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Top Top #16 – Músicas Românticas – Românticos Irados

Ira (1)Apesar da música ser minha paixão, eu tenho um sério “problema” ao ouvir música. Eu consigo prestar atenção nos detalhes da música, tais como se em determinado trecho foi usado um Moog ou um Hammond (órgãos), um Fender ou um Rhodes (pianos elétricos), se o guitarrista usou um overdrive ou um fuzz no efeito da guitarra (combinado com delay, flanger, etc), às vezes consigo identificar até qual o modelo/marca da guitarra ou baixo utilizados. Porém, eu raramente presto atenção nas letras. Eu até decoro as letras mas é meio automático, sem prestar atenção no significado.

Porém, quando estava montando a lista de love songs eu tinha que colocar pelo menos umado Ira!, que é minha banda nacional favorita, e ai fui “obrigado” a prestar atenção nas letras. Acabei descobrindo, depois de 20 anos como fã da banda, que na verdade os caras não são uma banda de rock, mas sim uma banda de músicas românticas, que usa o rock como estilo musical.

Como tinham muitas músicas deles eu resolvi, à exemplo da lista do Paul, criar um “spin off”.

Então seguem as maravilhas compostas pelo Scandurra, Nasi, Gaspa e André ao longo de 3 décadas:

20 – Te Odeio (Isso é o amor)
Aquela linha tênue que separa o ódio da paixão….hahaha

19 – Na Minha Mente
O homem sempre tentando brigar com seus sentimentos!

18 – Prisão das Ruas
Momento nostalgia total.

17 – Poço de Sensibilidade
São revoltadinhos só por fora.

16 – Entre Seus Rins
Bela metáfora! (o clip também é legal)

15 – Quinze Anos
“Seu amor hoje / Me alimentará amanhã”. O Ira! como sempre direto e reto.

13 – Por Amor
To falando que de revoltado eles não têm nada.

12 – Mesmo Distante
Encontos e desencontros. Idas e vindas.

11 – Amor Impossível
https://botecoterapiadotcom.files.wordpress.com/2014/11/ira-03-amor-impossivel.mp3
Possível ou impossível?!?!?

11 – Logo de Cara
Tá vendo porque eles mereciam uma lista exclusiva?

10 – Balada Triste
Até releitura de bolero os caras fazem.

9 – O Girassol
“O sorriso se foi / Minha canção também / Eu jurei por Deus / Não morrer por amor / E continuar a viver”. Vale breguice? Vale também.

8 – Boneca de Cera
Como dói a indiferença.

7 – Campos, Praias e Paixões
Esta não fala de alguma paixão em específico, mas de paixões em geral.

6 – Mudança de Comportamento
“Eu morreria por você”, isto é que é uma frase forte!

5 – Culto de Amor
Ira2Com o decorrer da carreira eles foram focando mais ainda em temas românticos, a ponto de lançarem um disco chamado “Isto é amor!”, fazendo somente versões de músicas de outros artistas com o tema. Obs.:a Negra Li fez uma versão desta música que ficou muito boa também, veja/ouça aqui.

4 – Tolices
Esta é uma das minhas favoritas. Amor platônico total.

3 – Tarde Vazia
É bom de vez em quando ter alguém que faça valer o dia apenas com uma ligação telefônica.

2 – Tudo de Mim
Acho que todo mundo já passou pela cena descrita na música.

1 – Eu Vou Tentar
Esta é uma das músicas mais bonitas que eu já ouvi, e em conjunto com o maravilhoso clip dirigido pelo Selton Mello, para mim é o melhor clip nacional já feito. A atuação e a emoção dos atores durante o vídeo (especialmente na hora do reencontro) é de arrepiar. Sem contar a TL que é para deixar qualquer um apaixonado também!

Be happy 🙂

Músicas e histórias de vida e morte

legiaoComo a maioria dos trintões e quarentões brasileiros, eu fui introduzido ao Rock através das bandas nacionais dos anos 80, especialmente Legião Urbana e Ira!. Lembro que com um dos meus primeiros salários, lá em 1991, eu comprei um walkman (os newbies nem vão saber o que é….hehehe) e as fitas do primeiro e do segundo disco da Legião Urbana, que eu ouvia praticamente o dia todo.

Passados alguns anos, especialmente com o advento da Internet, eu acabei tomando contato com todo tipo de música, do mundo todo, e acabei deixando a Legião Urbana meio de lado, ouvindo esporadicamente, muito mais por memória afetiva do que pela qualidade das músicas e letras. O Ira! sempre continuou sendo minha banda de cabeceira.

Eu sempre estranhei que estas duas bandas (uma que acabou no final dos anos 90 e a outra que teve uma longa pausa, voltando recentemente) sempre renovou seu público e achava estranho que a molecada de 15, 20, 25 anos, que não teve as mesmas referências que a minha geração teve, curtissem estas bandas. Até porque elas não tocam muito em rádio e existem várias bandas da mesma geração que sempre permaneceram na ativa (Titãs, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial) que não têm tido o seu público renovado. É só dar uma volta na Galeria do Rock, em São Paulo, para ver inúmeros adolescentes vestindo camisas da Legião Urbana. Ou ir em algum show do “reativado” Ira! para ver que mais da metade do público é de pessoas com menos de 30 anos.

Porém, há algumas semanas, por coincidência às vésperas do meu aniversário, eu estava ouvindo meus MP3s de Rock Nacional e, por sempre ouvir as músicas na sequencia, “a ficha caiu”.

Apesar de algumas composições terem mais de 30 anos e fazerem muitas referências à períodos que os mais jovens desconhecem, na verdade, ouvindo na sequência é como se fosse um livro, que conta a história de vida das bandas e seus respectivos artistas, suas histórias, suas fases de bonança, suas tragédias, e no caso da Legião, temos até um requiém, já que os dois últimos discos da banda foram feitos com o Renato Russo bem debilitado pela doença.

Ouvindo na sequência conseguimos identificar o período de rebeldia adolescente (Geração Coca Cola, Eu Era Um Lobisomem Juvenil e Ninguém Entende Um Mod!), a descoberta e perda do primeiro amor (Ainda É Cedo e Efeito Bumerangue), as incertezas da “fase do exército” (Soldados e Núcleo Base).

Depois a difícil tarefa de “virar gente grande” (Meninos Da Rua Paulo e Eduardo E Mônica), a realidade de ter que trabalhar para ganhar o pão de cada dia e a indecisão sobre o que fazer para isto (Fábrica,  Cabeças Quentes e Farto Do Rock’n’Roll), o envolvimento com drogas (Há Tempos e É Assim Que Me Querem) e até a vontade de deixar o mundo (Difícil É Viver).

A perda de um jovem amigo também é retratada (Feedback Song For A Dying Friend, Love In The Afternoon e Vida Passageira), bem como as incertezas acerca dos sentimentos (Te Odeio (Isto É o Amor), Na Minha Mente, Acrilic On Canvas e Andrea Doria)

Sem contar todas as músicas ligadas à política como Metrópole, Que País É Este, Receita Para Se Fazer um Herói, Pegue Essa Arma, Arrastão e tantas outras.

