Arquivo anual: 2013

Meta superada!!!!

Desde a época da faculdade (e depois passando por duas pós), eu concentrei minhas leituras (uma das minhas paixões) em literaturas mais “técnicas”. Primeiramente foram os livros da faculdade, depois livros ou revistas relativos à minha carreira, depois vieram as pós graduações, e acabei deixando, durante muito tempo, a leitura de outros tipos de livro.

De uns quatro anos para cá me impus metas de leituras não técnicas (não que elas também não me dão prazer). Eu me comprometi a ler ao menos 2 livros novos por mês (na média). No primeiro ano foram apenas 12, ano retrasado já havia conseguido 18, ano passado consegui ler 20 livros e, finalmente, este ano consegui superar minha meta.

Para talvez despertar o interesse e compartilhar minhas opniões sobres os livros que eu li este ano, à seguir uma breve opnião sobre cada um deles (lembrando que dificilmente eu acho um livro ruim, então que sirva como balizador):

1 – Pride And Prejudice – Jane Austen
História água com açúcar, mas serviu para aprender algumas palavras e expressões mais “rebuscadas” em inglês e pra ver como o inglês ainda era mais próximo do alemão a mais de 100 anos atrás.

2 – Guia da Culinaria Ogra – Andre Barcinski
Item obrigatório para quem mora ou visita São Paulo e tem interesse em aproveitar a gastronomia da cidade. Não aquela gastronomia aviadada dos “chez”, “bistrôs” e outros modismos, mas aqueles lugares onde se come bem, paga-se pouco e é bem atendido. O texto do André Barcinski é uma atração à parte. Destaque para os mandamentos da culinária ogra.

3 – Admiravel Mundo Novo – Aldous Huxley
Este livro, juntamente com o restante da “trilogia da distopia” (Farenheit 451 e 1984, comentados abaixo) e “A Revolução dos Bichos” deveriam ser leitura escolar obrigatória como conteúdo para a formação política (sem doutrinação, por favor!) dos alunos. É um livro de tirar o folêgo que mostra um futuro onde as pessoas são “produzidas” em série como se fossem peças de um sistema, de uma engrenagem. Muito interessante notar muitas coisas contadas no livro que se tornaram realidade após o seu lançamento e outras que não tardam a acontecer. Como complemento, sugiro o filme Gattaca, claramente baseado no livro.

4 – A Ira De Nasi – Mauro Betin & Alexandre Petillo
Nunca tinha lido biografias e resolvi arriscar a primeira justamente com um cara e uma banda (o livro vai além da biografia só do Nazi e faz um passo a passo do nascimento e carreira do Ira!) que dificilmente eu iria me decepcionar, já que o Ira! é a minha banda nacional favorita (perdi até as contas de quantos shows deles eu vi, mas creio que fica próximo dos 100). O livro foi muito bem escrito, com uma fluidez bem interessante e conta, além da história dos 2 (Nasi e Ira!), um pouco da história do rock paulista dos anos 80 (Titãs, Ritchie, Mercenárias, etc). Ótima pedida!

5 – 50 Anos A Mil – Lobão & Claudio Tognolli
Já que tinha arriscado uma biografia, resolvi encarar uma outra na sequência e justamente foi de outro artista polêmico do rock nacional. A do Lobão já é um pouco cansativa (o texto dele vai e volta várias vezes, tornando algumas partes maçantes), além do Lobão ser sempre ser colocado como um herói, muitas vezes como vítima da sorte, da vida, etc. Ou seja, acaba passando um pouco a linha da biografia para virar um “romance”. Mas mesmo assim vale a pena.

6 – Fahrenheit 451 – Ray Bradbury
Para mim a história é de terror: imagine um mundo onde os livros fossem proíbidos e a nova função dos bombeiros, ao invés de apagar incêndios (já que não mais existiam incêndios) é ser o o braço repressor do Estado, caçando indivíduos que possuem livros, encarregando-se de prendê-los e queimar os livros. Assim como em “Admirável Mundo Novo” (acima) e “1984” (abaixo), chega a ser assustador notar como algumas “previsões” do livro vêm realmente ocorrendo.

