment District, uma rua com vários bares com música ao vivo. Na mesma 6th, mas do lado leste da cidade, passando a Freeway que corta Austin de Norte a Sul, existe outro distrito de entretenimento, este mais moderninho, revitalizado como o Austin’s East Side, que fica próximo.
Lá paramos então na Lazarus Brewing, que conta com uma ótima área aberta, mas com umas cervejas bem mais ou menos. Tinha um monte de gente lá trabalhando enquanto tomava cerveja (segundou!).
Já tínhamos combinado de comer no Stagger Lee, outro beer garden na Rainey, cujo BBQ é servido pela Do-Rite BBQ. No caminho até o Stagger Lee achamos outra grata surpresa: a Central District Brewing, que por ser muito nova, nem havíamos colocado nos planos. Ótimas cervejas! Tão boas que voltaríamos em 2021 enquanto passamos pela cidade numa road-trip da costa leste até a costa oeste dos EUA (daqui uns 10 anos este post sai!).
Quando havíamos passado na área antiga da 6th street, no final da tarde, a gente combinou de voltarmos para conhecer algum dos bares com música Country ao vivo. Demos uma volta e acabamos parando no San Jac Saloon , que tem até aquelas portinhas que parecem janelas e que a gente vê em filmes de cowboy.
Dia 4 – Austin – San Antonio
Antes de pegarmos a estrada para San Antonio, tentamos dar uma passada na HOPE Outdoor Gallery, uma área que seria cheia de grafites. Porém, acabamos descobrindo que o terreno onde ela ficava foi adquirido e a galeria foi fechada. A prefeitura cedeu um outro local para ela ser refeita, porém ainda estavam montando.
Já em San Antonio, após fazermos o check-in, fomos dar uma volta na cidade, que é histórica e turística. Nela ocorreu a batalha do Alamo, que foi o marco da independência do Texas, que até então era parte do México (depois de ter sido colônia Espanhola e Francesa). Passamos pelo centro da cidade e fizemos uma bela caminhada até o Historic Market Square, meio que um shopping a céu aberto, focado em culinária e artesanato Tex-Mex.
De lá fomos até a Alamo Beer Company, uma enorme cervejaria que fica embaixo da Hays Street Bridge, um viaduto antigo por onde passavam linhas de trem e que hoje é uma passarela de pedestres / parque linear. De lá se tem uma ótima vista do skyline de San Antonio, especialmente durante o pôr-do-sol.
Já no início da noite fomos dar uma volta no River Walk, bem no centro histórico da cidade. O River Walk é um parque que foi construído em um canal artificial que começa e termina no Rio San Antonio, formando um quadrilátero. A ideia era o canal ser usado como dispositivo de escoamento do Rio em caso de enchentes e foi idealizado na década de 20, depois de uma cheia que matou dezenas de pessoas. O arquiteto responsável sugeriu então que se montasse um “calçadão” com várias atrações à beira deste canal, que viria a ser o River Walk. Demos uma volta por ali e paramos no Ritas On The Riverwalk para jantar.
Dia 5 – San Antonio
Depois de tomarmos café da manhã no Schilo’s , um Dinner que nasceu com influência alemã, mas que atualmente serve de tudo, fomos conhecer as famosas Missões de San Antonio.
As missões eram como “postos de apoio” que a igreja católica montava para servir de base no seu projeto de evangelização dos nativos norte-americanos. Eram vilazinhas cercadas (para se proteger de ataques), e contavam com prédios administrativos, religiosos (obviamente), algumas instalações para prover hospedagem, estábulos, etc.
Existem muitas delas na Califórnia também, como a de San Luis Obispo, que deu origem à cidade de mesmo nome. As de San Antonio são tombadas pela UNESCO. Passamos em quatro delas e não me lembro agora porque não passamos pela quinta (Mission San Antonio): Mission Espada (a mais antiga e praticamente toda em ruinas), Mission San Juan (um pouco mais nova, um pouco maior e com estruturas mais conservadas), Mission de San José (a maior e mais organizada, onde fica inclusive o tourist center das missões) e finalmente Mission Concepción (basicamente apenas uma igreja).
Depois de deixarmos o carro no hotel, fomos então visitar o Alamo, que como já explicado, é um marco histórico e onde pudemos aprender um pouco da história do estado e consequentemente dos EUA.