Um trecho que sempre me chama a atenção é a versão do Acústico da MTV da canção Mais do Mesmo, que tem um trecho que diz “enquanto isto / na enfermaria / todos os doentes / estão cantando / sucessos populares”, quando ao final da canção o Renato Russo, que a esta altura já sabia que havia contraido o vírus do HIV, solta: “…na hora da enfermaria ficou uma coisa assim…me lembrei de uma porção de coisas que estão acontecendo. Não se esqueçam sempre crianças: safe sex or no sex at all! Entendeu? Sexo seguro! Pode fazer tudo, contanto que seja com camisinha! Isto é importante de lembrar!”. Mas o requiém dele foi em A Via Lactea, do disco “A Tempestade”.

Creio que os mais jovens conseguem contar suas próprias histórias através das músicas destas duas grandes bandas. A história da Legião, que teve começo, meio e um fim precoce. E a história do Ira! que me resta torcer para que o fim esteja bem distante.

P.S. – Creio que com o Rush aconteça a mesma coisa.

Be happy 🙂

Ira

 

Top Top #15 – Músicas Românticas – Paul McCartney

PauloveQuando estava montando a lista original de love songs eu me deparei com um grande problema, que era limitar para não ficar uma lista muito grande e tentando “limar” algumas músicas eu percebi que muitas do Paul McCartney não poderiam ficar de fora. Então resolvi criar um “spin off” somente com músicas românticas escritas ou interpretadas por ele (ou pelo Wings) na sua fase pós Beatles.

Claro que não poderia deixar de frisar a grande musa inspiradora dele, que pra mim é o melhor artista de todos os tempos: Linda McCartney. Um detalhe interessante é que, quando ele formou o Wings ele fez questão de tê-la na banda, pois não queria ficar em turnê sem ela por perto. É o típico nepotismo totalmente justificável e que talvez seja responsável por muitos clássicos. Então sem mais delongas, seguem as 20 melhores canções românticas do Paul:

20 – Winter Rose/Love Awake
Eu acho legal este ar meio barroco que o cravo deu à música

19 – Beware My Love
Clima meio “The Mamas & The Papas” em um clássico do Wings

18 – This Never Happened Before
Esta é uma composição mais recente pra mostrar que o “tiozinho” ainda não perdeu a mão.

17 – Only Love Remains
Ao final só o amor permanece. A letra é muito boa, mas a melodia desta música é fantástica e é uma das minhas preferidas da carreira solo do Paul.

16 – So Bad
Eu acho que uma versão desta música com a Kátia, Jane & Herondi, ou qualquer artista romanticobrega dos anos 80 iria ficar muito boa!!!….hahaha

15 – Letting Go
“ah, ela tem sabor de vinho / tal um ser humano tão divino / oh, ela é como o sol / mãe Natureza, veja o que você fez”!

14 – You Gave Me The Answer
Acho que esta música deve ser sobra do Sgt Peppers ou o Yellow Submarine.

13 – She’s my baby
Ok! Eu detesto casalzinho se tratando como criança, inclusive chamando de “meu bebê”. Mas a música é legal.

12 – Little lamb dragonfly
Meio brega chamar de “carneirinho” e “minha libélula”, mas tá valendo.

11 – Medley: Hold Me Tight / Lazy Dynamite / Hands Of Love / Power Cut
Um belo medley de músicas para apaixonado nenhum botar defeito.

10 – With a Little Luck
As vezes o negócio é contar com a sorte

9 – Tomorrow
Por que se preocupar tanto com o amanhã?

8 – Dear Boy
Esta é a famosa “só dá valor depois que perde”….hahaha

7 – The Lovely Linda
Acho que a Linda McCartney foi a musa que mais inspirou músicas na história (mas a Pattie Boyd inspirou dois compositores: Eric Clapton e George Harrison)

6 – Treat Her Gently/Lonely Old People
A receita para se envelhecer ao lado da pessoa amada

5 – No More Lonely Night
É à noite que os corações solitários mais sofrem…

4 – When The Night
…mas também é à noite que as paixões acontecem!

3 – Silly Love Songs
As canções de amor geralmente são bobas! Mas não deixam de ser importantes e belas.

2 – I am your singer
Pra quem é apaixonado por música você falar para alguém “você é uma música e eu sou o seu cantor” é a maior declaração de amor possível. Imagina para a Linda que ouviu isto do Paul!

1 – My Love
Declaração maior de amor é impossível. Para quem acompanha séries, esta foi a música com a qual a Monica e o Chandler, de Friends, se casaram.

Be happy 🙂

Paulove

Paul e sua musa inspiradora: Linda McCartney.

Top Top #14 – Músicas Românticas – Nacionais

Love Songs 4Continuando com as listas de músicas românticas, agora as melhores músicas românticas nacionais. Eu parei de tentar fechar as listas com números “redondos” (10, 15, 20, etc) e vou fazer as listas com a quantidade que eu bem entender (afinal de contas, eu sou dono desta bagaça e aqui as regras são minhas!). Então, seguem as 21 melhores músicas nacionais com o tema amor, segundo este escriba:

21 – Marcelo Camelo – Santa Chuva
Acho que esta foi uma das mais belas músicas que eu ouvi nos últimos 5 anos (tem duas outras mais abaixo). Sem contar que o Marcelo Camelo merece entrar na lista só pelo “investimento” na Mallu Magalhães….hahaha

20 – Chrystian & Ralf – O Ipe E O Prisioneiro
A música caipira e sertaneja é uma festa para encontrar músicas com o tema amor, especialmente sobre desilusões amorosas. É uma amargura só!

19 – Wilson Simoninha – Musica Romantica
Guardadas as devidas proporções, o Simoninha é meio que um “Marvin Gaye tupiniquim do século 21”. Mas como ator no clipe ele é um baita canastrão! E olha que a atuação dele se resumiu a um “Hei? Você!”

18 – Fundo de Quintal & Beth Carvalho – Pra Que Viver Assim
Assim como o sertanejo, o samba basicamente concentra sua temática em músicas amorosas. Aqui uma composição do Sombrinha (tem mais algumas dele nesta lista) na interpretação do Fundo de Quintal com a Beth Carvalho.

17 – Beth Carvalho – Sem Ataque e Sem Defesa
Bela música do Adilson Victor (que compôs a anterior com o Sombrinha) e do Sombra (irmão mais velho do Sombrinha).

16 – Violante – Obra Do Cao
“Linda, era pra ser / Uma canção linda / Mas é humana”. O Violante, que é um projeto do Joniel Veras, do Guardia Nova, é uma das melhores coisas (junto com o próprio Guardia) que eu descobri nos últimos anos na MPB.

15 – Arlindo Cruz & Sombrinha – Ainda É Tempo Pra Ser Feliz
O Arlindo Cruz compôs mais de 600 músicas e o Sombrinha mais de 400 (algumas delas, como esta, eles compuseram juntos), que foram gravadas por artistas do naipe de Beth Carvalho, Fundo de Quintal (grupo do qual os dois fizeram parte durante anos), Chico Buarque, Maria Rita, Zeca Pagodinho, só para citar alguns. Isto é só uma amostra de músicas relacionadas ao tema amor, o preferido da dupla.