7 – 1984 – George Orwell
O livro que completa a “trilogia da distopia”, este clássico de George Orwell se passa em um regime político totalitário e mostra como o sistema é capaz de suprimir as individualidades. Uma boa pedida é ler o outro clássico do Orwell, “A Revolução dos Bichos”, que conta em forma de fábula como um regime deste tipo se instala, antes de 1984. O mais interessante é que, apesar de conter uma forte crítica aos sistemas socialistas implementados até então (especialmente o Soviético), Orwell era um socialista (democrático, segundo ele mesmo), tendo inclusive lutado na revolução espanhola ao lado do POUM (Partido Operário de Unificação Marxista).

8 – The Dead Zone – Stephen King
Apenas por esta lista é fácil identificar meu autor favorito. The Dead Zone (A Zona Morta, na versão em português) conta a história de John Smith, que após um acidente de carro e um período de 6 anos em coma, desenvolve uma estranha habilidade de “enxergar” o passado e o futuro das pessoas apenas com um toque (nas próprias pessoas ou em objetos tocados por elas). O livro rendeu uma série de relativo sucesso, que foi transmitida no Brasil pela AXN e mais tarde no SBT.

9 – Thinner – Stephen King
“Maldição do Cigano” na versão em português, conta a história de um advogado bem sucedido que, ao atropelar e matar uma velha cigana, recebe uma maldição que faz com que ele perca peso e a sua luta para conseguir que o cigano que lhe colocou a maldição a retire. Final bem típico do Stephen King. Também virou um filme “meia boca”.

10 – Four Past Midnight – Stephen King
Coleção de 4 contos do Stephen King. Apesar dele ser meu autor favorito, os romances maiores dele geralmente começam um tanto quanto monótonos, por causa dos detalhes, às vezes excessivos, que ele usa para descrever personagens, locais e cenas. Normalmente é uma “enrolação” (mas ainda assim, muito boa) até 70% do livro e nos 30% restantes ele dá uma “corrida” para criar o clima e finalizar a estória em grande estilo. Nos contos dele esta característica inexiste, pois são estórias mais curtas e rápidas.

  • The Langoliers: num vôo noturno de Los Angeles para Boston, algum fenômeno estranho acontece, o vôo atravessa um “rasgo temporal” e entra em uma zona onde o tempo está sendo “devorado” por estranhas criaturas (os tais langoliers). Mostra a luta dos sobreviventes (ou melhor, das pessoas que não desapareceram) do vôo quando este passou pela fenda temporal para entender o que está acontecendo e tentar sair deste “limbo”. Lembro de ter visto, há um bom tempo atrás, uma minisérie na Record baseada neste conto.
  • Secret Window, Secret Garden (a Janela Secreta, em português): um escritor em crise (pessoal e de criatividade), se isola em uma cabana em busca de tranquilidade. Porém, inesperadamente ele recebe a visita de um estanho homem do mississipi, querendo uma retratação por achar que o escritor lhe roubou um conto. Virou um filme muito bom com o Johnny Deep e tem um final surpreendente.
  • The Library Policeman: esta história usa de mote um contexto bem americano, que é o medo que as crianças têm do tal “Library Policeman”. Esta é uma lenda de um fiscal da biblioteca que vêm atrás das crianças que não devolvem seus livros. Mais ou menos como uma “loira do banheiro” no Brasil. Interessante.
  • The Sun Dog: o Stephen King é tão gênio que consegue usar um mote de uma polaroid para fazer um grande conto. A história em sí não é das melhores dele, mas o clima que ele cria até a conclusão é fantástico.

11 – A Vida Não E Justa – Andrea Pacha
Andrea Pachá é uma Juiza da vara de família numa comarca no interior do Rio de Janeiro. Aqui ela conta várias histórias reais ocorridas no seu tribunal. Muitas são tristes, algumas têm final feliz, às vezes até engraçado. Mas o melhor de tudo é você ver situações que ocorrem na vida das pessoas que faz você parar para pensar o por que de você reclamar da sua vida. Vale muito a pena a leitura.

