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Johnson Space Center – NASA, Houston

Wanderlust #67 – Texas (16/51)

(22/11/2019-30/11/2019)

Finalmente chegou a hora de conhecer o Texas! Claro que, por ser praticamente o maior estado dos EUA (o Alaska é maior em área, mas bem menos populoso e com partes inóspitas), tivemos que dispender mais de uma semana para podermos conhecer ao menos as principais cidades. E por isto também o texto ficará grande.

Dia 1 – Dallas

Como havíamos planejado apenas um dia completo em cada uma das cidades, voamos na noite anterior (dia 21/11/2019) até Dallas para podermos acordar cedo e aproveitar o dia todo. Assim que saímos do hotel a caminho do centro passamos pelo Reverchon Park e logo encontramos a Katy Trail, uma antiga linha de trem que após ser desativada foi transformada em um parque linear. Katy é a pronúncia de K-T (Kentucky-Texas), como o trecho era conhecido.

Com o tempo melhorando (estava garoando quando saímos), caminhamos até downtown, cujas principais atrações são a Thanks-Giving Square e a Giant eyeball. Uma outra atração local é a Dealey Plaza, que foi palco do assassinato de John F. Kennedy. Tem até um tour com o tema, mas preferimos pular. Muito mórbido.

Tirando estas “atrações”, downtown não tem lá muitos pontos turísticos. Então caminhamos até o Dallas Farm Market, que além da “feira-livre” conta com uma praça de alimentação e várias lojinhas de bugigangas. De lá fomos caminhando até a melhor surpresa de Dallas, Deep Ellum: uma região cheia de bares, restaurantes, lojas de tatuagem, galerias, tudo isto decorado por vários murais com grafites.

Em Deep Ellum e já debaixo de um baita sol, paramos primeiro na Braindead Brewing, que além de cervejas muito boas tem um flight de bacon! Deep Ellum me “ganhou” nesta hora. De lá fomos até a Deep Ellum Brewing Company, uma cervejaria com um ótimo espaço aberto onde estava rolando uma banda de country texano raiz (uma mistura do country tradicional com música mexicana, a famosa “música tejana”). Na sequência ainda passamos na fraquíssima Westlake Brewing Company.

Já na região do hotel, para onde voltamos no começo da noite, tivemos a segunda melhor surpresa de Dallas: o Ferris Wheelers Backyard and BBQ onde comemos um delicioso churrasco Texano, com direito a pulled pork e brisket, com mac and cheese, potato salad e quiabo de acompanhamento.

Dia 2 – Dallas – Austin

No Segundo dia, depois de pegarmos a “barca” na locadora (se soubéssemos que iriam dar um carro tão grande nem reservaríamos hotel!), passamos no Bishop Arts District, um bairro um tanto afastado do centro que conta com galerias de arte, bares, cafés, restaurantes. Muito charmoso. No final ficou aquela sensação de que talvez poderíamos ter ficado um dia a mais na cidade para aproveitar tanto o Bishop quanto algum dos bares às margens da Katy Trail.

Mas fomos então pegar as cerca de 3 horas de estrada até Austin, para novamente termos gratas surpresas (parei de contar). A primeira, no meio do caminho, é a rede Whataburger, que tem os melhores hamburgueres que eu já comi nos EUA em redes de fast-food. Outra grata surpresa, a maior do estado, é Austin em si. Cosmopolita, jovial, alegre. Cidade em que eu moraria.  

Depois de fazermos o check-in fomos dar uma volta em Austin’s East Side, que ficava perto do hotel. A região vem sendo revitalizada atualmente, com prédios residenciais modernos, bares, restaurantes. Estava até rolando um Flea Market (era domingo). De lá pegamos um Lyft e fomos até uma área isolada da cidade, meio industrial, onde tinham algumas cervejarias. Paramos primeiro na 4th Tap Brewing, que tem umas cervejas bem interessantes. Já no final da tarde, quase anoitecendo, fomos até a Oskar Blues, uma cervejaria já famosinha nos EUA, que é bem grande a conta com uma enorme área externa.

Dia 3 – Austin

Na segunda de manhã fomos explorar a cidade. Primeiro passamos no capitólio do Texas, que fica dentro de um belo parque. O prédio, apesar de ter a mesma forma dos capitólios de outros estados, é muito bonito.

De lá demos uma bela caminhada até o Market District, uma das várias áreas da cidade com atrações como bares, restaurantes e galerias. Praticamente colado fica uma outra área destas: Warehouse District. E colado no Warehouse District, fica a 2nd Street District, ao longo da 2nd Street, que é um calçadão com pouco movimento de carros. A 2nd Street é também conhecida como Rua Willie Nelson. Todos estes distritos têm suas particularidades, mas a ideia é a mesma: bares, restaurantes, lojas, tudo colados uns dos outros.

Aproveitamos que a 2nd Street fica do lado do Rio Colorado e fomos dar uma olhada. Dos dois lados do rio tem trilhas para caminhada e pedalada. Mas só olhamos mesmo e fomos até outro distrito de entretenimento, o Convention Center District, que é mais “urbano”, com mais escritórios, mas que ainda conta com bares e restaurantes. Todos estes distritos são colados uns nos outros, como se formassem um “arquipélago” de entertainment districts.

De lá andamos até a Rainey Street, um outro distrito de entretenimento, a uns 10 minutos de caminhada do Convention Center. Ele é também o distrito boêmio mais antigo da cidade. Tem bons bares e restaurantes, a maioria deles montados em antigas casas de madeiras que lembram bangalôs. Bem charmoso.

