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Top Top #8 – Lazy Times (Música de Relaxo)

Lazy Times 1
Aproveitando que estou saindo de férias (e consequentemente este blog também), uma pequena lista com músicas para momentos de relax e preguiça.

15 – Jamiroquai – Music Of The Mind
Não sei se quando o Jamiroquai escreveu esta música ela já era para ser uma “música da mente”, ou se criaram a música e depois batizaram, o que acabou caindo muito bem. Só sei que, como diria minha amiga Camila Portela, é uma música para “mentalizar no lilás”.

14 – Wilson Simoninha – Happy Houra à Beira Mar
Me lembra um por do sol no Rio. Seja tomando uma cerveja na mureta da Urca ou um chopp na beira da praia em Ipanema.

13 – Paul McCartney & Wings – Country Dreamer
Dá até pra sentir a grama na sola dos pés.

12 – The Beatles – Fool On The Hill
O tolo na colina é o único que vê o por do sol. Será que ele é que é o tolo?

11 – Seu Jorge & Almaz – Evebody Loves The Sunshine
Não tem como não amar o nascer do sol e um novo amanhecer.

10 – Vinicius de Moraes & Toquinho – Tarde Em Itapuã
Uma varanda, uma rede, um violão e o mar em frente. É tudo que me vem à mente quando ouço esta música.

9 – Paul McCartney & Wings – I Lie Around
Dá até pra ouvir o som do riacho.

8 – Ira! – Campos, Praias e Paixões
Até com músicas mais leves e relaxantes, o Ira! Consegue dar uma voadora no peito: “Na corda ele anda / Na vida ele é bamba / E quando ele acorda… / E quando ele acorda, ele sonha com / Campos, praias e loucas paixões”.

Lazy Times 37 – Israel “IZ” Kamakawiwoʻole – Somewhere over the Rainbow
Além da música em si ser fantástica, me traz à tona imagens fantásticas que eu trago na memória de um dos locais mais fascinantes que eu conheci: o Hawaii!

6 – Bob McFerrin – Don’t Worry Be Happy
Impossível não estampar um sorriso no rosto ouvindo esta música.

5 – Ze Rodrix – Eu Quero Uma Casa No Campo
Obra prima do mestre Zé Rodrix! Lembra cheiro de terra e grama molhada depois da chuva.

4 – Herbie Hancock – Maiden Voyage
Chegar em casa depois de um dia estressante de trabalho, “armar” uma dose de whisky, acender um cigarro e colocar Herbie Hancock pra rolar. Acabou stress!!!!

3 – Bob Marley – Satisfy My Soul
Sempre quando ouço esta, me imagino sentado na areia da praia, num final de tarde, vendo o sol se por, na companhia de pessoas que “satisfazem minha alma”.

Lazy Times 22 – George Harrison – Here Comes The Sun
Eu, como amante do verão, do sol e do dia, me sinto exatamente como descreve a música, quando vai chegando lá pra setembro (em SP) e os dias já começam a ficar mais quentes, começa a clarear mais cedo e escurecer mais tarde e eu sei que toda aquela alegria do verão já está bem perto. Realmente o sorriso volta à minha face.

1 – Ottis Reding – Sitting in a doc of a bay
Ottis Reding nos deixou esta pérola. Talvez seja minha preferida pois é como eu imagino passar os meus dias no futuro: sentado numa doca de um cais, vendo a maré rolar e o tempo ir embora.

P.S. O “subtítulo” foi emprestado de um álbum da dupla Jica y Turcão, que indico pra caramba, pois fazem um baita trabalho de recuperação e manutenção de músicas do folclore brasileiro (e latino em geral), além de serem engraçados pra caralho!!!

P.S.2. Estarei de férias mas já deixei programado alguns posts para pingarem neste meio tempo. So, stay tuned!!!!

Be happy! 🙂

Top Top #7 – Versão Brasileira (de músicas internacionais)

Versao Brasileira 1

Entre as características pelas quais os brasileiros são conhecidos ao redor do mundo, destacam-se a sua criatividade, sua versatilidade e sua capacidade de se adaptar.