12 – Dez Dias que Abalaram o Mundo – John Reed
Este livro é uma minuciosa descrição dos fatos que culminaram na revolução russa de 1917. Revolução esta que veio a instalar o regime comunista. O livro é um tanto cansativo pois se trata de uma narração em “real time” do que acontecia naquele momento e vêm acompanhado de muitas notas do autor e referências à reportagens (também constantes no livro), o que faz com que a leitura vire uma “navegação” entre as seções. Mas é interessante notar o clima e as ações que culminaram na revolução. E para mim, é assustador perceber que muitas das táticas utilizadas à época ainda são utilizadas hoje pela militância partidária e pela imprensa política em geral.

13 – Dom Quixote – Miguel de Cervantes
Clássico da literatura espanhola, conta a história de Dom Quixote, um pequeno fidalgo que perde a razão por excesso de leitura de romances de cavalaria e se lança em aventuras, sempre ajudado por seu fiel escudeiro, Sancho Pança. É um romance cômico, mas que tem seus momentos sublimes, por conta da inocência do personagem principal. Deveria ter lido isto bem antes.

14 – Rose Madder – Stephen King
Neste livro achei que o Stephen King iria conseguir fazer um livro de terror sem ter que “apelar” para o místico, para o sobrenatural, e baseado num tema real e triste, que infelizmente ainda ocorre muito, que é a violência doméstica. No meio do livro ele coloca o sobrenatural, o que não faz dele um mal livro, mas se ele tivesse seguido por outra linha, este livro talvez entrasse, dentro de sua obra, no nível de um “À Espera de um Milagre”, “Um Sonho de Liberdade”, etc

15 – Der Jaguar – Theo Scherling & Elke Burger
Apesar desta leitura ter sido apenas para treinar o alemão, a histórinha até que é interessante, porém muito curta.

16 – O Pequeno Principe – Antoine de Saint-Exupéry
Este é o tipo do livro que, apesar de ser infantil, todos nós deveriamos ler de tempos em tempos na nossa vida. Quem sabe não nos faz relembrar os sonhos, desejos e atitudes que tinhamos na época de nossa inocência.

17 – O Apanhador No Campo de Centeio – J. D. Salinger
Se para uma criança eu daria “O Pequeno Príncipe” de presente e para um pré-adolescente o “Meninos da Rua Paulo”, para um adolescente eu daria “O Apanhador No Campo de Centeio”. Conta a estória do adolescente Holden Caulfield e toda a confusão, angústia, alienação e rebeldia características desta idade.

18 – Different Seasons – Stephen King
Outro livro de contos do Stephen King:

  • Rita Hayworth and Shawshank Redemption – Hope Springs Eternal (Um Sonho de Liberdade, na versão em português): conta a estória de Andy Dufresne, que setenciado à duas penas perpétuas consecutivas por matar a mulher e seu amante, é enviado para a prisão de Shawshank. Mostra a luta de Andy para sobreviver num ambiente hostil e sua busca pela liberdade. Virou um ótimo filme com Tim Robbins e Morgan Freeman (o filme é o número 1 segundo o IMDB, de acordo com avaliações dos usuários).
  • Apt Pupil – Summer of Corruption: conta a estória de Todd Bowden, um garoto que descobre um criminoso nazista entre seus vizinhos e o chantageia para obter dele histórias da época da guerra, o que faz com que Todd se torne um monstro, assim como acaba despertando o monstro que estava há muito adormecido dentro do tal criminoso. Existe um filme de 1988 com o Ian McKellen baseado neste livro, porém não consegui encontrar.
  • The Body – Fall From Innocence: a história ficou muito conhecida no mundo todo, inclusive no Brasil, por ser a base do filme “Conta Comigo”. Aqui, um grupo de garotos sai atrás do corpo de um outro garoto que se perdeu na floresta. Durante a jornada eles vão descobrindo e moldando valores que os acompanhariam pelo resto da vida.
  • The Breathing Method – A Winter’s Tale: este é um típico conto de horror, porém narrada por um contador de histórias. Interessante, mas não é das melhores obras do Stephen King.