14 – Cassia Eller – Meu Mundo Ficaria Completo (Com Voce)
O que mais gosto do Nando Reis (autor da música) é que ele geralmente conta, em suas letras, histórias com começo, meio e fim, muitas vezes relacionadas à coisas do cotidiano, coisas que acontecem comigo, contigo, com seres humanos normais. Aqui numa maravilhosa interpretação da Cássia Eller. “O tom que ele canta as músicas parecia exato para a voz dela”

13 – Nana Caymmi – Resposta ao Tempo
Talvez eu goste desta música por me identificar com a parte de “eterna criança que não soube amadurecer”…..hahaha

12 – Los Hermanos – O Vento
“Se a gente já não sabe mais / Rir um do outro meu bem / Então o que resta é chorar”. É isto!

11 – Guardia Nova – Quando Chegar
Como falei anteriormente o Guardia Nova é uma das melhores coisas surgidas na MPB nos últimos anos que acabei descobrindo graças à Internet. Esta letra é simplesmente fantástica! (no link tem o disco todo, vale a pena baixar)

10 – Djavan – Flor do Medo
Música para aquele momento em que você está quase caindo na friendzone…hehehe. E uma bela levada.

9 – Zeca Pagodinho – Saudade Louca
Uma outra composição maravilhosa do Arlindo Cruz (esta em parceria com seu irmão, Alcyr Marques, e o Franco).

8 – Luiz Gonzaga – Qui Nem Jiló
É, o nordestino é bruto e valente, mas também sofre de saudades.

7 – Cartola – Peito Vazio
Foi difícil escolher apenas uma do Cartola. Posso até dizer que foi meio que aleatoriamente. Só não concordo com a parte do “garanto que não beberei nunca mais”!

6 – Tim Maia – Labios de Mel
O Tim Maia, tirando a fase racional, basicamente tinha o amor como tema central de suas canções. Eu escolhi esta porque acho a letra muito boa e tem um baita swing.

5 – Elis Regina – Atras da Porta
A letra é do Chico Buarque, outro especialista em relacionamentos amorosos, mas o que chama atenção nesta versão é a interpretação. Reza a lenda que a Elis estava no meio de uma crise no casamento com o Cesar Camargo Mariano, que estava ao piano nesta apresentação, e se emocionou com a música. Outros dizem que ela era uma ótima atriz e o choro fazia parte da interpretação que ela dava à canção. Sei que eu fico emocionado quando vejo esta interpretação.

4 – Chico Buarque – Samba do Grande Amor
Mentira!

3 – Gilberto Gil – Drao
O Gilberto Gil já falou em várias entrevistas que ele compôs músicas para as todas as mulheres da vida dele (ele foi casado quatro vezes). Esta foi em homenagem à Sandrão (que ele chamava de “Sandrão”). Além da música em sí ser fantástica (nos últimos anos me tornei um baita fã do Gil), esta versão com o Yamandú Costa é de arrepiar.

2 – Luiz Carlos da Vila – Além da Razao
“Pôr te amar eu pintei / Um azul do céu se admirar / Até o mar adocei / E das pedras leite eu fiz brotar”. O Luiz Carlos da Vila era um verdadeiro poeta e este samba, composto em parceria com o Sombrinha e o Sombra, é uma verdadeira obra prima.

1 – Legiao Urbana – Acrilic on Canvas
Esta música é fantástica porque o Renato Russo usou termos das artes plásticas para contar a estória de uma desilusão amorosa (muito provavelmente verdadeira, como ele gostava de fazer).

Be happy 🙂

Top Top #13 – Love songs – Internacional

Love Songs 3A música tem sido utilizada ao longo do tempo para adorar deuses, homenagear pessoas importantes, protestar contra algo, além de várias outras utilidades. Mas creio que nada supera o uso para dela para relatar histórias relacionadas a relacionamentos amorosos.

Seja uma desabafar uma dor de corno, homenagear a pessoa amada, chorar o amor de alguém que já se foi, aposto que mais de 50% de tudo o que se produziu e se produz atualmente na música é relacionado ao tema amor.

Não por coincidência, esta foi a lista mais difícil de “fechar” que eu já fiz, tanto que tive que dividí-la em Internacional e Nacional, e também acabou gerando dois “spin offs”. Toda hora entrava ou saia uma música nova, ou então, dependendo do que eu estava ouvindo no momento, uma música subia algumas posições. Ou quando eu achava que estava pronta, eu ouvia uma música que “não poderia deixar de fora”. Para não ficar enrolando mais, aqui vai a lista das 20 mais belas canções que têm como tema o amor:

20 – Travelling Wilburys – Handle That With Care
Com tantas feras que cantaram o amor em suas carreiras solo ou nas bandas das quais fizeram parte, juntos só poderiam fazer esta maravilha.

19 – Alejandro Sanz – Y Solo Se Me Ocurre Amarte
O Alejandro Sanz é atualmente o que o Julio Iglesias foi na geração dos meus pais. Aquele cantor meio brega, mas que todo mundo curte ao menos uma música (bem, eu gosto de mais de uma…hehehe)

18 – Foo Fighters – Walking After You
Apesar de ser uma bela música, entrou mais pelo clipe muito bem feito do que pela música em sí.

17 – Living Colour – Love Rears Its Ugly Head
“You played the role of having sense / I always played the fool” – que dor de corno!!! Mas geralmente blues é música de corno.

16 – Allen-Lande – When Time Doesn’t Heal
Os metaleiros também amam!!!!!

15 – Fleetwood Mac – Hold Me
Carência pura!!!

14 – The Supremes – Where Did You Love Go
Esta é um clássico que foi regravado pelo menos uma dezena de vezes. As versões do Ringo Starr e do Soft Cell são ótimas também.

13 – Marvin Gaye & Tammi Terrel – Ain’t No Mountain High Enough
Classicão da Motown e baita declaração de amor: “não há montanha alta o suficiente / não há vale fundo o suficiente / não há rio largo o suficiente / para me manter longe de você”

12 – Michael Jackson – I Wanna Be Where You Are
O título e o refrão já dizem tudo sobre a intensidade da música

11 – Ella Fitzgerald & Louis Armstrong – Cheek to Cheek
A pessoa é levada ao céu só por dançar de rostinho colado com a outra! As maravilhas do amor!!!!

10 – Yes – And You And I
Como o pessoal de progressivo é sempre complicado. Precisa atravessar uma floresta em um universo paralelo, montado nas costas de um unicórnio, procurando a essência da vida, numa música de 10 minutos só para falar que quer passar o resto da vida com a mulher amada.

9 – Eric Clapton – Love Comes To Everyone
Esta é para manter um fio de esperança quando se está no fundo do poço. Até porque, o amor do Eric Clapton acabou vindo na forma da mulher de seu amigo, George Harrison, que é o autor e também gravou esta música….hahaha (a Zizi Possi gravou uma versão desta música chamada “O Amor Vem Pra Cada Um“)

8 – Led Zeppelin – Since I’ve Been Loving You
Se você um dia tomar um pé na bunda, encher a cara e resolver ouvir esta música, é melhor esconder todas as facas da casa. Até as de rocambole!

7 – Celine Dion – Because You Loved Me
A música é bonita e a letra, apesar de ser pra baixo, é muito boa também.