Se isto, por um lado gera muitos problemas (o famoso “jeitinho brasileiro”), por outro também fez com que nossa cultura fosse uma das mais ricas (senão a mais), ao menos entre as nações mais recentes. Difícil encontrar um lugar que tenha uma variedade tão grande na área gastronômica, na dança, nas artes e cultura em geral.

Porém, acho que na música é que se encontram os maiores destaques (e talvez os mais reconhecidos fora do Brasil). Por aqui já juntamos Jazz com Samba (MPB), Rock com Maracatu (Manguebeat), Rock com Samba (Jorge Ben), Rap com Samba e Reggae (o Rappa), Rap com Rock (Charlie Brown Jr, Planet Hemp), e não cansamos de misturar “chiclete com banana”.

É claro que toda esta criatividade também pode ser usada para reinventar, além de ritmos, músicas já conhecidas (ou nem tanto). Pensando nisto, resolvi criar uma lista das melhores versões nacionais para sucessos internacionais:

10 – Bruno & Marrone – Se Não Tivesse Ido
Desde a popularização da Internet que as informações fluem mais rapidamente de um país para outro. Se antes demorávamos 6 meses, um ano, para termos aqui o lançamento de um disco ou filme internacional, hoje em dia isto acontece simultâneamente. Além do que, com as novas tecnologias de gravação e edição de áudio, o custo de se produzir uma música está muito baixo. O que temos atualmente, devido à estes fatores, é uma intensa produção musical, seguida de uma rápida e ampla disseminação desta produção. Com isto, muitos artistas têm acesso à outras músicas em quantidade e variedade inimagináveis. Com isto, os artistas populares brasileiros, de várias vertentes (forró, samba, axé, sertanejo), tem aproveitado esta oportunidade para criar versões de músicas que fazem sucesso em outros países, especialmente da América Latina (o contrário também acontece). Esta música do Bruno & Marrone é uma versão de Si No Te Hubieras Ido, do mexicano Marco Antonio Solis e entra na lista para representar todas estas versões e troca de informações que vêm ocorrendo ultimamente. Ah! E também por que acho a versão legal, bem melhor que o original.

9 – Capital Inicial – O Passageiro
Talvez este seja um dos riffs mais inconfundíveis do rock nacional, especialmente para quem nasceu antes de 1980. O que pouca gente sabia à época é que a música é uma versão quase literal de The Passenger, do Iggy Pop. O clip desta música também marca uma época em que os clips nacionais começam a ter uma produção mais caprichada, pois conta da existência da então recém inaugurada MTV Brasil.

8 – Gilberto Gil – Só Chamei Porque Te Amo
Esta é uma das que pra mim sairam melhor que o original. O nível da letra é fraco, mas tanto quanto a versão original, porém a música ficou melhor que a do Stevie Wonder, I Just Called To Say I Love You.

7 – Planet Hemp – Adoled
Eu monto na minha cabeça o filminho dos ensaios do Planet Hemp: os músicos chegam, afinam os instrumentos, ai para passar o som alguém pergunta: “o que vamos tocar?”. No que alguém responde: “A do Led! A do Led!”, talvez por esquecer o título da música do Led Zeppelin (efeito colateral de alguma substância tóxica ilegal?). Depois de vários ensaios acabou virando “Adoled”, uma versão para The Ocean, do Led Zeppelin.

6 – Legião Urbana – Hoje A Noite Não Tem Luar
Hahaha! Lembro quando esta música começou a tocar nas rádios, todo mundo achando que era uma música nova, ou uma “sobra de estúdio” do Legião Urbana. Muito pouca gente sabia que era uma versão de Hoy Me Voy Para Mexico, do grupo portoriquenho, sucesso na primeira metade dos anos 80, Menudo.

5 – Ira! – Vem Ficar Comigo
Gosto muito de sons mais trabalhados, como progressivo, tanto que não sou muito fã de punk. Porém o Ira! é uma das poucas exceções. Tudo o que eles fazem é crú, direto ao ponto, sem enrolação. Com esta versão de Train In Vain, do The Clash, não seria diferente. Só colocaram um pouco da pegada Ira!

