(25/05/2018-28/05/2018)
Aproveitamos o feriado do Memorial Day e uma promoção de passagem aérea para conhecer Chicago, que muitos dizem ser a cidade mais legal dos EUA. Confesso que meu coração, atualmente dividido entre New York e Los Angeles (novamente), ficou abalado. A começar pelo belo O’Hare International Airport, muito bem decorado com bastante luz natural e trechos com neon e grafite. Bastante alegre, como deve ser a porta de entrada de qualquer cidade. O fato de também ter um metrô que liga o Aeroporto à Zona Central (e a praticamente qualquer lugar da cidade) é um ponto a mais em relação à Los Angeles (New York neste quesito ainda é imbatível dentro dos EUA).
Após o check-in no hotel, fomos dar uma volta pela região central (downtown), também conhecida como “The Loop” pelo fato dela ficar entre um quadrilátero formado por duas linhas circulares de trem, daquelas suspensas (um looping, já que os trilhos não tem fim, parecendo um ferrorama). A região conta com bastante lojas, comércio e uma universidade, então está sempre bem movimentada. Como era a última sexta-feira do mês, estava rolando uma Critical Mass, que é um evento que ocorre em várias cidades do mundo todo, sempre na última sexta de cada mês. Neste evento, os ciclistas “tomam” as ruas da cidade, preferencialmente no horário de pico. É uma forma de “marcar” território sobre os veículos automotores.
Depois da volta no centro, com direito a um sorvete, pois estava bem quente, fomos percorrer o Chicago Riverwalk que é tipo um parque linear às margens de um dos rios da cidade. Neste “parque” existem bares, restaurantes, espaços para simplesmente sentar e relaxar e mesmo os donos de barcos apenas param na margem para curtir o clima (existe a possibilidade de alugar um barco também). Como paulistano dá uma inveja danada quando eu vejo algum rio que corta uma metrópole sendo aproveitado ao invés de ser escondido ou usado como esgoto. Fomos procurar algum lugar para beber e acabamos caindo num bar meio sem graça que até esqueci o nome. Sinal que nem valeria a pena recomendar.
No sábado acordamos cedo, tomamos café e fomos conhecer o Millennium Park e mais uma série de parques contíguos a este (North Park, South Park, North Rose Garden), que formam um belo conjunto de lazer às margens do enorme lago Michigan. Depois andamos pela margem do lago até o Navy Pier. O caminho também pode ser feito de bicicleta, já que existe uma ciclovia que percorre toda a margem. No Navy Pier existem várias atraçoes, como parque de diversões, restaurantes e bares. Interessante que dá pra beber ao ar livre na área do pier. Continuamos andando, passando pela Ohio Street Beach e pela Oak Street Beach, duas das diversas praias existentes à margem do lago.
Em seguida, com o sol já a pino, nos dirigimos até Old Town, um distrito cheio de bares, atêlies, restaurantes, etc. Demos uma parada na Old Town Pour House para acompanhar a final da Champions (infelizmente o Liverpool perdeu). Dali, já no início da noite, nos dirigimos para a Goose Island, onde a tradicional foto foi feita, excepcionalmente, com a camisa do Liverpool.
No domingo já haviamos decidido conhecer a região da Logan Square e a Milwaukee Ave, que também conta com uma série de cafés, bares, atêlies, entre outras atrações. Descemos na estação Division St da Blue Line e resolvemos caminhar pela avenida os pouco mais de 4 kilometros até a Logan Square. Não foi lá uma idéia muito boa, pois o sol estava escaldante e a avenida tinha pouca sombra. Quase desistimos durante o percurso. Ainda bem que não desistimos, pois no meio do caminho conhecemos a Bloomingdale Trail, que é um parque contínuo construido sobre uma linha de trem desativada, igualzinho ao High Line de Nova Yorque. Esta trilha liga diversos parques, na chamada Rota 606. Também passamos pelo famoso Grettings from Chicago mural. Finalmente chegamos a Logan Square, que na verdade não tem nada demais, mas ao menos estava ocorrendo uma Farm Market. Depois voltamos alguns metros pela Milwaukee Ave para tomarmos uma cerveja na Revolution Brewing. De lá, como já tinhamos conhecido tudo que haviamos planejado, terminamos a trip na
Forbidden Root Restaurant & Brewery, uma ótima cervejaria, com petiscos muito bons.
Chicago me deu a impressão de ser uma cidade muito legal, daquelas que valeria a pena morar. Só agora escrevendo este artigo eu fui perceber que ela é a cidade dos EUA (das que eu conheço) que mais se assemelha a Berlin em diversos quesitos, como arquitetura, existência de vários parques, transporte público abrangente e com uma diversidade enorme. Talvez por isto ela tenha me encantado logo de cara.
Observações, dicas e considerações:
- Chicago é onde foi filmado o clássico Curtindo a Vida Adoidado. Aquela cena dele cantando Twist & Shout e bem no The Loop. E reassistindo agora o vídeo percebi que se tratava de uma Oktoberfest….hahaha.
- A cidade aparenta ser bem tolerante e diversa em todos os quesitos (etnias, LGBT, imigrantes, etc.).
- No hotel em que ficamos estava rolando uma convenção da Mapfre da Espanha, um dia subindo de elevador entraram alguns espanhois e começaram a falar. Quase puxei um “bella ciao” (estava assistindo La Casa de Papel na época….kkk).
Be happy 🙂