Depois do Alamo, fomos dar mais uma volta no River Walk e passamos pela La Villita Historic Arts Village, um “shopping” a céu aberto, que conta com algumas lojas de “artesanias”. Caminhamos então a uma região mais afastada para conhecermos algumas outras cervejarias.
A primeira delas foi a Blue Star Brewing Company, que fica num centrinho comercial mais descolado, com um café, loja de bicicleta, floricultura. De lá fomos então à Künstler Brewing, cervejaria focada em receitas alemãs, que tinha umas brejas muito boas.
Pra finalizar a passagem em San Antonio, claro que fomos jantar mais um tradicional BBQ texano, agora no County Line, no River Walk.
Dia 6 – San Antonio – Houston
Como quinta era o Thanksgiving, um feriado onde normalmente está tudo fechado nos EUA, nem nos preocupamos em sair muito cedo de San Antonio com destino à Houston. Nossa única preocupação era encontrarmos algum lugar para comer. Quando fomos à Virginia, quase não conseguimos encontrar um lugar aberto entre o meio-dia e umas 8 da noite.
Encontramos o Buc-ee’s, uma rede que é tipo um Graal, existente no sudeste e centro dos EUA. E como já havíamos previsto, chegamos em Houston com praticamente tudo fechado. Ainda mais porque a cidade é bem “urbana” e com poucas atrações realmente turísticas.
Mas felizmente achamos a Flying Saucer Draught Emporium, um tap room com mais de 50 torneiras que, segundo anunciado, abre 365 dias por ano. Foi a salvação para um dia que geralmente é morto.
Dia 7 – Galveston – Houston
Na sexta de manhã dirigimos cerca de 50 minutos até a cidade costeira de Galveston. Apesar de ter um centrinho com algumas atrações, a cidade é meio que um balneário na costa do Golfo do México. Então, se você não vai realmente para passar uns dias e aproveitar a praia, não tem muita atração para outro tipo de turistas, como nós. Mais tarde ficaríamos sabendo que a cidade foi palco do evento que deu origem ao Juneteenth, pois foi o último local dos EUA onde os escravos foram libertos, mais de dois anos depois da proclamação do fim da escravidão no nível federal. Em 2021 o dia 17 de Junho, dia desta libertação, se tornou feriado nacional nos EUA.
Voltando a Houston, demos mais uma volta pelo centro da cidade e realmente confirmamos que não havia muitas atrações turísticas. Então fomos fazer um tour pelas cervejarias, iniciando pela 8th Wonder Brewery, que tem um pátio gigante, com uma escultura dos Beatles também enorme. Porém achei o atendimento meio confuso.
De lá demos uma passada no Truck Yard : um misto de beer Garden, Food Court e parque de diversões, além de algumas atrações como fliperama e música ao vivo. Porém só demos uma olhada mesmo e logo fomos à True Anomaly Brewing Company, que tinha ótimas cervejas. Para finalizar o dia, fomos comer no Pappas Bar-B-Q, uma rede de fast-food de BBQ Texano muito boa.
Dia 8 – NASA – Houston
Sábado era dia de voltar para casa, mas não sem antes passarmos na principal atração de Houston, o Johnson Space Center, centro de desenvolvimento da NASA, onde também se treinam astronautas e de onde se comandam algumas das missões da agencia espacial norte-americana. Com nosso voo era no meio da tarde, não conseguimos fazer todos os passeios disponíveis, mas pelo menos conseguimos fazer os principais. Talvez devêssemos ter pulado Galveston no dia anterior e termos feito a NASA sem pressa. Mas valeu a experiência de qualquer forma.
Observações, dicas e considerações:
Tanto em Austin quanto em Dallas ficamos bastante impressionados com a quantidade de gente andando com cachorro. Acho que foi o local em que mais vimos pets até agora.
Também nos impressionou em Austin a quantidade de gatos de rua, coisa rara no restante dos EUA.
O Texas tem aquela imagem (ao menos para nós Brasileiros) que vemos nos filmes, com um monte de caipiras, de chapelão, andando armados. Até vimos alguns caipiras e uns poucos chapéus, mas definitivamente não vimos ninguém armado (tirando seguranças e policiais, obviamente).