4 – Skank – Supernova
O Skank é uma banda que evoluiu absurdamente desde sua estréia. Talvez seja a que banda nacional que mais tenha evoluido ao longo de sua história. Tanto evoluiram que mudaram completamente o estilo, e se você colocar algum disco daquela fase “pop-reggae-ska” pé no saco do início de carreira deles, e as coisas mais recentes, do Maquinarama para cá, para um gringo ouvir, muito difícil ele dizer que é a mesma banda (pode acertar que é o vocalista). Desde o Maquinarama, eles resolveram temperar (eu diria encharcar!) o seu som com suas principais influências: Beatles e Clube da Esquina! O disco Supernova (um dos melhores discos nacionais de Rock das últimas duas décadas), posterior ao Maquinarama, acho que foi o disco que realmente fez a ruptura entre o antigo Skank (que eu detestava) e o atual Skank (que está entre minhas bandas atuais prediletas). Tanto assumiram sua influência que a música título do disco é quase uma cópia de Tomorrow Never Knows, dos Beatles. Tons de guitarra, equalização da bateria, ritmo, etc. É praticamente igual, mas sem ser cópia. Ainda é Skank.

3 – Raul Seixas – Você Ainda Pode Sonhar
Talvez esta seja, ao menos no mundo Rock, uma das primeiras versões de música internacional feita por estas bandas. Não poderia ser de ninguém mais além do mestre Raul, fazendo uma versão da melhor banda de rock de todos os tempos, os Beatles, especificamente para Lucy In The Sky with Diamonds. Apesar de não ser uma tradução literal, a letra tem a mesma idéia. Arrisco até dizer que a letra do Raul é mais bela do que a a original.

2 – O Rappa – Hey Joe
Assim como no caso do Raul (e da posição numero um desta lista, a seguir), o Rappa conseguiu reinventar este clássico do Jimi Hendrix, sem que a letra perdesse o sentido, porém sem tentar fazer uma tradução literal da letra (aliás, estas tentativas geralmente são sofríveis). Além de tudo tem toda aquele estilo “Rappa” de música, que não dá pra definir como Rap, como Rock, como Reggae. É simplesmente Rappa e pronto.

1 – Paulinho Moska – Nunca Foi Tarde
Antes de saber que a música era uma versão de Lover, You Should’ve Come Over, de Jeff Buckley (um artista que infelizmente foi embora muito cedo), eu já achava esta música fantástica, tanto na mensagem que ela traz, quanto na parte musical. Ai certo dia não sei porque cargas d’água descobri Jeff Buckley através desta canção. Me apaixonei pela versão original e fiquei gostando ainda mais da versão do Moska, pela capacidade que ele teve em “traduzir” a mensagem para o português, mas também por traduzir o estilo Jeff Buckley de tocar para o estilo Paulinho Moska. Pra mim é a melhor versão brasileira de uma música internacional.

Bonus Treco – Falcao – Pau No Gato
Só para o artigo não ficar tão sério e manter a veia humorística do blog, esta clássica releitura de Another Brick In The Wall, do Pink Floyd, pelo mestre dos mestre Falcão……kkkkkkkkkkkkkkkk

Be happy!!!! 🙂

Versao Brasileira 2

Top Top #6 – Músicas de Motel (fucking songs)

Motel 1

Ah! O amor! Sábado à noite, o rapaz pega a namorada na casa dela, a leva em um barzinho com luz baixa, mpb rolando ao vivo, pede uma cerveja para ele e umas caipirinhas para a moça (“bem doce, por favor!”). Meia noite e meia pede pra fechar a conta para seguir a saga rumo à uma maravilhosa noite de amor. Só esqueceu que o pernoite se inicia as duas, então tem que ficar dando voltas de carro pela cidade, já que o período de 4 horas seria insuficiente junto à mulher amada.