19 – Der Fluch der Mumie – Böttcher, Land & Salvador
Histórinha besta apenas para treinar o alemão.

20 – A Peste – Albert Camus
Eu nunca fui de ler um livro mais de uma vez, não por não achar interessante, mas por acreditar que eu tenho tanta coisa pra ler que eu não posso “perder tempo” relendo uma obra. Esta foi uma das poucas e felizes exceções (as outras exceções foram a trilogia Machadiana). É interessante ler um livro depois de 15 anos, pois você provavelmente já se tornou outra pessoa, tem outros valores (ou melhor, lapidou os seus valores). A estória se passa em uma cidade da costa da Argelia assolada por uma peste e isolada do resto do mundo. Mostra como o ser humano perde toda a civilidade quando colocado em situações extremas. Anteriormente nunca havia notado a influência desta obra em “Ensaio Sobre a Cegueira”, do Saramago, e consequentemente no seriado “The Walking Dead” (se vc acha que o seriado é sobre zumbis, é melhor rever com mais atenção).

21 – O Estrangeiro – Albert Camus
O livro conta a história de Marsault, um homem despido de sentimentos ou remorsos que comete um assassinato. Durante o julgamento, todos atêm-se à este fato, ao invés do crime em si, como base para sua condenação à morte. Livro muito tenso, mas uma obra prima.

22 – A Queda – Albert Camus
Outra obra prima de Camus, onde o personagem Jean-Baptiste Clamence, anteriormente um advogado de sucesso em Paris, atualmente autoexilado em Amsterdã, conta, em um monólogo dirigido ao leitor, a história da sua ascensão e queda e das motivações de sua vida. Coincidentemente (já que não sabia disto antes de ler os dois) têm muito em comum com Notas do Subsolo (abaixo).

23 – Notas Do Subsolo – Fiodor Dostoievski
O personagem (simplesmente Homem subterrâneo) conta em primeira pessoa suas desventuras e tenta, à todo custo, criar uma empatia para com o leitor, na primeira parte do livro, enquanto na segunda ele consegue despertar totalmente o desprezo daqueles à sua volta (inclusive o leitor). Um ótimo ensaio sobre as idéias de moral.

24 – O Processo – Franz Kafka
Um dos livros mais tensos que eu já li. Ele pode ser analisado sobre duas óticas e, ao final, numa combinação das duas. A primeira é de como o sistema age colocando uma “peça” desta engrenagem a seu dispor e descartando-a, quando bem entender. A segunda é da culpa, já que apesar de o personagem principal, Joseph K, nunca ser acusado formalmente e nunca ter idéia de qual o crime pelo qual ele está sendo acusado, ele não consegue “confessar sua inocência”, culminando enfim, com a simples aceitação e indiferença sobre os motivos do processo, aceitando sua culpabilidade (de que?).

25 – O Diario de Anne Frank – Anne Frank
Como dizem os alemães para justificarem tantos monumentos às vítimas do holocausto e da época da Alemanha dividida: nós não podemos nos esquecer, para que não cometamos os mesmos erros novamente. Este livro também não pode ser esquecido nunca. Trata-se das notas de Anne Frank, que permaneceu escondida com sua família por dois anos no sótão de uma fábrica em Amsterdã, durante a ocupação nazista na Holanda, até serem descobertos (muito provavelmente denunciados) e mandados para campos de concentração, onde o único sobrevivente foi o pai de Anne.

26 – Na Natureza Selvagem – Jon Krakauer
Jon Krakauer refaz, neste livros, os passos de Christopher McCandles, um jovem de classe média alta americana que, logo após a faculdade, larga tudo para se embrenhar numa aventura que culminaria na sua morte no Alaska. Como conta uma história real e Krakauer é um jornalista, e não um “contador de estórias”, o livro tem um ar de documentário. Um bom livro que virou um filme que eu ainda não tive a oportunidade de assistir.

