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Botecando #96 – Sampa Pop Bar – SP

Sampa Pop 01A Rua Casa Forte, ali em Santana, sempre foi um dos redutos da boemia da zona norte, mas fazia tempo que não dava um pulo lá (muito tempo!!!). No aniversário de camarada Regis, tive a oportunidade de conhecer o SambaPop, uma simpática casa.

O imóvel, assim como dos demais bares da região, parece ter sido montado em uma antiga casa, que foi adaptada para acomodar o bar. O que seria o corredor lateral virou um comprido salão com mesas, onde ao fundo fica o pequeno palco, onde neste dia estava rolando MPB e Pop Rock. Onde seria a sala fica o Bar e nos demais cômodos as demais mesas.

Sampa Pop 02Achei a decoração um tanto confusa (muita informação junta), bem como o atendimento também. Por confuso não quero dizer que é ruim, só meio atrapalhado mesmo.

Gostei muito de ter as opções de cervejas diferentes, como Eisenbahn (cuja pilsen podia ser adquirida em versão de 600mls), Baden Baden, etc. No quesito comida, além de porções e lanches, funciona o sistema de espetinhos, o que é bom para quando se tem bastante gente, já que cada um escolhe exatamente o quanto e o que vai comer.

Não é aquele “baita” boteco que a gente recomenda pros amigos, mas é o suficiente para passar algumas horas comendo, bebendo, ouvindo boa música e jogando conversa fora com os amigos.

Onde: Sampa Pop Bar (Rua Casa Forte, 157 -Santana – SP)
Quando: 15/07/2016
Bom: cervejas “diferentes”, espetinho e música ao vivo
Ruim: o ambiente e o atendimento são meio confusos
Facebook: https://www.facebook.com/SampaPopBar
Site: http://www.sampapop.com.br/

Be happy! 🙂

Botecando #89 – O Embarxador – Beer & Food – São Paulo – SP

Inauguração do Embarxador

Inauguração do Embarxador

Quando criei esta “seção” a intenção era dar dicas de bares que eu gosto, ou seja, não é algo impessoal, algo para ser “imparcial”. Até porque, não tem como ser imparcial no quesito boteco. Então já que nunca tive esta proposta, vou ser parcial pra caralho para avaliar O Embarxador!

O Embarxador é um bar/boteco recém inaugurado na Zona Norte, numa travessa da Alfredo Pujol e é resultado da vontade de três apaixonados por boteco, cervejas especiais, petiscos, e tudo o que diz respeito à esta cultura, de montar um bar não apenas para “ganhar dinheiro”, mas de criar um boteco que eles próprios gostariam de frequentar.

Olha eu ajudando a tirar uns chopps na inauguração

Olha eu ajudando a tirar uns chopps na inauguração

O imóvel, apesar de pequeno, foi bem montado e aproveita bem todos os espaços. A decoração foi planejada para ser aconchegante, sem deixar de ser um boteco, mas também sem ser “largado”. De um lado está o balcão, com as 5 torneiras de chopp: uma de Heineken e mais quatro que variam entre estilos e marcas, sempre nacionais. Do outro uma bancada para os clientes apoiarem os copos e logo acima alguns “caixotes” que fazem a vez de prateleiras, com as cervejas disponíveis para levar para viagem. A maioria delas também está disponível para consumo na hora. Caso não esteja, é só pedir que eles colocam pra gelar. Apesar do espaço restrito, a carta de cervejas foi montada para cobrir a maioria do dos estilos.

No quesito comida, além da ótima coxinha, carro chefe da casa, de acordo com o cardápio do dia pode-se provar um caldinho, um bolinho de carne, uma casquinha de siri, ou então o ótimo pernil no pão de queijo, muito famoso em Minas Gerais, mas difícil de se encontrar em São Paulo.

O atendimento é feito pelos próprios donos e por isto pode esperar ser muito bem tratado. Eventualmente alguma apresentação de artistas (MPB e Rock Nacional) ocorre na casa.