Depois de uma pequena fila, uma espera de 1:30 para “prepararem o quarto” (espera esta que quase torna dispensável o próprio quarto, se é que me entendem) o casal adentra a suíte para aquela maravilhosa noite. Claro que não poderia faltar uma trilha adequada, mas….Oh! Wait! Tirando os pastores da madrugada, apenas três rádios funcionam: Antena 1, Alpha FM e Eldorado (isto para a realidade de São Paulo, mas creio que em outras cidades existam as similares).

Cientes de que a sua audiência está sedenta por uma trilha sonora para embalar uma noite de amor, os programadores destas rádios preparam um set list com o que há de melhor na música romântica internacional (incluíndo ai traduções simultâneas, não que alguém vá prestar atenção).

O Botecoterapia orgulhosamente apresenta, as 25 músicas (+ um bonus) mais tocadas nas madrugadas de sexta e sábado nos Motéis, as famosas “fucking songs”:

25 – Eurhytmics – Miracle of love
Milagre é não broxar com esta música.

24 – Haddaway – I Miss You
Esta não deixa saudades.

23 – Chris Isaac – Wicked Games
Jogo duro ouvir, isto sim!

22 – Bryan Ferry – Slave To Love
Só acorrentado pra aguentar.

21 – Tracy Chapman – Fast Car
Esta música até que é legalzinha. Uma das várias desta lista que fizeram parte da trilha de novelas.

20 – Crowded House – Don’t Dream It’s Over
Esta é uma que não tem motivo nenhum para ser tocada como “love songs”, mas ninguém sabe ingles mesmo.

19 – The Cars – Drive
Talvez ficasse melhor como trilha de drive-in.

18 – Double – Captain Of Her Heart
“Capitão do Coração”? Não sei como nenhum grupo de forró brega ainda não fez uma versão (ou ao menos usou o nome para o grupo)

17 – The House Martin – Build
O melô do papel! Trilha sonora da novela Bebê à Bordo. Talvez uma mensagem subliminar alertando para a adoção de métodos anticoncepcionais.

16 – Peter Cetera – Glory Of Love
Periga o cara querer fazer o “golpe da águia”.

15 – Spandau Ballet – True
“Ha-ha-ha-ha-a-ha” – Acho que alguém imaginou que isto fosse um gemido.

14 – George Michael – Careless Whisper
“…sussuros de um bom amigo”, sei!!!….kkkk

13 – Anita Baker – Sweet Love
Ai minha diabetes!!!!

12 – Phil Collins – One More Night
E mais nenhuma vez esta música de novo, por favor.

11 – Jim Diamond – I Should Have Know Better
Ai ai ai…

10 – Simply Red – If You Don’t Know Me By Now
Foi só pra colocar um Ruivo na lista…..hahaha

9 – Glenn Medeiros – Nothing’s Gonna Change My Love For You
Dá vontade é de mudar de rádio.

8 – Sade – No Ordinary Love
Sade normalmente é usada para “o golpe”: o cara chama a mina pra jantar em casa, bota uma coletanea da Sade pra rolar, abre um vinho, e ai o resto é história…

7 – Air Supply – Goodbye
Campeões de tradução simultânea.

6 – Earth, Wind and Fire – Fantasy
Mas o Earth, Wind & Fire é uma puta banda!!!!

5 – Tom Jones – Love Is In The Air
Uma lista de fucking songs sem o Reginaldo Rossi norteamericano não seria uma lista de fucking songs.

4 – Marvin Gaye – Sexual Healing
Porra Marvin Gaye! Você sempre foi um baita músico! Mas cura sexual é de foder. Literalmente!!!

3 – Roxette – It Must Have Been Love
Ah, os bailinhos da época do colégio…

2 – Serge Gainsbourg & Jane Birkin – Je t’aime Moi non Plus
PQP!!! Esta é clássica!!! Rola até um striptease nesta hora….hahaha

1 – Barry White – Just The Way You Are
Deve ser por causa da voz de ator pornô, mas digo uma coisa: não é nada agradável.