6 – Queen – Love Of My Life
Esta música, exatamente nesta versão, não pode faltar em nenhuma lista de melhores canções de amor.

5 – Stevie Wonder – You Are The Sunshine Of My Life
Eu poderia fazer uma piada de humor negro com o Stevie Wonder cantando “You are the apple of my eye”, mas não irei fazer, pois a uma baita música!

4 – Al Green – Let’s Stay Together
Esta música também podia ter entrado na lista de “fucking songs“, mas preferi guardar para esta lista.

3 – Frank Valli – I Can’t Take My Eyes Of You
Trilha sonora dos sonhos que a molecada que viveu a adolescência nos anos 80 tinha com a Luciana Vendramini.

2 – Jeff Buckey – Lover, You Should’ve Come Over
Toda vez que ouço esta música uma gota de suor masculino me escorre pelo canto do olho.

1 – Beatles – Something
Se até o Frank Sinatra disse que esta era a melhor canção de amor escrita, quem sou eu para discordar.

Be happy! 🙂

Update – 9 Sep 2014:
Bônus Track – Rush – Ghost Of A Chance
Eu tive que fazer este update porque não sei como pude deixar esta música de fora. Não, não poderia ficar!!!!

Top Top #12 – Trem bão sô: artistas mineiros

MGMinas Gerais é um estado curioso. Tem a maior malha ferroviária do país, o terceiro maior PIB por estado, a segunda maior população e o segundo maior colégio eleitoral do país. Apesar disto, ainda é um lugar “misterioso” para a maioria dos brasileiros.

Talvez seja o tal “jeitinho mineiro”, que faz com que o povo de lá seja mais discreto, por vezes meio arredio, mas o fato é que ninguém nunca programa férias para ir à Minas e, particularmente, eu conheço pouca gente que conhece o estado. Os paulistas ainda conhecem o sul de Minas (no inverno), as cidades históricas (no carnaval) e Poços de Caldas, mas nunca vi ninguém se planejando para conhecer BH, o triângulo mineiro, o vale do Jequitinhonha e outros lugares que devem ser muito interessantes.

Como bem notou minha mineiríssima amiga Lívia, até na música que melhor descreve as belezas e diferenças do nosso Brasil, o samba de 1964 da Império Serrano, Aquarela Brasileira, o estado foi deixado de lado. Confesso que também não conheço muito o estado, mas sou fã de algumas coisas que são produzidas por lá, especialmente na música.

Então para mostrar que Minas não produz só mulher bonita, queijo, cachaça e comida boa, um top 10 com os melhores artistas mineiros:

10 – Tavinho Moura – Tres Ranchos
Tavinho Moura é uma das crias de um dos melhores movimentos músicais que aconteceu no Brasil (para mim um dos top 3 do rock brasileiro), o Clube da Esquina, que reuniu muita gente muito boa, que além de conseguir misturar rock, folk e uma pitada de psicodelia com coisas regionais de maneira muito singular, foram (muitos ainda são!) verdadadeiros poetas. Metade desta lista é composta por esta galera.

9 – Clara Nunes – O Mar Serenou
A maioria das pessoas acha que a Clara Nunes era carioca, mas na verdade esta musa do samba é mineiríssima!

8 – 14 Bis – Todo Azul do Mar
Competentíssimos músico que ainda estão ai na ativa. É um show que eu pretendo assistir em breve.

7 – Patu Fu – Por Perto
Umas das mais subestimadas no rock nacional. E a voz da Fernanda Takai é maravilhosa!!!!

6 – Tavito – Rua Ramalhete
“Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer dentro do vestido,
Vamos deixar tudo rolar;
E o som dos Beatles na vitrola.” – Poesia pura!

5 – Milton Nascimento – Travessia
Não sou muito fã de Milton Nascimento, questão de gosto mesmo, mas acho ele um baita intérprete. E esta música é fantástica!!!

4 – Beto Guedes – Paisagem Na Janela
Talvez o Beto Guedes seja um dos meus artistas nacionais favoritos. Ótimo letrista, consegue botar no mesmo “tacho” Pink Floyd e música sertaneja mineira. Aliás, acho que ele facilmente poderia ser um integrante do Pink Floyd da fase inicial (Syd Barret e primeiros anos do David Gilmour). Pena que ele não faça muitos shows, devido o seu pavor de avião….rs

3 – Skank – Uma Canção É Pra Isso
Acho que já falei isto em outro artigo, mas como não vou sair procurando, talvez torne-se repetitivo: o Skank se tornou uma baita banda de rock quando abandonou aquele pop-ska chatíssimo de início da carreira e resolveu beber descaradamente na fonte de Beatles e do Clube da Esquina (que por sua vez bebeu na fonte da psicodelia dos anos 60). Hoje eles estão no top 10 das minhas bandas nacionais de todos os tempos.

2 – Lo Borges – O Trem Azul
Mais um exemplo da qualidade das letras e das músicas da turma do Clube da Esquina.

1 – Flavio Venturini – Noites Com Sol
Outro da galera do Clube da Esquina. Fundador do 14 BIS, também passou pelo “O Terço”, umas das bandas que fizeram parte da modesta cena de Rock Progressivo no Brasil. Um dos maiores compositores do Brasil. Muita gente já cantarolou Espanhola, Todo Azul do Mar, Nascente, Sol de Primavera, que foram sucessos na voz de outros artistas e sem nunca saber que eram canções do Flávio Venturini. Esta canção então é uma das mais belas que eu já ouvi.

Be happy! 🙂

Top Top #11 – Músicas espirituais

Músicas espirituaisAproveitando que o livro que eu estou lendo e o último que eu li, falam bastante sobre espiritualidade, resolvi compilar esta lista com músicas que remetem à este tema.

O título original desta lista quando ela começou a ser formada, há uns 8 meses (qualquer dia eu explico o processo de montagem das listas), era “Músicas Religiosas”, porém, ao dar uma revisada na lista para publicar, eu notei que a maioria delas não faz menção à uma religião em específico, e algumas poucas fazem menção à ícones (Jesus, Santos, etc) destas religiões.

Então notei que espiritualidade, que é você estar bem consigo e com o seu entorno, e que para a maioria das pessoas tem a ver com religião, fosse o melhor título.

Making a long story short, segue as minha lista das 10 melhores músicas que tem espiritualidade ou religião como tema:

10 – Raul Seixas – Gita
O mestre Raul nos presenteou com esta obra prima do rock nacional onde ele fala sobre um ser divino que é tudo, que é atemporal, que está em todos os lugares.

9 – Dream Theater – Surrounded
Como dá para perceber pela lista, apesar de eu não ter fé em nenhum tipo de ser supremo, eu curto esta idéia de que, se existir um ser divino, este ser não tenha uma imagem, um formato (especialmente formato humano), mas que ele nos rodeia. No caso desta música do Dream Theater, como uma luz que envolve.

8 – Arlindo Cruz & Sombrinha – Teu “M” eu trago na mão
Talvez a religião que eu menos tenha tido contato na minha vida tenha sido a católica. Apesar disto, achei este samba dos mestres Arlindo Cruz e Sombrinha muito maneiro, por retratar as várias faces de Nossa Senhora, um dos ícones principais do catolicismo.