Para quem procura um local na Z/N para tomar umas cervejas especiais / artesanais, para beliscar alguns petiscos saborosos ou mesmo para dar uma passada e levar umas cervejas para casa (ou encher o growler), é só dar um pulo e falar que é amigo do Ruivo que talvez até consiga um desconto (o amendoim de graça é garantido sem precisar citar meu nome…haha).

Pra ficar completo e batizar o bar, só está faltando nosso amigo Zé ir dar uma vomitada por lá…..kkkkk

P.S. Não, o bar não é meu, mas me sinto como “sócio honorário” e, parafraseando aquele adesivo que colam em carro: não sou dono do bar, mas sou amigo do dono!!!!

Onde: O Embarxador (Rua Embaixador João Neves da Fontoura, 306 – Santana – SP)
Quando: 28/05/2016
Bom: comida, bebida, atendimento, etc
Ruim: as prateleiras da geladeira são muito frágeis….hahaha
Facebook: https://www.facebook.com/oembarxador/?fref=ts

Be happy! 🙂

Algumas das guloseimas: bolinho de carne, coxinha e o saboroso pernil no pão de queijo!

Algumas das guloseimas: bolinho de carne, coxinha e o saboroso pernil no pão de queijo!

Botecando #40 – Ceres Cervejas Especiais – São Paulo – SP

CeresQuem passa em frente à Ceres – Cervejas Especiais muito provavelmente não vai imaginar o tesouro que ali se esconde. O imóvel é simplesmente uma casa que na parte frontal exibe uma vitrine com algumas garrafas, manequins, camiseta, etc. Se eu tivesse passado lá sem o objetivo de ter ido tomar umas brejas provavelmente acharia que se trata de um estúdio de tatuagem.

Mas ao entrar, na sala desta casa a gente já tem a primeira boa impressão: uma geladeira e várias prateleiras com vários rótulos de cerveja (muitos nacionais). Em uma outra sala existe também uma mesa de snooker para aqueles que quiserem brincar um pouco e no “quintal dos fundos” algumas mesas.

O sistema é parecido com o do Empório Alto dos Pinheiros: você vai até uma das prateleiras e escolhe a cerveja que quer, se dirige até o caixa com sua comanda e aguarda na mesa que eles levam para você.

Ceres 2Como a casa não é muito grande (é um imóvel residencial adaptado), não dispõe de serviço de cozinha, porém aos finais de semana (e às vezes em alguns outros dias) eles fazem algumas parcerias com food trucks que servem os clientes. Eles publicam a programação da semana em sua página do Facebook. Se você for em algum dia que não tenha foodtruck lá basta ligar para algum delivery entregar uma pizza ou esfihas, sem problemas.

Os preços também são dentro do padrão Empório e você encontra algumas boas opções por valores bem acessíveis.

Acho que repito isto toda vez que falo de um bar que vende cervejas especiais, mas vamos lá novamente: como um “dinossauro” no campo das cervejas especiais no Brasil (afinal de contas, eu frequento o Frangó há 20 anos!) eu fico muito feliz por ver cada vez mais este mercado crescendo, seja através de locais como o Ceres, seja através da cada vez maior quantidade de opções de rótulos de cervejarias brasileiras.

Onde: Ceres Cervejas Especiais (Rua Voluntários da Pátria, 3244 – São Paulo – SP)
Quando: 03/12/2014
Bom: variedade de rótulos, atendimento e preço.
Ruim: o espaço é pequeno.
Site: https://www.facebook.com/cerescervejas?fref=ts

Ceres 3

Botecando #6 – Famoso Bar do Justo

Apesar de frequentar bastante a Zona Norte, só tinha ido à este bar uma vez, há uns 15 anos atrás e aproveitando que fui assistir um show no Parque da Juventude, que fica bem perto, resolvi “arrastar” os amigos para fazer um “after” neste tradicional bar.