No meio do caminho entre Austin e San Antonio vimos uma daquelas cenas típicas de filmes e desenhos: uma casa inteira sendo transportada por caminhões. Quer dizer, não estava “inteira”, já que eram dois caminhões, cada um transportando metade da casa.
O logo do Whataburger é quase idêntico ao da Mulher Maravilha (Wonder Woman em Inglês). Mas parece ser apenas coincidência, já que a própria Whataburger, que usa este logo desde 1972, nunca reclamou com a DC (segundo o Google, o da Mulher Maravilha é de 1985). Isto até recentemente, quando a DC Comics estava planejando lançar alimentos com o tema da Mulher Maravilha.
Be happy 🙂
Katy Trail, DallasDallasDowntown, DallasThanks-Giving Square, Downtown, DallasGiant Eyeball, Downtown, DallasDeep Ellum, DallasBishop Arts District, DallasBishop Arts District, DallasAustin’s East Side, AustinTexas Capitol, Austin2nd Street District, AustinColorado River, AustinConvention Center District, AustinRainey St, Austin6th Street Entertainment District, AustinRiver Walk, San AntonioHays Street Bridge, San AntonioMission Espada, San AntonioMission San Juan, San AntonioMission San José, San AntonioMission Concepción, San AntonioRiver Walk, San AntonioHoustonHoustonHoustonGalvestonGalveston8th Wonder Brewery, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, HoustonJohnson Space Center – NASA, Houston
Depois de anos de bonança após a virada do século, o mundo foi impactado pela crise financeira de 2007/2008. Apesar dos efeitos da crise na vida das pessoas, especialmente nos países de primeiro mundo (os emergentes ainda conseguiram passar com menos problemas por ela), aparentemente a teríamos superado e, a partir de 2010, tudo parecia estar voltando aos eixos.
Foram alguns poucos bons anos a partir daí, inclusive com perspectivas de expansão das democracias liberais, como por exemplo a que foi criada durante a Primavera Árabe. Porém, em poucos anos (2014, talvez um pouco antes ou depois), tudo mudaria e entraríamos num período de “tensão” que dura até hoje.
Vários especialistas já se debruçaram sobre as causas deste retrocesso e a explicação encontrada geralmente é a mesma: as elites políticas, tanto de esquerda como de direita, erraram feio (erraram rude!) em entender os anseios das populações. Enquanto a direita achou que o livre mercado, as possibilidades de aquisição de bens e serviços e de viver uma vida confortável financeiramente bastaria, a esquerda concentrou seus esforços em questões identitárias cada vez mais micro. Porém um contingente enorme de pessoas que, não fazendo parte destas minorias e não tendo colhido todos os frutos do progresso econômico (ao menos não de acordo com a expectativa que havia sido criada), se sentiu abandonada, tornando-se alvo fácil para populistas iliberais (de esquerda e direita).
Fukuyama chegou a esta conclusão no seu Identity. Levitsky e Ziblatt também encontram a mesma causa raiz em How Democracies Die. Richard Sennet já alertava – lá em 1998 – no seu A Corrosão do Caráter que estávamos perdendo o senso de comunidade, de sociedade, de fazer parte de algo, tão necessária a animais sociais como os seres humanos. Sandel faz o mesmo, só que com ênfase na meritocracia.
Porém, ao contrário do Justiça, que havia lido há alguns anos atras, The Tyranny of Merit (A Tirania do Mérito), cujo subtítulo é “What’s Become of the Common Good?” (o que ocorreu/onde foi parar o bem comum?), me pareceu ter um tom muito panfletário. Enquanto em Justiça Sandel explicava a impossibilidade da implementação de um modelo meritocrático ao pé-da-letra, e até usava o modelo como uma “utopia” a ser perseguida para que corrigíssemos os problemas de desigualdade de oportunidades afim de que todos pudessem ter a mesma “linha de partida” (impossível, como em toda utopia, mas a busca por si só já pode render alguns bons frutos), neste ele joga toda a culpa no sistema.