27 – Guia Politicamente Incorreto da América Latina – Leandro Narloch & Duda Teixeira
Mais um da interessante série “Guia Politicamente Incorreto”. Nesta série, o autor, baseado em estudos e teses de história, geografia, política, antropologia, etc (tudo muito bem referenciado) derruba alguns mitos sobre fatos e personagens da história, neste caso da América Latina. Ele faz o contraponto justamente aos fatos históricos que são ensinados atualmente nas escolas e universidades e que, infelizmente, não são mostrados, sendo que toda a história tem vários lados. O texto têm uma fluidez muito boa e é escrito com um humor interessante.

28 – Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo – Leandro Narloch
Vide anterior.

29 – O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota – Olavo de Carvalho
Seleção de textos e artigos publicados em vários meios (jornais, internet, cursos, etc) do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho. Você pode até não concordar com os conceitos e idéias dele (como eu não concordo com a maioria), achá-lo reacionário, polêmico, etc, mas não dá para negar que, ao menos, ele baseia seus conceitos em estudos aprofundados sobre vários assuntos (filosofia, religião e história, principalmente) e não apenas repete fórmulas prontas, o que já é um alento dentro da “comunidade intelectual brasileira”. Eu sugiro a leitura principalmente para quem não gosta dele, pois até para discordar de algo, você tem que conhecer este algo a fundo.

30 – Kaltes Blut – Roland Dittrich
Outro livrinho bobo para treinar o Alemão.

31 – Cacique de Ramos – Uma História Que Deu Samba – Carlos Alberto Messeder Pereira
Livro que tem como base uma tese de mestrado em Antropologia defendida na UFRJ e que mostra como o samba se renovou entre os final dos anos 60 e início dos anos 80 através desta comunidade / bloco. Item obrigatório para quem gosta de música, especialmente MPB e/ou samba. O livro é um pouco cansativo por conta das notas de rodapé, mas muito interessante.

Top Top #2 – Aposentando Simone: 15 melhores canções natalinas

Há algum tempo atrás, os artistas Ingleses e Americanos, costumavam lançar ao final do ano, compactos (google it!) com novas versões de músicas natalinas, ou mesmo criavam novos temas músicais.

Aqui no Brasil esta moda nunca pegou e, para piorar, na única vez que um artista conseguiu relativo sucesso com algo do tipo, foi com o disco “25 de Dezembro” da cantora Simone, que nos rendeu o clássico natalino repetido à exaustão em shoppings e comércios de rua (inclusive camelôs) desde 1995.

Com o intuito de dar uma contribuição à humanidade, resolvi montar uma lista com as 15 melhores músicas ou versões de canções natalinas (melhores mesmo) para tentarmos que ao menos em um Natal a frase “Então é Natal! E o que você fez?” não cole em nossos ouvidos (basta clicar no título para ver o vídeo no vocêtubo)

15 – John Lennon – Happy Xmas (War Is Over)
Não poderia começar por outra, senão a canção que originou a versão da Simone. Lennon deve começar a se revirar no túmulo quando chega esta época.

14 – Sting – Gabriel’s Message
Gostei do som meio medieval.

13 – The Killers – Don’t Shoot Me Santa
A música e a banda não são lá estas coisas, mas me identifiquei com o Noel ruivo e bem louco.

12 – Twisted Sister – Oh Come All Ye Faithful
Realmente é uma banda de uma música só, mas com várias variações.

11 – Sarah McLachlan – O Little Town Of Bethlehem
Bela canção e bela voz

10 – Paul McCartney & The Wings – Wonderful Christmas Time
Não podia faltar o Paul nesta lista

9 – Dave Matthews Band – Christmas Song
Este Dave Matthews sempre compõe bem, além de ser um baita músico e ter uma baita banda de apoio

8 – Run DMC – Christmas In Hollis
Old school of RAP em ritmo natalino

7 – George Harrison – Ding Dong
Ele consegue fazer uma musiquinha besta ficar boa!