Aproveitamos que era início da tarde para abrir os trabalhos e darmos uma forrada no Banger’s Sausage House & Beer Garden. Não é uma cervejaria, mas conta com diversas opções de cervejas artesanais locais, além de ótimos petiscos, como as salsichas da casa (o bar tem temática Alemã).

Mas não acabou ainda! A caminho de outro distrito de entretenimento, passamos pelo 6th Street Entertainment District, uma rua com vários bares com música ao vivo. Na mesma 6th, mas do lado leste da cidade, passando a Freeway que corta Austin de Norte a Sul, existe outro distrito de entretenimento, este mais moderninho, revitalizado como o Austin’s East Side, que fica próximo.

Lá paramos então na Lazarus Brewing, que conta com uma ótima área aberta, mas com umas cervejas bem mais ou menos. Tinha um monte de gente lá trabalhando enquanto tomava cerveja (segundou!).

Já tínhamos combinado de comer no Stagger Lee, outro beer garden na Rainey, cujo BBQ é servido pela Do-Rite BBQ. No caminho até o Stagger Lee achamos outra grata surpresa: a Central District Brewing, que por ser muito nova, nem havíamos colocado nos planos. Ótimas cervejas! Tão boas que voltaríamos em 2021 enquanto passamos pela cidade numa road-trip da costa leste até a costa oeste dos EUA (daqui uns 10 anos este post sai!).

Quando havíamos passado na área antiga da 6th street, no final da tarde, a gente combinou de voltarmos para conhecer algum dos bares com música Country ao vivo. Demos uma volta e acabamos parando no San Jac Saloon , que tem até aquelas portinhas que parecem janelas e que a gente vê em filmes de cowboy.

Dia 4 – Austin – San Antonio

Antes de pegarmos a estrada para San Antonio, tentamos dar uma passada na HOPE Outdoor Gallery, uma área que seria cheia de grafites. Porém, acabamos descobrindo que o terreno onde ela ficava foi adquirido e a galeria foi fechada. A prefeitura cedeu um outro local para ela ser refeita, porém ainda estavam montando.

Já em San Antonio, após fazermos o check-in, fomos dar uma volta na cidade, que é histórica e turística. Nela ocorreu a batalha do Alamo, que foi o marco da independência do Texas, que até então era parte do México (depois de ter sido colônia Espanhola e Francesa). Passamos pelo centro da cidade e fizemos uma bela caminhada até o Historic Market Square, meio que um shopping a céu aberto, focado em culinária e artesanato Tex-Mex.

De lá fomos até a Alamo Beer Company, uma enorme cervejaria que fica embaixo da Hays Street Bridge, um viaduto antigo por onde passavam linhas de trem e que hoje é uma passarela de pedestres / parque linear. De lá se tem uma ótima vista do skyline de San Antonio, especialmente durante o pôr-do-sol.

Já no início da noite fomos dar uma volta no River Walk, bem no centro histórico da cidade. O River Walk é um parque que foi construído em um canal artificial que começa e termina no Rio San Antonio, formando um quadrilátero. A ideia era o canal ser usado como dispositivo de escoamento do Rio em caso de enchentes e foi idealizado na década de 20, depois de uma cheia que matou dezenas de pessoas. O arquiteto responsável sugeriu então que se montasse um “calçadão” com várias atrações à beira deste canal, que viria a ser o River Walk. Demos uma volta por ali e paramos no Ritas On The Riverwalk para jantar.

Dia 5 – San Antonio

Depois de tomarmos café da manhã no Schilo’s , um Dinner que nasceu com influência alemã, mas que atualmente serve de tudo, fomos conhecer as famosas Missões de San Antonio.

As missões eram como “postos de apoio” que a igreja católica montava para servir de base no seu projeto de evangelização dos nativos norte-americanos. Eram vilazinhas cercadas (para se proteger de ataques), e contavam com prédios administrativos, religiosos (obviamente), algumas instalações para prover hospedagem, estábulos, etc.

Existem muitas delas na Califórnia também, como a de San Luis Obispo, que deu origem à cidade de mesmo nome. As de San Antonio são tombadas pela UNESCO. Passamos em quatro delas e não me lembro agora porque não passamos pela quinta (Mission San Antonio): Mission Espada (a mais antiga e praticamente toda em ruinas), Mission San Juan (um pouco mais nova, um pouco maior e com estruturas mais conservadas), Mission de San José (a maior e mais organizada, onde fica inclusive o tourist center das missões) e finalmente Mission Concepción (basicamente apenas uma igreja).

Depois de deixarmos o carro no hotel, fomos então visitar o Alamo, que como já explicado, é um marco histórico e onde pudemos aprender um pouco da história do estado e consequentemente dos EUA.

Depois do Alamo, fomos dar mais uma volta no River Walk e passamos pela La Villita Historic Arts Village, um “shopping” a céu aberto, que conta com algumas lojas de “artesanias”. Caminhamos então a uma região mais afastada para conhecermos algumas outras cervejarias.

A primeira delas foi a Blue Star Brewing Company, que fica num centrinho comercial mais descolado, com um café, loja de bicicleta, floricultura. De lá fomos então à Künstler Brewing, cervejaria focada em receitas alemãs, que tinha umas brejas muito boas.

Pra finalizar a passagem em San Antonio, claro que fomos jantar mais um tradicional BBQ texano, agora no County Line, no River Walk.