0 – Yahoo – Mordida de Amor
Este é um bônus track. Sei lá porque cargas d’água os programadores acham que esta música serviria para embalar algo. Talvez por causa da frase “quando faz amor, se olha no espelho”, bem propícia ao ambiente. De qualquer forma, a trilha sonora de Bebê à Bordo emplacou duas neste Top Top.

E você? Quais as suas músicas de motel preferidas? E não venha me dizer que nunca passou por uma situação destas!!!!

Motel 2

Top Top #5 – Os 20 álbuns que marcaram a minha vida

Music Passion 1De certa forma dando continuidade ao meu último Top Top, sobre os 10 livros que marcaram a minha vida, vou estender aqui uma outra brincadeira do mesmo tipo que rolou no Facebook a alguns dias atrás. À exemplo da brincadeira / desafio do livro, também pedia-se que listassemos 10 discos importantes para a nossa vida. Como foi muito difícil chegar a somente 10 naquela brincadeira e acabei deixando, com muita dor no coração, um monte de discos de fora, vou aumentar qualitativamente (colocando porque eu considero um disco importante) e quantitativamente a brincadeira, colocando 20 álbuns (e olha que deixei alguns outros de fora).

Os discos aparecem mais ou menos na ordem cronológica em que me marcaram e/ou apareceram na minha vida e basta clicar no link para ouvir alguma música do disco/banda ou o álbum no youtube.

0 – Ney Matogrosso – Promessas Demais
É apenas uma música e não um álbum e nem é uma das minhas preferidas, mas ela entrou aqui como item 0 por ser a primeira música que eu lembro de ter ouvido (lá pelos meus 5 ou 6 anos). Eu sempre careguei a melodia na cabeça e nunca soube que música era, ou mesmo o artista, até que um dia, há uns 8 anos atrás, estava dormindo com o rádio ligado (na Nova Brasil) e tocou esta música. De alguma forma, um pedaço da letra (“não precisava não acenar, precisava não promessas demais”) grudou na minha cabeça e eu lembrei quando acordei. Graças ao nosso amigo Google consegui, depois de mais de vinte anos, descobrir qual música era.

1 – Mozart – Requiém
Até os meus 14, 15 anos, eu tinha contato basicamente com músicas evangélicas (fui criado na igreja até mais ou menos esta idade) e erudita (fiz piano dos 10 aos 14 anos), portanto, ao contrário da maioria das pessoas, meus primeiros contatos não foram com Beatles, Roberto Carlos ou Raul Seixas. Esta obra póstuma do Mozart entra aqui na lista por ter sido a primeira música a realmente mexer comigo. Até hoje sinto um nó na garganta quando ouço esta obra.

2 – Pantanal – Trilha Sonora – Vol 2
Quando esta novela passou eu fiquei encantado com sua trilha sonora. Meu núcleo preferido da novela era o dos violeiros Tibério (Sergio Reis) e Xeréu Trindade (Almir Sater). Entra aqui por ter me “aberto as portas” para a música caipira brasileira (apesar de meu avô sempre cantar e tocar, até este momento não me atraia muito). Curiosidade: um tema muito tocado, especialmente quando apareciam as paisagens do Pantanal, é “No Mundo dos Sonhos”, de Robertinho do Recife, que trata-se de uma versão de Pepperland, do disco Yellow Submarine dos Beatles.

3 – Legiao Urbana – Dois
Aqui começa minha guinada rumo ao rock (provavelmente meu estilo predileto) e consequentemente ao violão. Estava ouvindo num sábado à tarde em casa a Rádio Transamérica e tocou Tempo Perdido. Fiquei doido e no meu próximo pagamento (era office boy na época, aos 14 anos) comprei um walkman vagabundo num camelô e esta fita no Museu do Disco. Ouvia a fita umas 15 vezes ao dia, todos os dias. À partir dai, “roubei” um violão velho do meu avô (tinha até um buraco que foi devidamente tapado com adesivos de campanhas políticas) e comprei algumas revistinhas de cifras para tentar tocar. Além disto, Legião foi basicamente a trilha sonora do meu primeiro namoro.