Ele começa por fazer uma análise do que nos divide atualmente. Assim como outros especialistas, ele chega à conclusão que, nos dias de hoje, já não existe mais o embate entre “Estado versus Mercado”, entre “Capital(ismo) e Social(ismo)”. A divisão ocorre em termos de “sociedades abertas (globalismo) versus sociedades fechadas (regionalismo/nacionalismo)”, “integração versus segregação”, muitas vezes entre “cosmopolitas e rurais”, ou seja, entre grupos que querem se fechar em si e entre grupos que querem interagir com outros grupos.
A partir deste ponto ele entra em uma ótima análise de como a cultura da meritocracia se desenvolveu ao longo de séculos. Algumas das vezes por influência religiosa: você ter saúde, ter bens, eram bençãos concedidas por um Deus para seres merecedores, enquanto a privação de saúde, de dinheiro e até de coisas básicas como alimentação, seria uma punição por uma má conduta. E aí as sociedades acabam entrando numa seara muito complicada: se Deus é quem designa nossa fortuna, nossa sorte, de acordo com nossos atos, com nosso mérito, porque haveríamos nós, bem-aventurados, de interferirmos nestes desígnios, como por exemplo, ajudando quem tem menos posses? E ai, quando a regra é cada um é por si (“…e Deus contra todos”), como fica o bem comum e o sentido de pertencer ao coletivo? A série brasileira 3%, disponível na Netflix, aborda bem estes temas numa ficção “distópica” bem escrita e executada.
Um outro ponto interessante da análise é da supervalorização de diplomas de nível superior, que torna os detentores destes títulos arrogantes, se sentindo mais merecedores do que os demais e inclusive com a percepção de serem seres superiores (ouvi alguém falar “medicina”?), já que os demais é que não se esforçaram o suficiente. Além disto “retalhar o tecido social”, também ignora diversas outras formas de se adquirir conhecimento.
Para resolver este ponto em específico, uma das propostas de Sandel seria a “loteria dos qualificados”: as principais universidades exigiriam um conhecimento mínimo, uma base, e então sorteariam as vagas entre todos os candidatos que atendessem este requisito (ao invés de “ranquear”).
Outro ponto baixo, além do teor panfletário, é que ao contrário do que ocorre em Justiça, Sandel se atém somente as questões morais, do que “deveria” ou “poderia” ser. Ele acaba ignorando (propositalmente?) muitas questões práticas, do impacto de determinadas decisões na vida real, e da possibilidade da implementação destas decisões.
Um filósofo que se atenta somente a questões morais e esquece das práticas é um utópico. Bem como um economista que esquece as questões morais e se atenta somente aos fatos e números acaba por se tornar insensível e muitas vezes até cruel. Mas como a história nos mostra (através de diversos exemplos) a probabilidade de danos causados por utópicos é geralmente maior do que potenciais danos causados por “insensíveis”. Como diria Roberto Campos: “O mundo não será salvo pelos caridosos, mas pelos eficientes.”
Florianópolis é um dos destinos mais visitados do Brasil. Porém eu nunca havia conhecido o lugar “de verdade”. Até fui pra lá duas vezes (uma “passada” depois de um carnaval em Itapema e outra para um casamento), mas nunca turistei de verdade pela ilha. Finalmente chegou a oportunidade de turistar, mas principalmente de rever os amados amigos Camila e Neto.
Dia 1
Após chegarmos no Aeroporto Hercílio Luz (que ficou muito bonito após a reforma, à exceção do novo nome, que me recuso a colocar aqui de tão brega!) e o Neto ter ido nos buscar, metemos já um par de havaianas e fomos dar uma olhada na praia do Campeche. Estava um vento muito forte e acabamos nem ficando muito tempo por lá. Fomos então até a Ponta d’Agulha Costelaria, que fica num shopping no bairro Rio Tavares, onde os nossos amigos e anfitriões moram.
Ficamos lá fazendo um happy hour, degustando algumas cervejas e a boa costela do local.
Mais tarde fomos até a Cervejaria Refúgio, que fica quase em frente a casa dos nossos amigos e depois ficamos tomando algumas cervejas “em casa mesmo” (já estava me sentindo em casa…hahaha)
Dia 2
No outro dia fomos pegar uma praia de verdade, já que fazia tempo que não fazíamos este tipo de programa. E também fazia bastante tempo que não tomávamos uma cerveja na praia (caipirinha então, mais de anos!). Um negócio legal da praia é que, como ela não tem acesso de carro (pega-se uma pequena trilha, que mais parece um calçadão, a partir da praia da Armação), é bastante sossegado de gente. Bem, era uma sexta-feira também né!