Dia 6 – San Antonio – Houston

Como quinta era o Thanksgiving, um feriado onde normalmente está tudo fechado nos EUA, nem nos preocupamos em sair muito cedo de San Antonio com destino à Houston. Nossa única preocupação era encontrarmos algum lugar para comer. Quando fomos à Virginia, quase não conseguimos encontrar um lugar aberto entre o meio-dia e umas 8 da noite.

Encontramos o Buc-ee’s, uma rede que é tipo um Graal, existente no sudeste e centro dos EUA. E como já havíamos previsto, chegamos em Houston com praticamente tudo fechado. Ainda mais porque a cidade é bem “urbana” e com poucas atrações realmente turísticas.

Mas felizmente achamos a Flying Saucer Draught Emporium, um tap room com mais de 50 torneiras que, segundo anunciado, abre 365 dias por ano. Foi a salvação para um dia que geralmente é morto.

Dia 7 – Galveston – Houston

Na sexta de manhã dirigimos cerca de 50 minutos até a cidade costeira de Galveston. Apesar de ter um centrinho com algumas atrações, a cidade é meio que um balneário na costa do Golfo do México. Então, se você não vai realmente para passar uns dias e aproveitar a praia, não tem muita atração para outro tipo de turistas, como nós. Mais tarde ficaríamos sabendo que a cidade foi palco do evento que deu origem ao Juneteenth, pois foi o último local dos EUA onde os escravos foram libertos, mais de dois anos depois da proclamação do fim da escravidão no nível federal. Em 2021 o dia 17 de Junho, dia desta libertação, se tornou feriado nacional nos EUA.

Voltando a Houston, demos mais uma volta pelo centro da cidade e realmente confirmamos que não havia muitas atrações turísticas. Então fomos fazer um tour pelas cervejarias, iniciando pela 8th Wonder Brewery, que tem um pátio gigante, com uma escultura dos Beatles também enorme. Porém achei o atendimento meio confuso.

De lá demos uma passada no Truck Yard : um misto de beer Garden, Food Court e parque de diversões, além de algumas atrações como fliperama e música ao vivo. Porém só demos uma olhada mesmo e logo fomos à True Anomaly Brewing Company, que tinha ótimas cervejas. Para finalizar o dia, fomos comer no Pappas Bar-B-Q, uma rede de fast-food de BBQ Texano muito boa.

Dia 8 – NASA – Houston

Sábado era dia de voltar para casa, mas não sem antes passarmos na principal atração de Houston, o Johnson Space Center, centro de desenvolvimento da NASA, onde também se treinam astronautas e de onde se comandam algumas das missões da agencia espacial norte-americana. Com nosso voo era no meio da tarde, não conseguimos fazer todos os passeios disponíveis, mas pelo menos conseguimos fazer os principais. Talvez devêssemos ter pulado Galveston no dia anterior e termos feito a NASA sem pressa. Mas valeu a experiência de qualquer forma.

Observações, dicas e considerações:

  • Tanto em Austin quanto em Dallas ficamos bastante impressionados com a quantidade de gente andando com cachorro. Acho que foi o local em que mais vimos pets até agora.
  • Também nos impressionou em Austin a quantidade de gatos de rua, coisa rara no restante dos EUA.
  • O Texas tem aquela imagem (ao menos para nós Brasileiros) que vemos nos filmes, com um monte de caipiras, de chapelão, andando armados. Até vimos alguns caipiras e uns poucos chapéus, mas definitivamente não vimos ninguém armado (tirando seguranças e policiais, obviamente).
  • No meio do caminho entre Austin e San Antonio vimos uma daquelas cenas típicas de filmes e desenhos: uma casa inteira sendo transportada por caminhões. Quer dizer, não estava “inteira”, já que eram dois caminhões, cada um transportando metade da casa.
  • whataburger_wonder_womanO logo do Whataburger é quase idêntico ao da Mulher Maravilha (Wonder Woman em Inglês). Mas parece ser apenas coincidência, já que a própria Whataburger, que usa este logo desde 1972, nunca reclamou com a DC (segundo o Google, o da Mulher Maravilha é de 1985). Isto até recentemente, quando a DC Comics estava planejando lançar alimentos com o tema da Mulher Maravilha.

Be happy 🙂

Wanderlust #65 – Charlotte and Raleigh, North Carolina (15/51)

(29/08/2019-02/09/2019)

Wow! Já faz um tempão desde o último Wanderlust.

Como já disse antes, nesta saga de tentar conhecer todos os 50 estados norte-americanos (mais DC e alguns territórios) e já tendo conhecido os principais que podíamos conhecer de carro, cada novo feriado ou férias significa um tempo considerável tentando conciliar um estado novo com clima agradável e passagens a preços acessíveis.

Desta vez estávamos entre as Carolinas (Norte e Sul) e até pensamos em já fazer as duas de uma vez, mas depois de pesquisarmos um pouco resolvemos, felizmente, nos concentrar na do Norte. Apesar de não ser um estado muito grande e nem tão turístico, ele nos reservou algumas boas surpresas.

Dia 1 – Charlotte

Nesta de procurar passagens, encontramos as mais em conta pra Charlotte, que pelo que havíamos pesquisado, não tinha lá muitas atrações. Então planejamos ficar apenas os dias em que iriamos voar e nem nos preocupamos muito com localização de hotel. Pegamos um Super 8, uma rede de motéis bem simples. Só lembrando que motel nos EUA é apenas um hotel com estacionamento para carros, geralmente na beira de estrada e cujo proposito maior é apenas pernoitar durante viagens longas (motel = motor + hotel).