4 – Deep Purple – In Rock
Foi o primeiro disco de rock internacional com o qual eu tive contato (este disco existe até hoje e está com meu amigo Zé) e onde eu vi que Rock podia ser mais que 3 notas (até então eu estava numas de curtir Legião, Capital, Titãs) e que poderia se misturar inclusive com música erudita (que eu havia estudado).

5 – Led Zeppelin – Led Zeppelin I
Aqui foi minha introdução aos “virtuoses”. Ouvir num mesmo disco blues, rythm’n’blues, rock’n’roll e hard rock, interpretado com maestria por Plant, Page, Jones e Bonham fez eu “pirar o cabeção” e querer ter a música como carreira (sonho abandonado quando percebi que meu talento e minha disciplina eram bem menores que meu amor pela música). A capa do disco foi a primeira camiseta de banda que eu tive.

6 – Rush – A Show Of Hands
Muito antes dos Bill Gates, Zuckembers e Steve Jobs da vida, ser nerd não era legal, não era cool. Ser nerd era ser meio que pária do seu grupo (escola, rua, etc). O Rush sempre foi uma banda de nerds. Então nada melhor para o orgulho de um nerd como eu botar um disco pra rolar e ouvir, como abertura do show, o tema dos Três Patetas. Foi como um: hey, sou nerd sim, e dai?!?! Hoje em dia o Rush está entre as minhas bandas top (junto com Beatles, Pink Floyd e Yes).

Music Passion 27 – Golpe de Estado – Golpe de Estado
Janeiro de 1992!!!! Este foi o primeiro show “grande” que eu vi (com minha camiseta do Led, adquirida na Praça da República). Era uma festa da 89FM no estacionamento do Sambódromo do Anhembi e contou, além do Golpe, com o Ira! (tinha outra banda antes do Golpe, mas não lembro quem era e não cheguei a tempo de ver). Um baterista fantástico, um showman como vocalista, um guitarrista com riffs inconfundíveis e um baixista coeso “ligando” tudo e cantando hard rock (no melhor estilo Led, Whitesnake, Purple) em português. Foi paixão à primeira “ouvida”. Depois disto devo ter visto uns 80, 100 shows do Golpe, sendo eles somente superados pelo próprio Ira!.

8 – Ira! – Música Calma Para Pessoas Nervosas
Já era apaixonado pelo Ira! por conta do “Mudança de Comportamento” e do “Vivendo e Não Aprendendo”, mas este foi o disco em que eu pensei: “Porra! Estes caras são fodas! Querem fazer música e dane-se o resto! Dane-se se vai vender ou não!”. Não chegou a vender duas mil cópias (exatamente 1840 cópias na época, sendo que eu tinha duas: uma ganha, em LP, e outra comprada, em CD), apesar de ser um disco fantástico. Depois deste disco eles subiram ao primeiro posto das minhas bandas nacionais preferidas, pra não sair mais. Com certeza cheguei a ver mais de 100 shows do Ira! (Entre 1992 e 1997 ao menos um por mês!).

9 – Megadeth – Rust In Peace
Em 1993 estava numa época mais heavy metal, com 17 para 18 anos, cabelo comprido (sim, eu tinha cabelo!!!), querendo virar metaleiro para o resto da vida (tocava baixo na época) e este foi o disco que marcou esta época. Este disco é fantástico! Bom de ponta a ponta! Tirei ele (assim como os 3 primeiros do Metallica e mais o Countdown to Extinction do próprio Megadeth) inteiros no baixo, de ouvido, já que não tinha nenhum tab.com ou coisa parecida à época. Tornado of Souls tem para mim o melhor solo de guitarra da história do Heavy Metal, talvez uns dos 10 melhores da história do Rock.

10 – Dream Theater – Awake
Continuando minha saga metaleira, pirei quando ouvi Dream Theater pela primeira vez (na verdade, vi o clipe de Lie na MTV e fui atrás para comprar o CD). Tinha o peso do metal, com a complexidade e os temas longos das músicas eruditas. Cheguei a comprar um baixo de 6 cordas (tenho até hoje) somente para tocar Voices. Foi também minha porta de entrada para o rock progressivo. Mas hoje não tenho mais paciencia para ouvir Dream Theater.