A praia conta com alguns bares, então tem infraestrutura de cadeira, guarda-sol, comida, banheiro, etc. Na volta, antes de passar na Armação, fomos conhecer a Ponta das Campanhas, uma “península” da Armação que parece ser bem turística. E muito fotografada!
Dia 3
No sábado de manhã, após a nossa amiga Moribe chegar de São Paulo, fomos até o Novo Campeche, uma outra praia, porém estava um vento absurdo (novamente!), que inclusive gerou um acidente com um Kite surf.
Já que não estava dando praia, o jeito foi pegar uma feijoada com samba. Fomos então à Rua Tiradentes, no centro da cidade, onde aos sábados rola um samba, na rua mesmo, que é interditada durante parte do dia. Conseguimos uma mesa no Canto do Noel, bem em frente à roda de samba. Valeu demais! Mas fica a dica: precisa chegar cedo porque, além do samba não ir até muito tarde, a feijoada também se esgota.
Já no final da tarde, começo da noite, fomos até a Praça da Figueira (Praça XV de Novembro), onde existe uma das atrações de Floripa: a famosa figueira, que é toda iluminada. Demos uma volta no centro e pude notar uma série de grafites estampando nas “empenas cegas” dos prédios. Demos uma passada em frente ao Mercado Municipal, que já estava fechado.
Dia 4
No domingo, fomos pegar praia novamente, agora na Praia da Solidão. Desta vez ficamos na areia mesmo, logicamente acompanhados por uma geladeirinha com cervejas. De lá fomos conhecer a Lagoa do Peri, que é basicamente uma praia de água doce. Bem gostoso ficar por ali também.
Ao final da tarde fomos almojantar no Restaurante Muqueca da Ilha, que fica na região de Ribeirão da Ilha, uma vilinha de pescadores com uma praça central e uma igreja, alguns restaurantes, loja de artesanato, etc. O atendimento no Muqueca da Ilha foi acima da média e comer observando o pôr-do-sol (um pouco encoberto pelas nuvens) bastante agradável.
Depois foi só voltar pra casa, tomar algumas, botar a conversa mais um pouco em dia, pois na segunda cedo já voltaríamos à São Paulo.
FlorianópolisPonta das CampanhasPraia do MatadeiroPraia do MatadeiroPraia do MatadeiroArmaçãoArmaçãoPonta das CampanhasArmaçãoPonta das CampanhasPonta das CampanhasPonta das CampanhasCanto do Noel, CentroPraça XV de Novembro, CentroCentroCentroCentroLagoa do PeriRibeirão da IlhaIgreja Matriz – Nossa Senhora da Lapa, Ribeirão da Ilha
1984, do George Orwel; Admirável Mundo Novo, do Aldous Huxley; e Farenheit 451, do Ray Bradbury, são as mais famosas obras do gênero literário que se convencionou chamar “distopia”, que são ficções sobre um mundo futuro em que a humanidade vive em condições extremas de privação, desespero e/ou opressão. Os três livros ficaram até conhecidos como a “tríade distópica”.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir, lendo The Ministry of Truth, que a obra pioneira do gênero e que influenciou quase tudo que veio a seguir dentro dele é na verdade We, do escritor russo Yevgeny Zamyatin. Quase tudo porque claramente não influenciou Farenheit.
E quando digo influenciar é você realmente achar no livro referências utilizadas nas obras posteriores, como por exemplo a “linha de produção” de seres humanos perfeitos para se encaixarem como peças destas sociedades, como no livro de Huxley. Ou a figura do Big Brother (Well Doer – benfeitor – em We) de Orwell. Ou mesmo os Guardians, que são basicamente os Eyes de The Handmaid’s Tale (ainda não li o livro da Margaret Atwood, só assisti a série de TV).
Assim como nas obras que influenciou, existem inúmeras críticas a controvérsias da época, como a adoção dos estudos de Tempos e Movimentos de Frederick Taylor e a implementação do Taylorismo nas linhas de produção. E também algumas “previsões”, como a geração de energia a partir de ondas do mar.