7 – Roberto Carlos – Todos Estão Surdos
Este soul/funk do Rei trata de como as pessoas às vezes tem a sua “salvação” na frente do seu nariz e mesmo assim a ignora, assim como ignoram boa parte dos mandamentos das religiões que professam.

6 – Yes – In The Presence Of
Outra que fala como estamos sempre na presença de algo divíno e mesmo as coisas mais simples, como uma flor, têm sua divindade.

5 – Beatles – Inner Light
Beatles (muito mais o George Harrison) fazendo uma “viagem interior”, pelas influências do Hinduísmo. Uma das coisas que acho muito interesante nas religiões orientais é isto: a busca pelo auto conhecimento como base para um entendimento maior.

4 – Zeca Pagodinho – Ogum
Acho que nunca ouvi música onde os intérpretes (tanto o Zeca quanto Jorge) mostram tanta devoção pelos seus credos como nesta.

3 – Jeff Beck – People Get Ready
Este clássico do Rhythm and Blues diz que tudo o que é preciso para alcançar o “reino dos céus” (seja lá a forma como a pessoa o imagina) é ter fé. Aqui numa versão fantástica com a Joss Stone.

2 – Jeff Buckley – Hallelujah
Esta famosa canção de Leonard Cohen ganhou uma versão impressionante do Jeff Buckley. Talvez ela nem entrasse na lista se não fosse por esta interpretação deste gênio que nos deixou muito cedo.

1 – George Harrison – My Sweet Lord
Acho que ninguém conseguiu resumir tão bem a eterna busca do ser humano por este ser divino como o George Harrison.

Axé! Shalom! As-Salamu Alaikum! Amém! Harehama! A paz do Senhor! Namastê! Saravá!

 

Top Top #10 – Califórnia Songs: músicas que me fazem lembrar do “Golden State”

California 1Para encerrar esta overdose de EUA e especificamente Califórnia, uma lista das 10 músicas que me fazem lembrar deste lugar fantástico. Muitas delas fazem referência direta à lugares no estado e algumas outras simplesmente me lembram a “vibe” de lá.

Pode ser até porque muitas delas eu ouvia de manhã, enquanto dirigia para o trabalho, no Morning Show do Gary Bryan, na K-Earth 101. O programa rola de 5 às 10 da manhã no horário de lá (entre 4 e 6 horas a menos do Brasil, dependendo da época do ano) e toca clássicos de Rock, Soul, Disco dos anos 60 até meados dos anos 90. Fica a dica para quem gosta de ouvir boa música: dá pra ouvir pela Web!

Mas segue então as 10 músicas para uma trip na Califórnia (mais um bônus track):

10 – Bachman Turner Overdrive – Taking Care Of Business
Esta música me lembra muito, não por causa dela em sí (apesar de tocar bastante nas rádios), mas muito mais por causa do comercial da Office Depot, uma loja de materiais de escritório que usa a música na trilha da sua propaganda de rádio, que passa praticamente o dia todo e acaba impregnando….hehehe

california 29 – Steppenwolf – Magic Carpet Ride
Pra mim o Steppenwolf, que surgiu em Los Angeles, bem durante o movimento “Flower Power” é uma das bandas que tem a cara de LA desta época. E para mim eles são melhores que seus contemporâneos por fazerem um som mais pesado. Ao ouvir suas músicas dá pra se imaginar dirigindo uma Kombi ou um Fusca todo colorido pela PCH 1.

8 – The Mamas & The Papas – Monday Monday
Não vou cair na mesmice de colocar “Califórnia Dreaming” do Mamas & Papas, mas não poderia esquecer a banda, que é de New York, mas parecia que tinham nascido no estado errado a ponto de escrever uma música sobre o “sonho californiano”. Preferi escolher outro sucesso deles.

7 – Red Hot Chilli Peppers – Venice Queen
Eu associo o Red Hot à Califórnia antes de conhecer o estado e antes mesmo de falar inglês e entender suas letras, que muitas vezes fazem alusão ao local. O motivo é o filme “Caçadores de Emoção”, com o Keanu Reeves e o Patrick Swayze, em que o Anthony Kiedis faz uma ponta. A mistura de rock, hardcore e funk que eles fazem tem tudo a ver com a mistura de culturas que é Los Angeles.

6 – Doors – LA Woman
Esta não poderia ficar de fora. Além do Doors ser de LA e ter sido formado na UCLA (University of California – Los Angeles) onde seus componentes estudavam, a música retrata um pouco do espírito da cidade e tem até algumas referências que só quem já passou um verão lá conhece, como na frase “Hills are filled with fire“, que se refere ao estrago que os ventos de Santa Ana (uma ventania muito forte e quente, típica do verão californiano, que ajuda a espalhar os incêndios nas colinas), faz.

5 – Tom Petty – Free Falling
Reseda, Mulholland, Ventura Boulevard são locais do Vale de San Fernando (“All the vampires walkin’ through the valley“), que fica ao norte da grande Los Angeles, ainda no condado de LA, e são muito conhecidos, principalmente por terem bastante bares.

4 – Foo Fighters – Good Grief
O Foo Fighters não é de LA, mas seu rock direto e cru é a trilha perfeita para se dirigir por lá, especialmente nas estradas sinuosas que ligam a costa (Malibú) ao Vale de San Fernando, como o Topanga Canyon Road. Foi a trilha desta minha trip.

3 – Stone Temple Pilots – Trippin’ On A Hole In A Paper Heart
Banda com origens em San Diego, é outra que o som tem tudo a ver com o clima californiano e é uma que não para de tocar nas rádios locais.

2 – Steely Dan – Do It Again
A mistura de Rock, Jazz, R&B, Soul e outras coisas mais desta banda me lembra o mesmo “caldeirão” que existe em LA, provavelmente o local com mais variedade de culturas, etnias, credos, mais até do que NY.

1 – Rod Stewart – Maggie Mae
O motivo dela ter entrado em primeiro, além de ser muito tocada, é que ela foi usada no filme “Lords of Dogtown”, que conta a história de como o Skate se popularizou à partir de Venice Beach na década de 70. E o som em sí tem tudo a ver com o local e a época.

Bonus Track – Eagles – Hotel California
Eu iria deixar esta de fora, não porque seja ruim, mas porque ela tocou tanto nas rádios aqui do Brasil que enjoou. Mas além da banda ser Californiana, ela retrata, segundo os autores, o estilo de vida hedonista dos atores da cena musical da região na primeira metade dos anos 70. Uma outra versão que era popular é que ela falava sobre um sanatório em Camarillo, uma cidade já no condado de Ventura, na divisa com o condado de LA, que também servia para estes artistas se internarem para tentar desintoxicação. O sanatório seria o tal “Hotel Califórnia”.

 Be happy!! 🙂

California 3

Minha Virada Cultural – Edição 2014

Virada 01Não é segredo para ninguém o quanto eu amo São Paulo (apesar dos pesares). Inclusive tenho a oportunidade de, devido ao trabalho, morar em uma cidade do interior de SP, não tão distante da capital, porém eu prefiro conviver com o ônus de morar aqui para poder aproveitar o bônus (vida noturna, cultural, amigos, família, etc). Particularmente eu gosto bastante do Centro de SP, local em que trabalhei de 1991 à 2004 (e gostaria de voltar a trabalhar lá).