11 – Jamiroquai – Emergency On The Planet Earth
Lá pelo final de 1996 estava totamente naquela vibe “metal”: não ouvia nada que não fosse no mínimo hard rock (a única exceção era o Ira!), não ia em lugar que não tocasse metal, tudo quanto outro tipo de som para mim era uma bosta e coisa de gente burra. Ainda bem que a gente cresce e evolui (quer dizer, a maioria de nós né). Este foi um dos discos que abriram minha cabeça para outras coisas que não fossem rock. Vi o clipe de “Emergency On The Planet Earth” na MTV e pensei: “não é metal, mas é legal e tocam bem!” e ai comecei a me dar mais oportunidades de ouvir coisas novas.

12 – Gilberto Gil – Millenium (coletânea)
13 – Chico Buarque – Millenium (coletânea)
Estes foram outros dois discos que abriram minha percepção para além do rock. Letras fantásticas, misturas de jazz, samba, mpb, rock, baião, forró, ou seja, a mistura que é o Brasil. Através destes discos eu pude abrir muito mais a minha cabeça para o que se faz de bom em termos musicais no nosso país (o que não é pouca coisa). Infelizmente, nas muitas viagens de galera, acabei perdendo os dois CDs (e um do Jair Rodrigues, da mesma série Milleinium, que tinha comprado junto)

14 – Racionais MCs – Sobrevivendo No Inferno
Este foi outro disco que derrubou alguns preconceitos que eu tinha (contra o Rap, Hip Hop, etc) e me abriu as portas para uma nova gama de sons (Funk, Soul, Motown, etc). Foi trilha sonora das viagens roubadas da “Turma do Grampo”.

15 – Funk Como Le Gusta – Roda de Funk
Putz! Este disco e os respectivos shows, com participações mais que especiais (Thayde, Jair Oliveira, Elza Soares, entre outros) na choperia do Sesc Pompéia marcou uma época da minha vida muito boa, onde a gente vivia para se divertir, sem preocupações. A preocupação que tinhamos, à época (eu com 23, 24 anos) era saber qual seria a próxima viagem, a próxima festa. Ganhávamos pouco mas nos divertíamos muito!

Music Passion 316 – Cassia Eller – Com Você…Meu Mundo Ficaria Completo
Ápice da carreira desta escritora fantástica, que infelizmente foi embora cedo, é um dos discos para entrar na história do rock nacional. Também foi trilha sonora do meu segundo namoro.

17 – Yes – Close To The Edge
Aqui já era 2002 para 2003, época que os arquivos de MP3 (assim como os Napsters e Audiogalaxys da vida) começam a se popularizar no Brasil. Sinceramente não lembro o que me fez dar uma “guinada” rumo ao progressivo. Só sei que esta época comecei a baixar discografia do Yes, ELP, Gentle Giant, etc. Também foi trilha sonora do meu terceiro namoro.

18 – Beatles – Abbey Road
Eu sou um fã “tardio” de Beatles. Na verdade só comecei a gostar realmente da banda em 2008, já com mais de 30 anos. Neste ano eu passei praticamente oito meses em Los Angeles, por conta do trabalho, e acabei sendo “convertido” à Beatlemania pelo Tony, marido da minha amiga Rebeca. Foi uma paixão tão avassaladora pela banda que eles entraram em questão de meses no meu top 4 de bandas e, quando fiz minha primeira viagem para a Europa, tive que ir à Liverpool. Quanto ao álbum escolhido, não tem como não considerar como melhor o álbum que traz Something, Here Comes the Sun e o melhor medley da história da música, que ainda termina com a frase que é o meu lema de vida: “and in the end the love you take is equal to the love you make”.