Este é um dos vários exemplos de bares que, apesar de terem crescido e entrado na moda, não perderam sua essência de boteco. A região onde ele é localizado, não é das melhores, do ponto de vista comercial para um bar um pouco mais “requintado”, já que fica perto de uma estação de metrô (Metrô Santana) que é rodeada de comércios populares (e muitos camelôs). Este é um fato que pode incomodar quem gosta mais de “luxo e ostentação” (o que não é o meu caso e nem dos meus amigos), já que, estando nas mesinhas da calçada, você será invariávelmente interpelado por pedintes ou vendedores ambulantes.

A mim não incomoda e acho que faz parte do pacote, da experiência.

Voltando ao bar: é um boteco de bairro típico que cresceu e se sofisticou sem perder sua essência. A cerveja (no caso Skol) veio sempre bem gelada e, atendendo à pedidos, servida em copos americanos. Não cheguei a provar muita coisa, pois tinha almoçado antes do show, porém comi a porção de torresmo, que era muito boa (aliás, os bares de SP podiam oferecer mais este petisco).

Das pessoas que estavam comigo, algumas pediram outras porções (frango à passarinho, que pareceu bem servida e apetitosa), enquanto outras pediram lanches (de pernil e de lagarto), que também pareciam estar muito bons.

Fiquei sabendo depois que a especialidade da casa é coxinha de costela, o que me obrigará a voltar logo para provar este quitute.

Onde: Famoso Bar do Justo (Rua Alferes Magalhães, 25/29 – Santana – SP)
Quando: 26/01/2014
Bom: petiscos e lanches
Ruim: algumas pessoas podem se incomodar com a localização ou com os pedintes / ambulantes
Página: https://www.facebook.com/Bardojusto

Botecando #4 – Bar do Luiz Fernandes

Bar Do Luiz

Se você mora em São Paulo, curte cerveja e boa comida e nunca foi ao Bar do Luiz, você está cometendo um pecado. E se você mora na Zona Norte, mesmo que não seja chegado em botecos e ainda não conhece o BDL, está cometendo um crime (passível de cassação da sua cidadania “zona-norteana”). Parafraseando o Mário Sérgio Pontes de Paiva, este é um verdadeiro boteco, na acepção da palavra.

Vamos a um pouco de história: este simpático boteco, que fica na Rua Augusto Tolle, 610, no Bairro de Santana, me foi apresentado por um amigo de faculdade lá pelos idos de 2000 (tenho que agradecer ao Luis Fernando, vulgo Batata!). À época, era bem menor do que é hoje, ocupando somente o salão da esquina com a Rua Ulisses Esteves Costa. Salão este que deve ter uns 40 metros quadrados. Além do salão, onde existia o balcão com os acepipes e as geladeiras com cervejas, as mesas (aquelas dobráveis de metal típica de botecos) eram dispostas na calçada e, após o fechamento do estabelecimento que ficava ao lado (acho que era uma loja de roupas, imóvel mais tarde adquirido e anexado ao bar), na garagem e na calçada deste.

O que mais me chamou a atenção na primeira vez que eu fui, era que tanto o Seu Luiz, quanto seu filho, o Edu, e todo o pessoal que lá trabalhava, conheciam meus amigos pelo nome ou apelido (ou ao menos o time para o qual torciam), o que trazia um tratamento mais “pessoal”. Além disto, na época, quando você se sentava em uma mesa, recebia uma “comanda” (na verdade apenas um pedaço de papel) e um lápis, pois você mesmo era o responsável por anotar o seu consumo, o que criava um clima de confiança entre a casa e seus fregueses.