6 – Gerson King Combo – Jingle Black
Uma das tentativas brasileiras que deram certo (a música original é de 1977, esta é uma versão de 2011)

5 – Ramones – Merry Christmas (I Don’t Want To Fight Tonight)
Não curto Ramones (tá, tem umas 3 ou 4 que são até “maomenos”), mas vale pra mostrar que todos os estilos tem suas músicas natalinas

4 – The Beach Boys – Little Saint Nick
Os Beach Boys nunca foram aquela banda sensacional, que arrebataram multidões, ou que mudaram a história da música radicalmente. São sons simples, básicos, mas muito bons de de ouvir

3 – Jackson Five – Santa Claus Is Coming To Town
Nem tem muito pra falar né

2 – Emerson Lake And Palmer – I Believe In Father Christmas
Esta é uma das minha prediletas (quem quiser procurar tem uma versão do Bono, mas ELP é melhor!!!)

1 – James Brown – Soulful Christmas
Não tem como ficar parado

Bonus Track – Garotos Podres – Papai Noel FIlha da Puta
Ah! Não podia faltar esta né?

Frohe Weinhnachten!!!!

Top Top #1 – The Dream Rock Band

Eu me considero uma pessoa bastante metódica. Eu mantenho meus CDs e DVDs, por exemplo, em ordem alfabética (por banda, e dentro da banda, em ordem cronológica). Isto me leva a ter algumas manias. E uma delas, assim como o personagem Rob Fleming, do livro High Fidelity, do Nick Horbny (que também virou um bom filme, estrelado por John Cusack), é criar listas.

Vou aproveitar este espaço e compartilhar algumas com vocês (vou chamar esta “coluna” de Top Top por enquanto, até eu encontrar nome melhor). A primeira delas é a banda de rock dos sonhos, ou seja, quem eu acho que formaria a banda perfeita (e como é uma banda dos sonhos, me permiti colocar músicos que já se foram). Então vamos lá.

Começando pela “cozinha”: a bateria é uma posição que, para mim é indiscutível. Quando me perguntam quem é o maior baterista que já vi respondo na lata: Neil Peart, do Rush. Além de ter uma técnica invejável, é um letrista fenomenal. Também é admirável sua humildade. Um exemplo: há alguns anos atrás, mesmo já figurando no hall dos melhores bateristas, ele decidiu que estava precisando melhorar e foi fazer aulas (alguém consegue imaginar isto?!?) com uma fera do Jazz (Freddie Gruber). Uma outra coisa que me impressiona nele (assim como nos demais membros do Rush) é o tesão que os caras ainda têm em tocar, em desenvolver música, em experimentar, em arriscar. Já são 40 anos na estrada e eles, ao invés de se contentarem com uma fórmula pronta (como os Stones ou o Iron Maiden, por exemplo), sempre estão inovando e cada turnê é uma surpresa e energia indescritíveis.

Passando para o baixo, que foi um dos instrumentos que toquei por um bom tempo, o posto ficaria com o John Paul Jones, do Led Zeppelin. Aqui teríamos vários concorrentes (Cliff Burton, Chris Squire, Geddy Lee, Glenn Hughes), mas a escolha se deve, primeiramente porque, quando comecei a tocar baixo, ele era o cara em que eu me inspirava. Em segundo, porque além de ser um baixista fantástico, o cara toca cítara, bandolin, moog, hammond, entre outros (além de ser produtor). Creio que ele, assim como o George nos Beatles e o Alex Lifeson no Rush, é um daqueles monstros que foram ofuscados pela genialidade de seus companheiros. The Lemon Song e Since I’ve Been Loving You são duas linhas de baixo fenomenais.

Nos teclados o meu voto vai para o Richard Wright, do Pink Floyd. E com volta em cima do segundo colocado (Rick Wakeman). Acho que ‘The Great Gig in The Sky’ já é razão suficiente para a escolha, mas basta ouvir qualquer coisa de Floyd com um pouco mais de atenção para notar que os teclados é que faziam a “cama” para os demais instrumentos no Floyd. Assim como, sem a Guitarra do Gilmour ou as letras do Waters, o Pink Floyd não teria sido o que foi, se não tivesse os teclados do Wright, não seria o Pink Floyd. Uma pena eu não ter conhecido Pink Floyd e Richard Wright quando fazia aulas de piano. Com certeza, assim como foi o John Paul Jones quando comecei no baixo, ele seria uma influência grande. Uma curiosidade: o timbre de voz do Wright é tão parecido com o do Gilmour que normalmente, ao invés do Gilmour “dobrar” as vozes nos álbuns, o Wright fazia os backings nas gravações, o que fazia com que, ao vivo, os vocais saissem praticamente como na versão de estúdio. Dois bons exemplos são Time e Echoes.