19 – Pink Floyd – Animals
Eu tenho um sério problema com músicas: eu consigo identificar todos os instrumentos usados (diferenciando, por exemplo, um moog de um hammond), os efeitos, as mínimas nuances da harmonia e da melodia, porém eu não presto muita atenção na letra, mesmo quando ela está em português. Ainda bem que certo dia (2009) eu resolvi prestar atenção às letras contidas no Animals, e fui tentar entender o conceito. O disco é baseado no livro “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell. Depois de descobrir isto, fui atrás do livro, o que me despertou uma paixão que há muito estava adormecida: a literatura (quer dizer, eu nunca parei de ler, mas fazia uns 10 anos que eu só lia coisas relacionadas à profissão ou carreira).

20 – Fundo De Quintal – Nos Pagodes da Vida
Vixe! Meus amigos metaleiros (aqueles que eu citei que não crescem….hahaha) vão querer me matar por conta deste. Já havia tido contato com Samba lá para 1999, pois cheguei a tocar violão num grupo de pagode. Porém, fui me apaixonar pelo estilo (ao ponto de comprar um cavaquinho e aprender algumas músicas) ao ver um show do Sombrinha, com a participação do Arlindo Cruz, no Traço de União (no dia 22 de Outubro de 2011, meu aniversário!). Fui atrás para conhecer a história destes dois caras, ai acabei caindo na história do Fundo de Quintal, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho, Done Ivonne Lara, Almir, Candeia, Cartola….

Bem, no momento são estes álbuns que têm marcado minha vida até agora, mas com certeza ainda tem muita música que vai fazer a trilha sonora dela em momentos importantes.

DAVID GILMOUR – LIVE AT THE ROYAL ALBERT HALL

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Navegando no Youtube atrás de umas músicas do disco Obscured by the Clouds do Pink Floyd, me deparei com uma versão de Wot’s…Uh The Deal em um show do David Gilmour. Como nunca acompanhei a carreira solo dos membros do Floyd, desconhecia esta obra prima. Busquei na mesma hora o show completo e fui “obrigado” a assistí-lo por inteiro. Acabei encomendando o DVD logo após de assistir o vídeo para tê-lo na minha “DVDteca” (sim, eu sou uma das poucas pessoas que ainda compram DVDs e CDs).

A estrutura do show é bem mais simples do que as da época do Pink Floyd. Jogo de luzes, lasers, um telão sem muitas estripulias e uma ótima banda acompanhando, que conta com nomes como Jon Carin (um músico sensacional que já gravou ou acompanhou em turnê nomes como o próprio Pink Floyd, Roger Waters, The Who, Soul Asylum e até o Gipsy Kings) e Phil Manzanera (ex-Roxy Music).

Mas o destaque mesmo fica por conta da presença do Richard Wright (já debilitado, tadinho) para reviver, junto com o Gilmour, clássicos do Floyd comoTimeEchoes e Shine on You Crazy Diamond.

As participações ficam por conta de David Crosby e Graham Nash (Crosby, Still, Nash (and Young)), do David Bowie e de Robert Wyatt, fundador do fantástico grupo Soft Machine (Não conhece? Shame on you!!), que por sinal foi uma das influências do próprio Pink Floyd.

Além de vários clássicos do Floyd, Gilmour toca alguns sucessos de sua carreira solo, como On An Island, neste caso muito bem acompanhado por Crosby e Nash:

Bem, sou suspeito para falar do Gilmour, pois acho ele um dos melhores guitarristas de todos os tempos. Ele é aquele guitarrista que você tem que mostrar para a molecada que toca guitarra e acha que ser bom guitarrista é tocar 1 milhão de notas por segundo ou encher o som de efeitos. Bom mesmo é quem sabe tocar devagar, com o som quase clean e mesmo assim criar passagens geniais.

No DVD Bônus também se encontram algumas “sobras” maravilhosas, como a já citada Wot’s…Uh The DealWearing The Inside Out (cantada pelo Wright) e uma versão diferente de Arnold Layne (no DVD principal quem canta é o Bowie, no DVD Bônus é o Wright)

Só por TimeShine On ou Echoes, individualmente, já valeria muito à pena. Com as 3 no mesmo DVD ao vivo então! Se tivesse Dogs eu teria que arrumar uma máquina do tempo para voltar a Maio de 2006 e assistir à este show….hehehe