E como chegamos já de noite, apenas nos registramos e fomos comer algo (e tomarmos umas cervejas de leve).  Já havíamos mapeado a The Brass Tap, que é uma rede de franquias de bar de cervejas artesanais que tinha uma quantidade razoável de taps (acabei de descobrir que a unidade de Charlotte não existe mais, infelizmente não deve ter resistido à pandemia)

Dia 2 – Charlotte-Raleigh

Antes de pegar a estrada no outro dia em direção a Raleigh (lê-se “Róulei”), demos uma passada em Charlotte Downtown para aproveitarmos a passagem pela cidade. Além dos prédios comerciais a região conta com algumas praças e um museu. Ainda conta com bastante arte espalhada pelas ruas: esculturas, grafites, etc. Encontramos até um Urso Berlinense (United Berlin Bear).

Após a rápida visita no centro de Charlotte, dirigimos quase três horas até Raleigh. Lá ficamos hospedados num Holiday Inn bem no centro da cidade. O prédio é interessante, redondo, lembrando o Edifício Dacon, em São Paulo, onde trabalhei entre 2004 e 2006.

Depois do check-in feito, fomos dar uma volta no centro da cidade e logo em seguida, já no meio da tarde, passamos na ótima Crank Arm Brewing Company , cuja temática é bicicleta. “crank arm” é o termo em inglês para pé-de-vela – que acabei de descobrir agora que na verdade se escreve “pedivela” – que são aqueles “braços” onde são encaixados os pedais da bicicleta e que se conectam à coroa. Além de ótimas cervejas e da pipoca “digrátis” (“você disse pipoca?”) uma outra atração da cervejaria é a agradável área externa.

De lá caminhamos até Glenwood South, o bairro boêmio da cidade, que conta com diversos restaurantes, bares e baladas. Uma parada obrigatória na cidade é o Raleigh Beer Garden um bar e restaurante que conta com 366 taps! Se colocar como meta experimentar uma por dia, precisaria de um ano bissexto para provar todas. Claro que as cervejas estão sempre mudando, mas seria um desafio interessante.

Já no final da noite, fomos comer no La Santa Modern Mexican Food.

Dia 3 – Raleigh

No sábado, como tínhamos o dia todo em Raleigh, fomos conhecer a cidade “de verdade”, primeiro passando pelo capitólio do estado, que ficava próximo ao hotel. De lá fomos procurar algum lugar para tomar café da manhã e acabamos parando no charmoso Sir Walter Coffee.

Após o café fomos dar uma olhada na Moore Square, que é bastante frequentada por pais levando suas crianças. Próximo a praça fica o City Market, um conjunto de uns 3 quarteirões com lojas, cafés, livrarias. Vale uma passada se tiver tempo.

E aí voltando para a região do hotel nos deparamos com uma das melhores surpresas: estava rolando o African American Cultural Festival na Fayetteville street, uma das principais vias da cidade. Tinha bastante barracas de artesanato, música, barracas com temática de países da África e do Caribe. Muito legal! E já que estávamos na região do centro e existia uma outra cervejaria por ali, demos uma passada na Trophy Brewing Tap and Table para tomarmos uma (literalmente), só pra refrescar.

Na sequência fomos visitar o bem montado North Carolina Museum of Natural Sciences, cuja entrada é gratuita. É uma mini (bem mini) versão do Museu de História Natural do de New York. Outra atração bem interessante, especialmente para crianças e quem curte ciência.

De lá voltamos na Crank Arm para experimentarmos algumas das cervejas que não tínhamos experimentado no dia anterior e para aproveitarmos o sol pra umas cervejas ao ar livre. Demos uma andada no Warehouse District, um bairro industrial (como o nome diz) que está sendo revitalizado com lojas, espaços de co-working, etc. E de lá fomos conhecer a Clouds Brewing que nos pareceu bem fraquinha pra ser sincero.

Nas duas vezes que fomos na Crank Arm e andando pelo Warehouse District, sempre sentíamos um cheiro de barbecue (do churrasco mesmo e também do molho). Se tratava do The Pit Authentic Barbecue , e foi uma ótima opção para degustar um legitimo churrasco texano.  Bem na esquina em frente ao hotel, havia uma loja de cervejas (State Beer). Então claro que paramos lá pra saideira de Raleigh, já que no outro dia iriamos voltar para Charlotte.

Dia 4 – Raleigh-Charlotte

No dia anterior, quando fomos tomar café no Sir Walter, o pedido demorou quase uma hora para chegar. Por conta disto, mesmo sem termos reclamado, nos ofereceram um voucher. Então fomos “obrigados” a voltar no domingo, antes da viagem de volta pra Charlotte.

Retornando a Charlotte, antes de nos dirigirmos ao hotel para fazer o check-in (já que o nosso voo de volta só seria na segunda feira de manhã), demos uma passada no Freedom Park, que pelo que havíamos pesquisado era a atração turística mais famosa da cidade. Demos uma passeada pelo belo parque debaixo de um baita sol e na sequência fomos almoçar e dar mais um passeio em Downtown para enrolar até o horário do check-in.

Como não havíamos achado muitas atrações em Charlotte, havíamos decidido fazer uma via sacra em algumas cervejarias locais. E aí acabamos descobrindo que realmente existe uma “brewery trail” na cidade.