Seu Luiz e Dona Idalina

Seu Luiz e Dona Idalina

Tirando a “auto comanda” e o espaço físico (hoje já totalizam 4 imóveis na mesma esquina, sem contar outros 2 estabelecimentos e um quiosque na praça de alimentação de um supermercado da região), pouca coisa mudou desde então e os clientes frequentes ainda são recepcionados pelo Edu, que faz as vezes de “cicerone” da casa enquanto serve as mesas (toda a família mete a mão na massa!), e chamados por ele e pelos garçons pelo nome (ou apelido, conforme o caso) e o tratamento é recíproco por parte dos clientes, que tratam os garçons pelo nome (isto quando não existe um tratamento mais íntimo e reciproco como: o corno, o viado, etc….hehehe), o que cria este clima de pessoalidade e intimidade.

A cerveja é sempre gelada (nunca, mas nunca mesmo a cerveja não estava boa, e já devo ter ido lá mais de 100 vezes), o balcão de petiscos oferece uma imensa variedade de acepipes, desde os mais comuns (frios, azeitonas, ovo de codorna) até os mais “hards” (moela de frango, figado de frango e figado de boi) e as batidas preparadas pelo Seu Luiz são uma atração à parte (sugiro a meia de seda e a de amendoim, disponíveis inclusive em garrafas de 1 litro para viagem).

Talvez a principal atração da casa (além do atendimento) seja a “carta de bolinhos” da Dona Idalina, a matriarca da família, já conhecida e premiada por vários veículos (Veja SP, Folha de SP, Revista da Folha, etc) e eventos (Comida de Boteco, Boteco Bohemia, etc): Bolinho de Carne (o mais tradicional), Surpresa da Dona Idalina, Bolinho de Bacalhau, entre outros.

Um outro ponto que eu acho interessante: este foi um dos primeiros bares a extinguir os 10% obrigatórios já cobrados na conta. Acho esta atitude bastante inteligente, pois “força” o bom atendimento por parte dos garçons (que aqui existiria mesmo sem este artifício) e o cliente, quando bem atendido, acaba oferecendo mais do que os tradicionais 10% de gorjeta, o que é bom para os funcionários do bar.

Garçons que tratam e são tratados pelo nome. Este é o Tim.

Garçons que tratam e são tratados pelo nome. Este é o Tim.

Além de tudo, o Bar do Luiz, além dos outros estabelecimentos (BDL Cervejaria, BDL Grill e BDL do Andorinha), também é responsável por organizar a maior festa de um bar no Brasil, festa esta que acabou por substituir o Boteco Bohemia, se tornando, inclusive, bem maior do que sua precursora.

Talvez o único problema do BDL (como carinhosamente é chamado pelos frequentadores assíduos) seja gerado pela obsessão pelo bom atendimento: por mais que o bar esteja cheio, nunca vão dizer que você terá que esperar para ser atendido ou que não podem receber ninguém pois a casa está lotada. Vão dar um jeitinho, apertar umas mesas aqui, mover outras acolá, ou ao menos, acomodá-lo no balcão enquanto vaga uma mesa, o que acaba gerando uma superlotação nos dias mais movimentados (happy hour de quarta a sexta e horário de almoço do sábado), o que faz com que fique difícil para os garços e os clientes se movimentarem e acaba por reduzir um pouco a qualidade do atendimento (mas a cerveja ainda virá sempre gelada!).

Para evitar isto, sugiro chegar cedo e pegar uma mesa na calçada. Outra dica é: vá de transporte público. Pegue o metrô até a estação Santana do Metrô e de lá, tome um táxi ou a linha 1756 – Pedra Branca, que leva 10 minutos e passa na frente do bar.

Apesar de eu ser meio suspeito para falar do BDL, nenhuma das pessoas às quais apresentei ou sugeri o bar teve uma mínima reclamação dele, muito pelo contrário, sempre ouço elogios e agradecimentos.

Onde: Bar do Luiz Fernandes (Rua Augusto Tolle, 610 – Santana – SP)
Quando: 25/01/2014
Bom: atendimento, petiscos e cerveja sempre gelada
Ruim: alguns dias fica muito lotado, o que diminui um pouco a qualidade do serviço
Site: http://bardoluizfernandes.com.br