No centro de SP você encontra todo tipo de pessoas (brancos, negros, índios, nigerianos, bolivianos, ricos, pobres, etc) e de lugares (shoppings, centros comerciais, restaurantes populares, restaurantes luxuosos, hospitais, dentistas). Além de tudo, apesar de bastante descuidada, a arquitetura da região central é bela e, guardadas as devidas proporções (500 anos contra 2 mil!), não deve em nada para as principais cidades da Europa (ao menos as que eu conheço).

Eu fico muito feliz quando existem eventos ou ações que ocupem o centro da cidade (aliás, a cidade toda) afim de proporcionar cultura, esportes, lazer, etc (já falei sobre o Carnaval de rua Paulistano aqui). Ou seja, que procuram fazer com que os paulistas (de nascimento e de coração) aproveitem esta maravilhosa cidade. Talvez o evento mais esperado todo ano seja a Virada Cultural, em 2014 na sua 10ª edição.

Desde 2008, ou seja, da sua quarta edição, que eu aproveito este evento. Nas primeiras edições eu não compareci por conta de preconceitos que eu tinha (“é bagunçado”, “é perigoso”, etc) e que muita gente ainda tem. Mas à partir do momento que eu me permiti ter esta experiência, se tornou um dos meus eventos preferidos e mais esperados do ano.

Este ano não foi diferente e no sábado às 16:00hrs, peguei o ônibus para me dirigir ao centro para aproveitar alguns dos eventos desta festa.

Pobre Paulista
Talvez um dos shows mais esperados este ano foi o retorno da paulistaníssima banda Ira!, após 7 anos de separação e brigas. E acho que não haveria um evento melhor para este retorno do que a Virada Cultural. Eu nem vou falar que o show foi sensacional, porque eu sou muito suspeito, já que o Ira! é minha banda nacional favorita.

Virada 02

Bandeiras de SP tremulam ao som do Ira!

De qualquer forma eles montaram um set muito bom para esta volta, colocando bastante músicas curtas para tocarem o máximo de músicas possíveis no pouco tempo de show, incluindo no set muitos lados Bs. “Como os Ponteiros de um Relógio” e “Prisão das Ruas” eram duas músicas que eu nunca os tinha visto tocar ao vivo (e olha que eu já vi uns 100 shows do Ira!, chutando bem baixo!).

Não gostei muito dos novos membros da banda, especialmente do baterista, que me pareceu muito “mecânico” (talvez com o tempo ele se solte), mas era um show para curtir e não para ficar analisando qualidade técnica e até o fato do Nasi esquecer e errar algumas letras (como em Tolices) foi parte do espetáculo.

Underground
Depois do show do Ira! dei uma passada no palco São João para assistir um pouco do Tributo ao Hélcio Aguirra, guitarrista do Golpe de Estado (a segunda banda que eu mais vi, só perdendo pro Ira!), falecido ano passado.

Da formação original da banda só sobrou o baixista Nelson Britto, porém eles tocaram sob o nome de “Golpe de Estado”. No início da apresentação, que foi anunciada pelo Luis Calanca, da Baratos & Afins (o selo pelo qual o Golpe lançou os primeiros discos, justíssima escolha, aliás), levaram ao palco a famosa Gibson Flying V Preta e Branca que era a marca registrada do Hélcio.

O show foi até legal, mas nestas horas você percebe que esta história de que “ninguém é insubstituível” é uma balela: o guitarrista escalado para “substituir”o Hélcio era muito bom, mas mesmo assim não era o Hélcio e apesar do Nelson estar ali tocando, não parecia ser o Golpe.

Mas valeu a homenagem, já que o Hélcio, além de ser um baita músico, foi uma das pessoas que ajudaram a desenvolver (ou ajudaram a não deixar morrer) a indústria musical brasileira, sendo ele responsável por prover equipamentos de PA para vários shows ocorridos na década de 80 (antes da abertura comercial em que era praticamente impossível importar equipamentos), desenvolver efeitos e amplificadores, etc.

Retirantes
Bixiga 70 era um um dos shows que eu mais queria ver, já que apesar de ter adquirido os dois álbuns da banda, nunca os tinha visto ao vivo.

Aqui vale uma consideração: o brasileiro em geral não é muito ligado em música instrumental, mas vez ou outra uma banda ou músico se destaca e conquista relativa popularidade. Foi o caso da Banda Black Rio nos anos 70, d’A Cor do Som nos anos 80, do Funk Como Le Gusta na década de 2000 e parece que a bola da vez é o Bixiga 70.

Montaram um set bem legal, inclusive permitindo espaços para improvisações e suspresas (como uma versão bem inusitada de Kashmir, do Led Zeppelin). Uma pena que colocaram em um palco secundário e a procura foi grande, o que tornou o espaço um pouco lotado.

Outra coisa ruim foi a “marofa” que se formou no show. Parecia uma névoa de tanta maconha e saí de perto do palco antes do final pois já estava ficando louco de tabela. Eu fumo meu cigarro e bebo minha cerveja e talvez não tenha moral pra falar, mas acho que a galera podia ter um pouco mais de consideração com quem não tá afim de “chapar o côco”.

Depois do show do Bixiga 70, um já tradicional churrasco grego pra dar uma forrada e bora pra casa dormir um pouco pois o outro dia reservava algumas boas atrações também. Estou pensando até em pegar um hotel no centro no próximo ano para aproveitar mais a festa.

Todo Amor ao Jimi
No domingo de manhã, logo as 9:00hrs, teria um show que já havia visto em algumas viradas atrás, mas quis assistir de novo, pois é bem legal, que é o do Pepeu Gomes, um dos melhores guitarristas da história musical do Brasil.

Virada 03

Pepeu Gomes e a bela Estação Julio Prestes ao fundo!

Mas antes do show, como não poderia deixar de ser para alguém que parece um para ráios de louco como eu, um tiozinho ex-morador de rua resolve pedir cigarro e ai lá se vão 30 minutos ouvindo histórias meio disconexas e sem sentido (“eu tenho 6 profissões: balconista, amigo do cafú…”). Mesmo assim é divertido e o que estas pessoas querem é apenas alguém que lhes dê um pouquinho de atenção e dar um pouco de atenção a outra pessoa não custa nada.

O show do Pepeu começou com uns 20 minutos de atraso, o que me impediu de acompanhar até o final, já que tinha outros planos. Mesmo assim, é bem legal e ele mistura músicas de sua carreira solo, sucesso da época dos novos baianos e algumas homenagens, como um instrumental de “Maracatu Atomico” que ele dedicou ao Chico Science (poderia ter aproveitado e dedicado ao Jorge Mautner, autor da música).

A banda que o acompanha é competente e sabem dosar a quantidade de solos e improvisos para não virar aquela “punhetagem” musical que geralmente existe em shows de música instrumental.

Mas como disse, a agenda estava apertada e as 10 e pouco precisei ir embora rumo ao minhocão para dar uma olhada em como estaria o evento “Chefs na Rua”, que desta vez contou com participação de food trucks e de cervejarias artesanais e importadores de cervejas ditas “gourmet”.