Primeiro passamos na Lenny Boy Brewing Co, que tem grande área externa, mas que já estava lotada (como a cervejaria inteira) quando chegamos. Além das ótimas cervejas, eles também produzem kombucha (e inclusive oferecem drinks com a bebida). Aos domingos geralmente rolam promoções (e talvez por isto estivesse tão lotada).

Continuando então nossa peregrinação, fomos até a Sycamore Brewing que também tem uma área externa enorme (maior até do que a Lenny Boy). A cervejaria é legal, mas infelizmente as cervejas eram servidas em copos de plástico barato, daqueles que influenciam o gosto. Entendo que com uma área externa daquele tamanho, copos de vidros são inviáveis, mas podiam ao menos utilizar aqueles copos de plástico mais rígido e transparente, próprios para cerveja. Ou então usar um sistema de Pfand igual na Alemanha, que reduziria o problema do custo do furto (mas não o de ter que lavar centenas, provavelmente milhares de copos, num dia cheio).

E ao fundo da Sycamore encontramos a pérola da cidade: existe uma linha de bonde (trolley/tram) e ao lado desta linha uma pista de caminhada e corrida. Resolvemos caminhar por ali até a próxima parada. As margens desta pista/linha têm alguns bares, sorveterias, restaurantes. Estava também bastante movimentada, com casais, grupos de jovens, pessoas passeando com seus cães, todos aproveitando o ótimo domingo.

Para finalizar o tour, passamos na Wooden Robot Brewery, que também tem ótimas cervejas. Depois de um sample na Wooden Robot, restou só voltar a The Brass Tap (que ficava ao lado) para jantar e tomar a saideira.

16 de Janeiro de 2021

Devido as restrições de viagem por conta da pandemia decidimos passar o final de 2020/começo de 2021 na Flórida. Fomos de carro de New Jersey, num trajeto de mais de dois mil quilômetros. Para não dirigirmos 24 horas direto (mesmo revezando seria muito cansativo), paramos para pernoitar no meio do caminho (tanto na ida como na volta). Na volta, escolhemos Raleigh, pois já conhecíamos a cidade.

A ideia era chegar, fazer o check-in, ir tomar umas na Crank Arm e depois ir jantar em algum lugar. Assim que fizemos o check-in e fomos caminhar até a cervejaria, notamos muito movimento praquele horário (especialmente no inverno). Já sentados e com uma cerveja, começamos a procurar algum lugar para jantar e não encontrávamos nenhum que ficava aberto até tarde. Fui dar uma googlada e descobri que, devido à pandemia, a cidade estava com toque de recolher as 22:00hrs (com a última bebida servida até as 21:30, no máximo). Claro! Como não imaginamos isto?!?! Acho que ficamos tão habituados com a “normalidade” da Flórida que quase esquecemos que estávamos no meio de uma pandemia.

O movimento anormal era apenas a galera curtindo balada antes do toque de recolher!

Tivemos que fechar a conta rapidamente na Crank Arm e saímos correndo atrás de um lugar pra comer. A primeira tentativa foi falha, pois a Tobacco Road Sports Cafe & Brewery já não estava mais aceitando clientes. Atravessamos a rua e fomos na Clouds, sem saber que era a mesma cervejaria que havíamos conhecido anteriormente (e que não havíamos gostado muito). A hostess nos ofereceu um lugar no balcão e, após pedirmos a primeira rodada, bateu aquele: “eita! Acho que a gente já veio aqui”.

Coincidentemente o lugar no balcão era exatamente o mesmo onde havíamos nos sentado 1 ano e meio antes. Mas desta vez achei até legal, tanto pelo atendimento, quanto pela ótima porção de nachos com bratwurst (um dos vários estilos de salsicha alemã, que neste caso é preparada assada), uma mistura que ficou bem interessante.

Observações, dicas e considerações:

  • Notei muitos fãs do Liverpool nas duas cidades. Havia muita gente passeando com camisa e muitos estabelecimentos tinham bandeiras e flamulas. Não consegui descobrir a razão.
  • Em Raleigh a bicicleta e muito usada como meio de locomoção e talvez isto explique o porquê de existir uma cervejaria com a temática na cidade.

Be happy 🙂

Wanderlust #4 – USA – Dicas e Observações

EUA 1Aqui vou colocar algumas dicas para quem vai viajar aos EUA. Depois de umas 10 viagens, um total de mais de 1 ano lá e o contato praticamente diário com americanos, por conta do trabalho,  acho que tenho know how para isto….hehe (e algumas observações tambem).