Claro que não poderiam faltar passagens com sarcasmo de alto nível, como quando o narrador zomba do absurdo que ocorria no passado, em que haviam eleições onde não se sabia antecipadamente quem iria ganhar. Ou quando ele descreve como alguns povos precisaram “ser salvos pela força e chicoteados em direção à ‘felicidade’”
Só achei a leitura um pouco difícil e pesada, muito provavelmente por ter lido a tradução para o inglês, que não é minha língua materna, de um livro escrito em russo. Talvez eu tente ler a versão em português num futuro (não tão próximo, provavelmente).
Autobiografia da ex-primeira-dama dos EUA, Michelle Obama. Apesar de ter saído antes, o livro é um complemento – e de certa forma um contraponto – ao livro do marido, A Promised Land, lançado ao final de 2020.
A primeira parte do livro conta a história de Michelle vivendo como uma menina negra de classe média baixa de um subúrbio de Chicago. Segundo ela, sua família se distinguia das demais famílias locais por dois motivos: decidiram continuar no bairro, mesmo com este se deteriorando ao invés de abandonarem na primeira oportunidade, como fizeram diversas outras famílias; e a crença que seus pais tinham de que a educação era a única oportunidade de mobilidade social para seus filhos. Tanto que os dois filhos do casal (Michelle e seu irmão, Craig), foram admitidos em Princeton, uma das mais conceituadas e disputadas universidades norte-americanas.
A segunda parte do livro conta justamente os anos de Princeton e, mais tarde Harvard, onde ela cursou, assim como Obama cursaria, a Law School. Nos EUA, o direito é quase como uma especialização: você cursa primeiro o bacharelado e após concluir este é que ingressa na “escola de leis” (existem outras formações, como a medicina, que funcionam da mesma forma).
Nestas duas primeiras partes Michelle conta como sempre foi determinada em ser a melhor no que se dispusesse a fazer, com um espírito muito competitivo. Mas ela reconhece que, se por um lado isto a ajudou a “subir na vida”, por outro, fez com que ela escolhesse uma carreira que não lhe trazia prazer. Além disto, ela também confessa que esta “gana” era mais para agradar os outros do que algo que lhe trouxesse satisfação. E em algumas vezes era apenas para “esfregar na cara” de alguém que duvidou que ela conseguiria. Raramente existia uma motivação intrínseca.
Após concluir a Law School, Michelle volta à Chicago e ingressa num famoso escritório de advocacia local. Infeliz no trabalho, sua vida dá uma guinada quando um “magrelo alto, com orelha de abano e que se movia como se estivesse dançando” (segundo descrição dela) ingressa como estagiário no escritório e ela é assinalada como sua mentora. Depois de alguma insistência, o tal estagiário consegue finalmente convencê-la a saírem para um encontro, o que viria a mudar totalmente sua vida.
A primeira mudança é que, motivada por Obama (o tal magrelo), ela resolve largar o escritório de advocacia e se envolver com trabalhos em que ela conseguia causar um impacto social, especialmente em comunidades de não-brancos. Especialmente para meninas. Ela conta que finalmente começou a fazer algo que dava prazer a ela mesma (apesar de render menos grana).
Outra “confidência” feita no livro é que ela nunca gostou de política (partidária) e, se fosse por ela o marido não teria seguido este caminho. Na seção dedicada as campanhas políticas do marido (explicada um pouco como funcionam no link acima, sobre o livro do Obama), ela conta o seu lado da história: apesar de não ser ela a candidata, ela teve que ter muito mais muito envolvimento na campanha, as vezes até mais que o próprio candidato.
Quando se torna então primeira-dama, ela decide que, de alguma forma, iria tentar deixar, na medida do possível, sua marca, não sendo apenas uma “figura decorativa”. Ela também conta do fardo que “o primeiro casal” tem que carregar: perda de privacidade, de tempo livre, de fazer coisas simples, como ir fazer compras no shopping, ou perder tempo com os filhos num parque. Tudo tem que ser planejado com antecedência, e sempre tem um séquito de agentes de segurança.
Para não contar ser alvo de ataques e mentiras, inclusive de correligionários do marido, o que ela deixa transparecer como sendo um dos principais incômodos e mágoas que ela tem.
Livro bem interessante para entender um pouco mais de como funciona a complicada política norte-americana e ter um pouco mais de acesso aos bastidores da casa branca.