Cerveja é cultura
Desde 2012 ocorre, como uma das atrações da Virada Cultural, o evento “Chefs na Rua”, onde chefes e restaurantes badalados servem algumas de suas criações a preços populares. Este ano o evento ganhou a ótima companhia de food trucks (que parece que vieram para ficar) e de algumas empresas do mercado de cervejarias artesanais (importadores, microcervejarias e uma escola que produziu uma cerveja durante o evento), também conhecidas como cervejas gourmet.

Muito bom este interesse pela cultura cervejeira

Muito bom este interesse pela cultura cervejeira

Devido à recente popularização deste mercado no Brasil, posso me considerar da “velha guarda” dos apreciadores de cervejas gourmet, afinal de contas, frequento o Frangó há uns 20 anos, e fico muito feliz com o aumento deste mercado por aqui. Então claro que não poderia deixar de dar uma passada no evento.

A variedade de cervejas era boa, contando com cervejarias nacionais e importadas e achei muito legal que estavam vendendo “degustações” em copos de 100mls. Pelo que eu percebi haviam muitos “curiosos” em descobrir este fantástico mundo das cervejas, que afinal de contas, assim como a música, a culinária, os trajes, fazem parte da cultura de um povo.

Rapaziada da Zona Oeste
Não posso nem dizer que “vi” o show do RZO, pois na verdade escutei duas músicas quando estava à caminho do palco Luz e passeoi pelo palco Júlio Prestes, mas como eles estavam tocando as minhas duas músicas prediletas do grupo, Paz Interior e O Trem, então vou contar como uma das atrações que eu vi…..hehehe

Qui Nem Jiló
Quando da morte do Jair Rodrigues eu publiquei um post no Facebook falando que, mais do que a perda do artista, a maior perda era da pessoa, já que ele era um ser que, se eu não fosse tão cético, acreditaria ser um espírito de luz ou ter uma aura do bem. A Teresa Cristina é uma destas pessoas também. Só a presença dela no palco já faz você abrir um sorriso.

Além disto, ela canta bem para caramba, sabe montar um repertório fantástico, colocando músicas menos conhecidas intercaladas com grandes sucessos de outros artistas que ela interpreta. Para “ajudar” ela ainda conta com uma competentíssima banda.

Por tudo isto este show acabou entrando no rol de um dos melhores que eu vi em minhas 7 edições de virada cultura, ao lado do próprio show do Jair Rodrigues e do Living Colour, que assisti na virada cultural de 2010.

E agora virou obrigação assistí-la quando ela vier a São Paulo ou da próxima vez em que eu for ao Rio e ela estiver se apresentando.

Underere
Entre a Teresa Cristina e o Pagode 90 (que iria assistir mais pela memória afetiva) tinha a Eliana de Lima e como já estava cansado de andar de um canto pra outro, resolvi assistir tb. Não foi tão legal pois ela está longe de ser uma baita cantora, então acabou valendo também pela memória afetiva.

Enquanto comia um pastel na espera pelo Pagode 90 o tempo fechou (literalmente), mal dando tempo de engolir o ultimo pedaço e correr para a marquise da Estação da Luz. E a chuva acabou trazendo uma agradável surpresa…

Até a acústica da Estação da Luz ajudou.

Até a acústica ajudou.

Proteja o meu Maracatu!
No momento da forte chuva que caiu sobre São Paulo, o Grupo Maracatu Bloco de Pedra, que se apresentaria no Parque da Luz, correu para dentro da estação de trem da Luz e, meio que espontaneamente, começaram a tocar ali mesmo. Um som legal, um público empolgado (e um tanto quanto “emocionado” pelo álcool), a bela arquitetura da estação (que inclusive ajudou na acústica) e a surpresa fizeram desta curta apresentação uma atração bem legal.

Pena que, por não ter sido programada, os seguranças e a administração da estação solicitaram a interrupção da apresentação. Mesmo assim, até eles estavam com boa vontade e permitiram que rolasse mais um pouco.

Mas seria legal se nas próximas edições utilizassem este “aparelho” para programar eventos.

Nem tudo são flores
Como já disse, esta foi minha 7ª Virada Cultural, todas elas sem nenhum incidente comigo ou com conhecidos (e algumas vezes eu varei a madrugada sozinho, como em 2010). É um evento muito legal e São Paulo precisa de mais eventos que ocupem o espaço público. Sua população merece isto. A cidade merece isto.

Eu não gosto muito destas “teorias conspiratórias”, mas é estranho porque enquanto era a gestão Serra/Kassab (que deixou este legado de bom pra cidade) que comandava a cidade, não davam tanta atenção para os incidentes que SEMPRE ocorreram e ocorrerão em eventos deste tamanho (ocorrerão aqui em SP, ocorrem no carnaval da Bahia e do Rio, ocorreriam em NY, em Berlin, em Londres, em qualquer lugar onde você junta uma multidão deste tamanho)

Mas três coisas que vi e ouvi me deixaram com um misto de perplexidade, tristeza e falta de esperança, não em relação ao evento, mas ao rumo que nossa sociedade toma:

  • O comandante da PM assinando seu atestado de incompetência pedindo que o evento seja diurno e com acesso restrito para que exista revista. Ele simplesmente admitiu a falência do sistema do qual ele faz parte, que é o de segurança pública. (e aqui não é uma crítica à instituição, pois a PM fez ótimo trabalho, na medida em que puderam, durante esta virada).
  • O apresentador da Globo perguntando se vale a pena investir 13 milhões num evento como este. O público estimado foi de 4 milhões de pessoas! Quer investimento melhor do que este? Poderiam investir mais ainda e fazer o evento 2, 3, 4 vezes por ano.
  • Das 4 confusões que eu presenciei, 3 delas foram causadas pela Guarda Civil Metropolitana tentando apreender produtos de vendedores ambulantes, o que invariavelmente gerava uma correria generalizada, pois as pessoas inicialmente não sabiam do que se tratava e em um segundo momento a revolta do próprio público, que em uma das confusões quase resultou em agressão aos próprios guardas. Ao invés deles focarem em apreensões, poderiam ao menos neste evento, ajudar na segurança. Seriam muito mais úteis.

Valeu a pena!
Após 10 anos de eventos, nota-se que ele vem progredindo em todos os sentidos. Inicialmente houveram problemas com falta de banheiros e de pontos de alimentação, que já foram solucionados lá pela 6ª edição. Depois o problema da segurança, que também vem melhorando a cada ano.

Nos primeiros eventos eu presenciei algumas confusões (brigas e discussões) entre o público ou entre tribos (roqueiros, punks, pessoal do RAP, Samba, Eletrônico, etc) no caminho entre um palco e outro. Porém, nas últimas 3 ou 4 edições não presenciei nenhuma confusão deste tipo, até porque, hoje a turma do “deixa disso” deve corresponder a pelo menos 90% do público e qualquer tensão é logo aplacada pelo próprio público. Ou seja, o evento está servindo também para aumentar a tolerância das pessoas ao que é diferente.

Em outros anos a quantidade de atrações boas (para o meu gosto, que fique claro) impressionava e ficava até complicado escolher o que eu iria ver. De uns três anos para cá eles aumentaram mais a variedade de estilos, o que fez com que as opções para o meu gosto diminuissem, mas em compensação está atraindo bem mais pessoas (inclusive de outras cidade e até estados, e desta vez vi bastante gringos também). Mas é uma festa popular e é mais do que justo tentar atender à todos os gostos.