No Aeroporto / Avião

  • Se você comprou mais do que pretendia e não cabe em duas malas, compre uma terceira mala, pague o excesso de bagagem e despache. Não tente levar consigo dentro do avião, pois o espaço a mais que você usaria vai faltar para outra pessoa.
  • Existe um motivo para embarcarem os passageiros por setor: agilizar o embarque. Portanto, se você entrar no avião quando não for o seu grupo, você vai ser o causador de algum possível atraso.
  • Seu lugar está marcado, então não precisa fazer fila para tentar ser o primeiro a embarcar.
  • Você gosta de beber? Eu também gosto. Mas durante um vôo contenha-se: é muito desagradável para todos quando alguém passa da conta dentro de um vôo. Sem contar que isto assusta ainda mais passageiros que já tem medo de voar. E lembre-se que, devido à pressão, o efeito do álcool é potencializado em altitude.
  • A tripulação está lá para servir e ajudar os passageiros, mas acima de tudo eles estão lá por uma razão maior: a segurança do vôo. Seja respeitoso e gentil com os comissários.
  • Seus filhos são incontroláveis? Então talvez seja melhor você planejar suas férias para um lugar apropriado (preferencialmente onde não existam outras pessoas) e que seja acessível sem a necessidade de voar. Ninguém é obrigado a aguentar uma criança chutando suas costas durante 7, 8 horas. Som de joguinhos eletrônicos ou DVD da galinha pintadinha por mais de 10 minutos também são insuportáveis. O filho é seu, a responsabilidade é sua, e não de mais ninguém. Se desejou (ou não evitou) tê-los, conviva com isto e altere sua rotina para acomodar esta grande responsabilidade.
  • Não empate os banheiros escovando os dentes, trocando de roupa, se maquiando.
  • Quando o avião pousar, não precisa sair correndo para ser o primeiro a desembarcar. Muito provavelmente quando as malas chegarem na esteira, o último passageiro a desembarcar já estará lá esperando também e sua pressa só vai causar incômodos.

Ao dirigir

  • Quando estiver em um cruzamento com farol, a conversao à direita (se vc se encontra na faixa da direita) é permitida mesmo com o farol vermelho para você, desde que voce respeite o trânsito da via em que se quer entrar e principalmente dê a preferencia aos pedestres, se estes estiverem atravessando. Quando esta conversão nao for permitida vai existir uma indicação (“no turn on red” ou “turn just on green“). Se voce estiver numa situação destas, com o pisca ligado pra fazer a conversão (ou numa faixa exclusiva para conversão) e ficar esperando o farol abrir, pode tomar uma buzinada de alguém que esteja atrás.
  • Falando em pedestres, mesmo quando eles nao atravessam na faixa, a preferência é sempre deles. NUNCA acelere o carro ou buzine se avistar um pedestre atravessando.
  • Nos cruzamentos, quase toda conversão à esquerda (se a mão da via permitir e se não existir indicação contraria) é permitida. Basta esperar a brecha no trânsito para passar (e prestar atenção se não tem pedestre atravessando na via que você quer entrar). Se por acaso o farol estiver para fechar, não se apavore: as pessoas irão esperar quem já estiver no meio do cruzamento terminar a conversão para então sairem. Mas não dê uma de espertinho tentando cruzar se você ainda não tiver passado a faixa que limita o cruzamento. E não acelere impedindo os outros de terminarem a conversão.
  • Não tenho certeza, mas acho que a ultrapassagem pela direita é permitida nos EUA. Então se voce estiver na faixa da esquerda e o carro da sua frente estiver mais lento, apenas corte pela direita e prossiga sua viagem. Nada de dar farol ou então pisca, até porque o cara da frente provavelmente nem vai entender.
  • Andar um pouco acima da velocidade em vias rápidas (freeways, highways e roads) é toleravel (não mais que 10%), na cidade não. Em locais com escola ou em locais onde esteja ocorrendo trabalhos na via NUNCA! Inclusive os valores das multas, que já não sao baixos (bloquear um cruzamento, por exemplo, vale 500 doletas!), dobram em áreas de obras na estrada.
  • Quando existir uma placa pare, num cruzamento sem farol, é para parar totalmente, olhar e depois prosseguir. Nada de dar uma reduzida, uma buzinada e seguir em frente. Mesmo que a visão seja bem ampla e não tenha nenhum carro, se você não parar e tiver um carro de polícia atrás, você vai tomar uma multa.
  • Quando embaixo da placa de Stop estiver escrito “all ways”, significa que não existe via preferencial e todos devem parar. A preferencia é sempre para quem chega na placa antes, ou seja, vai passar um carro de cada vez, em cada uma das vias e/ou direções (não tente dar uma de espertinho e passar na cola do carro da sua frente, pois vai correr o risco de uma batida).
  • A regra acima vale também para um cruzamento com farol quando este estiver inoperante.
  • Em estreitamento de pistas ou alças de acesso à estradas e freeways, também funciona no esquema “um de cada vez”. E o transito flui que é uma maravilha!
  • Quando ouvir uma sirene, encoste o carro à direita. Não basta só abrir a passagem por entre os carros. Tem que encostar e parar o carro mesmo (na estrada, se houver acostamento à esquerda e ficar mais fácil, pode parar à esquerda). E nem tente cruzar um farol, mesmo que ele esteja verde para você, pois corre-se o risco de ser atingido por alguma viatura, e ai vai arrumar encrenca até com a lei.
  • Se for beber, vá de taxi. Você pode se meter em uma encrenca das grandes se for pego por DUI (Drive Under Influence).
  • Excetuando o estado de Nova Jersey, onde existem frentistas nos postos de combustível, nos demais (ao menos que eu conheço), o sistema nos postos é de self service: você mesmo abastece. Para tanto, basta inserir o cartão de crédito no lugar indicado. Provavelmente ele vai pedir para você inserir o ZIP code, que é o seu CEP (do endereço onde a fatura do seu cartão é entregue), então insira os 5 primeiros números do seu CEP e tecle confirma.
  • Caso o procedimento não funcione (para cartões internacionais às vezes não rola), basta ver o numero da bomba (“pump“, e não “bomb“), dirigir-se ao caixa e informar o numero da bomba e o valor que você deseja abastecer ou então informar que você quer completar (“I want to fill it/that up“). Se vc for completar, ele vai ficar com seu cartão e liberar a bomba para que você faça o abastecimento. Assim que estiver completo, volte ao caixa e ele vai passar o cartão com o valor exato.
  • Para pagamento em cash o procedimento é parecido: vá até o caixa, pague o valor exato ou deixe uns 100 dolares com o caixa se for completar. Se for completar, ao terminar, volte ao caixa e pegue o troco.
  • Em todos os postos existem 3 tipos de gasolina. Eu geralmente coloco a mais barata mesmo.