A Guitarra é outro posto em que também existiriam muitos concorrentes, mas o meu escolhido seria o George Harrison, dos Beatles. Não pelo virtuosismo, que não era muito a praia dele, mas sim por conseguir fazer coisas simples e maravilhosas. Suas composições nos Beatles não devem em nada para as do John e/ou Paul e seu trabalho solo após o fim dos Beatles foi uma das melhores coisas que aconteceram nos anos 70. E ainda por cima montou o Travelling Wilburys na década de 80. Pena que foi embora muito cedo. Mas ao menos nos deixou Something e Here Comes The Sun.

Bem, no vocal, apesar de existirem vários bons cantores, tem um cara que para mim se sobressai (ou melhor, sobressaia), que é o Jon Anderson, do Yes. As pessoas não curtem muito Yes (como não curtem progressivo em geral), pois realmente é um tipo de som de “digestão” complexa. Até as letras geralmente remetem a temas que, se ouvidos em uma música isoladamente, ao invés de ouvida dentro do álbum, ou sem saber o conceito e o momento na qual foi feita, não fazem muito sentido. Porém, não dá para negar que é uma das melhores vozes que existem. É aguda sem ser irritante. Pena que o tempo e os problemas de saúde castigaram muito a voz do Jon Anderson, mas ao ouvir Soon ou To Be Over, dá para perceber o quanto ele tem um timbre diferenciado.

Agora eu cheguei, para usar um jargão futebolistico, “num problema que todo técnico gostaria de ter”: o que fazer com o Paul McCartney. Sim, porque nenhuma suposta melhor banda de rock de todos os tempos pode deixar Sir Paul de fora (Paul de fora dá um trocadalho do carilho!!!). O cara que está ai até hoje em turnê mundial, enchendo estádios para 50, 60, 70 mil pessoas, que desde 62 emendou hits atrás de hits, não pode ser esquecido. Aqui ele poderia ser compositor e produtor. Poderia também substituir o John Paul Jones no baixo, quando este fosse “fazer graça” no hammond ou bandolin. Poderia também fazer segunda guitarra para o George. Poderia eventualmente fazer um dueto com o Rick: o Rick no Hammond ou Moog e o Paul no Piano. E revezar e fazer backing com o Jon. No final, o único que ele não “incomodaria” seria o Neil.

That’s all folks!!!!!

O Dono do Boteco

E ai galera? Blz?

No post inaugural do blog, eu contei um pouco da idéia e do que pretendo aqui. Agora deixem eu me introduzir.

Bem, meu nome é Wellington, também conhecido como Ton entre os familiares, amigos de colégio e no local onde fui criado. Entre os amigos mais recentes (colegial para cá) sou conhecido como Ruivo.

Nasci em 22 de Outubro de 1976, no paulistaníssimo bairro da Aclimação.

Sou formado em Tecnologia em Processamento de Dados, com uma especialização em Gestão de Projetos de Business Intelligence e uma segunda especialização em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas. Atualmente trabalho como Analista de TI Senior na Johnson & Johnson.

Além do português, hoje sou fluente no inglês (mesmo!), consigo entender muito bem o espanhol (a ponto de ver filmes sem legenda ou dublagem), apesar de falar pouco, até por achar muito feio pessoas que não sabem mas tentam falar espanhol. Há tres anos estudo alemão e ainda tenho, pelo menos, mais uns 3 anos pela frente.

Minha maior paixão, com certeza é a música e quando adolescente tinha o sonho de seguir carreira como músico, porém, parafraseando o Ricardo Semler, eu desisti de ser músico quando descobri que meu amor pela música era muito maior que o meu talento (e no meu caso também a disciplina) para ela.