Muita gente deixa de ir na Virada Cultural alegando que vai ter muito bandido, drogado, travesti. Sim, o centro é cheio de travestis, prostitutas, drogados, mendigos. Mas antes do nóia, da puta, do traveco ou do dorme sujo, o que existe ali é um ser humano, e se você não consegue ao menos sentir empatia e tolerância por outro ser humano a ponto de não conseguir conviver no mesmo espaço que ele por algumas horas que sejam, então o melhor mesmo é não ir (aliás, o melhor ainda é que você vá viver isolado, pois você ainda não aprendeu a viver em sociedade).

Todas as vezes eu sou sim interpelado por estas pessoas que vivem na região central. Algumas vezes me pedem cigarro, outras a cerveja que estou tomando, alguns poucos me pedem dinheiro (a maioria explica que é pra tomar uma cachaça, afinal cobertor de mendigo é pinga), muitos nem me pedem nada. O que todos eles no fundo querem é alguém que lhes dê atenção, por 5 ou 10 minutos que sejam, ao invés de enjeitá-los, isolá-los, tratá-los como párias da sociedade. E se 10 minutos de minha atenção foram suficientes para melhorar um pouco o dia destas pessoas, isto já me valeu muito a pena. Até mais do que os shows.

Algumas outras fotos:

Virada 06

A lateral do Teatro Municipal, vista da 24 de Maio

Virada 07

Venha correndo Mappin!!!

Virada 08

A frente do belo Teatro Municipal

Virada 09

Estação da Luz

Virada 10

Festa para todos os credos…

Virada 11

…e crenças (instalação no Parque da Luz)

Virada 12

Outro ângulo da Estação da Luz

Virada 13

Não era atômico, mas era um belo Maracatú!

Virada 14

A arquitetura da Estação da Luz me lembrou a da Estação de Hamburgo, na Alemanha (por isto ela não me era estranha quando tomei trem lá)

Top Top #9 – Estranhos Anos 80: músicas que fizeram sucesso na “década perdida”

Caralho! O Russo já era velho a 35 anos atrás!!!!

Caralho! O Russo já era velho a 35 anos atrás!!!!

Os anos 80 foram uma década atípica, especialmente para os Brasileiros. Enquanto o mundo todo passava por uma “ressaca” no que se refere à produção artística e cultural em geral (é só ver como surgiram coisas ruins, na música, no cinema, na arquitetura, no design. Lá fora foi simplesmente tudo péssimo!), no Brasil (como sempre atrasado!) o que se viu foi uma produção intensa, especialmente na teledramaturgia e na música.

Talvez por não ter sido tão influênciado pelos efeitos do pós guerra, que fez com que a produção cultural e artística das décadas de 60 e 70 fosse intensa nos países Europeus e nos EUA (ainda vou escrever um livro sobre isto!), e por estar ainda sob influência do regime ditatorial, os anos 80 é que foram profícuos na cena artística brasileira (será que tem área de especialização em música dentro da antropologia?…rs).

Se faz muita piada com muitas coisas que surgiram na cena musical da década de 80 e que, após estrondoso sucesso, foram jogados novamente à margem da grande mídia, mas, tire-se as roupas e/ou cabelos “estranhos” e a falta de recursos e oportunidades para adquirir instrumentos, produzir as músicas, divulgar, etc e o que você tem é um monte de gente talentosa, que produziu coisas anos luz do que se produz hoje em dia.

Resolvi reunir uma lista com algumas destas “pérolas” desta década tão estranha.

Sonho de consumo!

15 – Herva Doce – Amante Profissional
Representando várias bandas que usavam o humor como mote principal, como João Penca e os Miquinhos Amestrados, Inimigos do Rei, Dr. Silvana, etc. E não venham falar que eles eram ruins, que era tosco. Eles faziam a mesma coisa que, alguns anos depois, o Raimundos, os Mamonas, e outras bandas engraçadinhas faziam.

14 – Zero e Paulo Ricardo – Agora eu Sei
O Paulo Ricardo (e seu RPM) é chato pra caralho! Ainda bem que, neste caso, o Zero (que ainda continua na ativa!) salvou sua pele. Clássicasso da “decada perdida”.

13 – Marquinhos Moura – Meu Anjo Azul
Quem disse que o último castrati morreu no começo do século 20?……hahaha

12 – Katia – Qualquer Jeito
Apadrinhada do Rei Roberto Carlos. Eram umas músicas para cortar o pulso com faquinha de rocambole. Mas dentro do gênero, eram músicas boas.

11 – Radio Taxi – Garota Dourada
O Rádio Taxi era uma puta de uma banda, que contava com o Taffo, um dos maiores guitarristas da música brasileira. Pena que se empolgaram com este sucesso e “popzaram” de vez.

10 – Luan & Vanessa – Quatro Semanas de Amor
Po, era brega mas era legal a música vai! E era um dos sucessos nos bailinhos do ginásio. Depois da dupla eles se casaram e vivem juntos até hoje!

9 – Ritchie – A Vida Tem Destas Coisas
O britânico Ritchie fez grande sucesso no início dos anos 80 com o hit “Menina Veneno”, mas eu acho esta música mais legal (a versão do Ira! ficou mais legal ainda)

8 – Byafra – Sonho de Ícaro
Este foi outro clássico da década. E o Byafra batia cartão no “Qual É A Música?”

7 – Tunai – Frisson
Os mais novos devem se lembrar desta música na versão do Roupa Nova, ou da Elba Ramalho, mas ela fez um relativo sucesso na voz de seu autor, Tunai.

Anos80 3

Como será que fica com vodka?

6 – Vinicius Cantuária – Só Você
Esta é uma daquelas músicas que todo mundo conhece mas não faz nem idéia de quem seja o artista

5 – Uns & Outros – Carta Aos Missionarios
Uma das boas bandas de rock de apenas um sucesso que surgiram nos anos 80.

4 – Nico Resende – Esquece E Vem
Outro clássico dos bailinhos de colégio e das madrugadas nas rádios de motel.

3 – Jesse – Porto Solidão
Este cara era um baita cantor e este foi com certeza um dos hits que marcaram os anos 80.

2 – Dalto – Muito Estranho
Acho que esta música foi feita sob efeito de substâncias alucinógenas (“e se um dia eu chegar muito estranho/louco”), mesmo assim é uma baita canção.

1 – Egotrip – Viagem Ao Fundo Do Ego
Grande banda formada pelo mestre do baixo Arthur Maia, pelo fenômeno da bateria Pedro Gil (que desde os 13 anos já acompanhava seu pai, Gilberto Gil, e outros artistas em gravações e apresentações) e pelos ótimos Nando Chagas (vocal, teclado e guitarra) e Francisco Frias (guitarra e teclado). Uma pena que a banda encerrou suas atividades quando da morte do Pedro Gil, vítima de um acidente de carro.

Caberia muito mais coisas aqui e a lista iria ficar enorme. Mas deixem suas opniões nos comentários.

Be happy!!! 🙂