Nos restaurantes

  • Normalmente quando se pede um “prato feito” nos EUA, acompanha uma entrada. Então quando o garçon ou garçonete te perguntar “supersalad?“, ele não está te oferecendo uma “super salada”. Ele esta te perguntando se você quer “soup or salad?” de entrada. 🙂
  • Quando se pede steak, eles perguntam como o cliente deseja (“How’s that cooked?“). Eles usam uma escala de 5 niveis (rare, medium-rare, medium, medium-well e well done, sendo que o rare é o boi praticamente mugindo e o well done é sem nada de sangue, mas sem torrar a carne) para assar a carne. Eu normalmente peço o medium well, que é quase o nosso “ao ponto”.
  • Nos EUA nao se cobra automaticamente os 10% como no Brasil e dar gorjeta é praticamente obrigação. Normalmente a gorjeta se situa entre 10% e 20%. Se você teve um atendimento normal, nada mais, nada menos do que o esperado, deixe 15%. Se o atendimento foi bom, deixe pelo menos 20% (nada impede de deixar mais). Mesmo se o atendimento for ruim, deixe pelo menos 10%, pois a gorjeta não é só para o garçom que te atendeu, mas vai também para a hostess, para o cozinheiro, para o cumim (o cara que traz a comida e tira a mesa).
  • Quando voce paga com cartão de crédito, o recibo para você assinar vem com um espaço para voce indicar o valor da gorjeta (“Tip“). Se não quiser dar em dinheiro (basta deixar dentro da “pastinha” onde vem a conta), pode colocar o valor da gorjeta e o valor total (compra + gorjeta) ali. Quando seu boleto voltar ao caixa, a pessoa informa na maquina onde passou seu cartão, o numero da aprovação e o valor da gorjeta (e pode ficar sossegado, ninguém dá uma de Gerson e coloca valor a mais).
  • O valor da gorjeta é sempre calculado baseado no valor antes dos impostos (indicado na conta, vide abaixo).
  • Em fastfoods e outros lugares onde você não é servido numa mesa, não se costuma dar gorjeta, porém, sempre existe um “tip jar” próximo ao caixa e ai fica a gosto do freguês dar ou não.
  • Nos bares ou pubs, normalmente eles colocam o valor da bebida de uma forma que quando os impostos forem acrescentados seja um valor fechado ou no máximo quebrado em quarters (25 centavos de dólar), afim de facilitar o troco. Normalmente o valor total é US$ 4.25, US$ 5.25, algo do tipo. O barman te dará o troco e você pode deixar as moedas como gorjeta. Se não for o caso, deixe uma nota de um dolar (pensando em apenas uma bebida, se for mais, faça a conta).
  • Geralmente se paga a bebida na hora em que pede no bar, mas voce pode abrir uma conta (tab, pergunte ao barman “may I open a tab?“). Para isto, eles irão ficar com seu cartão de crédito e você faz os pedidos pelo seu sobrenome (se vc estiver fixo num lugar no balcão ou em uma mesa nem precisa). Quando fechar a conta (“The check, please?” ou aquele sinal universal de anotar num papel), eles irão perguntar se voce prefere pagar em dinheiro ou passar no próprio cartão.
  • Seja gentil. Gentileza é bem vinda em qualquer cultura.

Dicas para o pobre ostentação que quer pagar de gatào com carro conversível alugado

  • Não deixe nada em cima dos bancos, porque irá voar
  • Use óculos
  • A estrada não é o melhor lugar para andar com a capota abaixada
  • Use protetor solar no rosto e nos braços. Bastante!
  • Se você for careca, use um boné (bem preso) ou uma bandana.

Diversos

  • A maioria dos cartões que possuem função débito no Brasil também funcionam da mesma forma lá. Ou seja, você pode pagar no débito, sendo que a taxa de conversão utilizada será a do dia do débito (e tem o IOF também).
  • É possível também sacar dinheiro em moeda local da sua conta corrente. Também é utilizado a cotação do dia do saque e é cobrado IOF (normalmente eu saco direto da conta, pois sou isento de taxas no meu banco, e no cartão de crédito, ao sacar grana, você paga uma taxa de saque).
  • Em algumas lojas, como a Best Buy, o processo de pagamento em cartão é um pouco diferente: quando você passa o cartão, se for um cartão multiplo (débito e crédito), o sistema entra automaticamente no modo débito, pedindo a senha. Se a intenção for pagar no crédito, basta apertar cancelar na tela de senha que ele vai perguntar se pretende pagar no crédito.
  • O valor informado nos cardápios, anúncios, vitrines, etc é sempre sem o VAT (Value Added Tax – Imposto sobre Valor Agregado). Cada estado tem um VAT próprio, então leve isto sempre em consideração, principalmente se for fazer compras para outras pessoas, ao repassar os valores (e leve em conta o IOF também).
  • Perfumes e bebidas no freeshop custam basicamente o mesmo que nos EUA, então, para pagar um pouco menos (sem o VAT e sem o IOF, se já quiser pagar em reais), além de evitar ficar carregando peso, sugiro comprar estes itens no freeshop.
  • O waze funciona muito bem (como no Brasil, com a vantagem da rede de dados deles ser melhor), inclusive para encontrar pontos de interesse (restaurantes, hotéis, praias, etc sem a necessidade do endereço) e fugir de transito. Vale a pena comprar um chip (se seu aparelho for desbloqueado) ao invés de alugar um GPS. E mesmo se não for utilizar carro (em NY por exemplo, é besteira andar com carro, além de caríssimo) é uma boa ferramenta.
  • Verifique com seu banco/administradora de cartão de crédito se eles têm seguro para cobrir alguns incidentes/acidentes no exterior. Geralmente os cartões mais top (o AMEX e os Gold e Platinum de outras bandeiras) cobrem uma série de situações gratuitamente: seguro saúde (tem que avisar 7 dias antes da viagem, no caso do Santander), seguro de automóveis alugados, auxilio em caso de perda/roubo de documentos, seguro para bagagem extraviada. Pode-se economizar uma boa grana e evitar dor de cabeça.