Outras duas paixões que tenho são ler e viajar. Eu leio tudo. De editorial de revista antiga até bula de remédio. Mesmo com todos os compromissos profisionais e educacionais, este ano tenho mantido uma média de 2 livros completos a cada mes, alguns deles em outras línguas. Se for contar os blogs, artigos, revistas, jornais, bulas de remédio, entre outros, acho que chego a ler, por mês, algo entre 3 e 4 mil páginas (se pudesse colocar todas as informações em um livro).

A outra paixão, viajar, acho que se relaciona, assim como a literatura, à “sede de conhecimento e cultura”: eu sou uma pessoa ávida por adquirir e compartilhar informações. Das mais relevantes até as mais inúteis, e creio que uma das melhores formas de conhecer gente, cultura, lugares, etc é viajando.

Como disse anteriormente, falarei aqui de vários assuntos que me interessam, e muita coisa me interessa, mas para citar algumas: Futebol (especialmente o Santos F.C.), Automobilismo, séries americanas, tecnologia, comportamento humano (e organizacional também), negócios, política, educação, alguns poucos esportes que pratico (corrida, bike e natação), piadas toscas, botecos, cervejas e amigos.

Bem, vamos ver como vai funcionar esta bagaça. De qualquer forma, espero que gostem e voltem.

Valeu!!!!

Botecando #0

Bem vindos à Botecoterapia!

Já a algum tempo amigos me sugeriram criar um blog com reviews de bares que frequento ou cervejas que tomei, além de compartilhar algumas viagens que eu fiz. Eu sempre concordei com eles que isto era uma idéia interessante, porém a preguiça nunca havia me deixado colocar isto em prática, mas acho que chegou a hora de vencer a preguiça.

Uma outra razão pela qual eu estou criando este espaço é que, no mundo cada vez mais veloz e com menos tempo da internet e suas redes sociais, as vezes falta espaço para um texto mais longo e falta tempo para sentar e organizar as idéias.

Por que Botecoterapia?

Bem, como já dito anteriormente (e mais para frente entrarei em detalhes), eu sou um frequentador assíduo de bares e botecos e um apreciador de cerveja. Depois de horas e horas sentado em mesa de botecos, comecei a perceber (ou formular a teoria) que o boteco é o lugar mais democrático que existe, assim como a cerveja a bebida mais social.

Os eventos “tomar cerveja” e “ir ao boteco” são sempre motivados por algo além da bebida e do local em sí (uma comemoração, um bate papo com amigos que já não se vêm a muito tempo, assistir um jogo, fazer uma despedida, etc) e sempre carece de pessoas para acompanharem.

No boteco é onde as pessoas, devido talvez ao seu ambiente totalmente informal, deixam cair muros e armaduras e se mostram como elas realmente são. E isto não é um efeito somente da bebida, já que o mesmo efeito se dá em pessoas que não bebem.

É onde o amigo chama o outro para comemorar o nascimento de um novo filho ou chorar as mágoas de uma traição. É onde o garçom é chamado de patrão e chefe pelo rico, e onde ele chama o cliente de amigo.

É o lugar onde a discussão sobre a crise econômica mundial é interrompida pelo gol de placa ou de bico que acabou de passar na TV (e que todos querem ver no replay). Em segundos, o jogo já é passado e a discussão sobre a importância ou não da religião na vida humana toma lugar para, apenas cinco segundos após o aprofundamento desta discussão filosófica, passar a gostosa na calçada e tirar toda a importância de qualquer outro assunto.

É isto que pretendo neste blog: criar um espaço onde possam ser discutidos todo e qualquer assunto, sem seguir uma linha específica, e que seja sempre frequentado por amigos.

Para tentar manter isto vivo, tentarei publicar algum texto mais longo a cada 15 dias, pelo menos. Digo tentarei pois, à partir do momento em que algo torna obrigação, eu acabo perdendo o tesão inicial.

Enquanto isto pingarei algumas outras coisas, tais como vídeos, músicas, fotos, etc.

A intenção é falar sobre qualquer assunto que me interesse, então, como praticamente todo assunto me interessa, não faltarão temas.

Até +

P.S. Ainda estou entendendo como funciona este trem aqui, então muito provavelmente o layout ainda vá sofrer mudanças