Expressões

  • How’s going?” ou “How’s that going?” equivale ao nosso “e ai? tudo bem?”
  • Have a good one!” equivale a nosso “passar bem”
  • Yield“, muito encontrada no transito, significa “dê a preferência”
  • “Xing“, também encontrada no trânsito é a forma contraída de “Crossing” (X = cross + ing), ou seja, “ped xing” = pedestres cruzando e “cycle xing” = ciclistas cruzando.

Alguns pontos de vista

  • Parece que as montadoras fazem carros “ecológicos” (híbridos e eletricos) para que estes não vendam. Só desenho escroto. A exceção é o Volt.
  • Eu danço muito mal. Mas perto dos americanos eu sou um Fred Astaire.
  • Eu achava que ciclistas mal educados, que provavelmente se acham acima de regras, não respeitando faixa de pedestres e nem farol, fossem exclusividade do Brasil, mas pelo jeito é um mal de ciclistas ao redor do mundo.
  • Ver um tiozinho estilo Genival Lacerda cantando Tom Sawyer, do Rush, do começo ao fim, em um bar, foi hilário.
  • In order to keep our familiar environment, alcohol is prohibited beyond this point” (afim de manter o nosso ambiente familiar, álcool e probido a partir deste ponto) dizia a placa afixada no estacionamento do estádio do Dodgers, em LA. However, lá dentro você compra cervejas (e outros drinks) por “módicos” 10 dólares. Hipocrisia pura!
  • É impressionante a quantidade de pessoas que surfam na Califórnia (especialmente em San Diego). É comum você ver um carro parando na beira da praia e de dentro saltar uma família inteira, com 3 gerações (filho/a de uns 15 anos, mãe/pais de uns 35 e avô na casa dos 60), com suas roupas de borracha, prontas para cairem no mar. Ou no final de tarde, carros com “engravatados” parando no estacionamento das praias, a galera botando roupa de borracha para conseguir fazer um surf no final da tarde.
  • Se nos EUA não existissem rednecks seria o lugar perfeito do mundo para morar.
  • Comer no aeroporto é caro em qualquer lugar do mundo!
  • Nunca entrei tão fácil nos EUA: o agente da imigração simplesmente só abriu a boca para falar bom dia. Não fez nenhuma pergunta.
  • O custo de vida nos EUA está bem mais caro do que há 5 ou 6 anos. Basicamente tudo aumentou acima da inflação deles, mas me assustei especialmente com comida/bebida (cerca de 50%), vestuário (até 100%) e combustível (25%).
  • Mesmo com os aumentos, comprar roupa lá, para quem gosta de roupas de marcas famosas, vale muito a pena. Lembrando que algumas marcas famosas para nós (como Tommy, Levy’s, Ecko e mesmo Polo), para eles são marcas populares.
  • Os EUA ainda são o paraíso para quem gosta de consumir eletrônicos. Mas fique esperto para não se empolgar.
  • O preço do combustível é basicamente o mesmo daqui, com a diferença que lá os carros bebem mais e não são flex. Ou seja: está mais barato andar de carro aqui do que lá (e do que na Europa também).
  • Andar de carro conversível não foi tão legal quanto eu imaginava. Valeu a experiência e por poder acelerar um ícone da indústria automobilística americana, o Mustang, mas se a intenção é “andar de cara pro vento” uma moto é infinitamente mais legal.
  • Toda vez que chego no Brasil após uma viagem aos EUA me bate a “depressão Tio Sam”: é impressionante como tudo lá funciona e aqui é sempre uma zona, desde o aeroporto, passando pelo transito, pelas cidades, pelo povo, etc.
  • Esta história de que “quem converte não se diverte” vai me levar à falência um dia.

Acho que algumas coisas (especialmente no trânsito e nos restaurantes), também podem ser aplicadas no dia a dia no Brasil. Não faz mal a ninguem obedecer as leis e ser gentil. Só nao seja hipócrita ao dizer que nos EUA (ou Europa, ou Austrália) tudo funciona e ao mesmo tempo, fazer tudo ao contrario do que você faz lá quando volta ao Brasil.

Até o Homem Aranha foi curtir umas férias na Califórnia!

Até o Homem Aranha foi curtir umas férias na Califórnia!