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Botecando #88 – Bar do Antenor – São Paulo – SP

Bar do AntenorO Bar do Antenor é um tradicional “pé-sujo” (no melhor sentido da palavra) da região da Lapa / Vila Romana (inclusive havia um bloco carnavalesco que usava o bar como quartel general). Após o falecimento do Seu Antenor, ele ficou fechado por alguns meses até a familia receber a proposta de reabrir o Bar, mantendo o nome. Os novos proprietários fizeram alguns ajustes, deixando o bar um pouco menos “botecão”, mas nada que tirasse a alma do bar (uma vez pé-sujo, sempre pé-sujo!).

No dia em que fomos uma dupla (muito boa!) que tocava rock (principalmente internacional, especialmente grunge: Pearl Jam, STP, Nirvana, etc) animava a noite. O atendimento é ainda um pouco atrapalhado, mas devem se acertar com o tempo e a clientela presente (que parecia ser toda local) até se divertia com a atrapalhação dos garçons.

A cerveja (Heineken) estava sempre bem gelada. Além dela, ainda havia opções de Original, Skol, Brahma e até Eisenbahn (a Brasil Kirin mandou muito bem na idéia de popularizá-la). Um dos destaques fica por conta da comida, que além de porções (na hora do almoço também tem PF), oferece espetinhos assados na hora. A carne e os acompanhamentos (farofa e vinagrete) estavam muito bons.

É uma boa opção para um happy hour, almoço, etc na região da Lapa

Onde: Bar do Antenor (Rua Tito, 765 – Vila Romana – SP)
Quando: 21/05/2016
Bom: comida e música ao vivo
Ruim: ainda falta alguns ajustes, especialmente no atendimento
Facebook: https://www.facebook.com/pages/Bar-Do-Antenor/419588874854030?fref=ts

Be happy! 🙂

Botecando #73 – Central da Villa – São Paulo – SP

20151009_002551O que você responderia se alguns amigos te convidassem para um show do Sampa Crew? “Claro, vai ser no mínimo engraçado”, foi minha resposta. E foi mesmo. Mas antes de falar do show (e das outras “atrações”), vamos primeiro falar sobre o local.

O Central da Villa é o antigo “Central do Brasil”, que durante muitos anos foi um dos locais em São Paulo onde se ouvia a melhor MPB (com o grupo Sons e Palavras). O imóvel é um galpão que provavelmente era utilizado como armazem e tem um pé direito bem alto (o que proporciona uma acústica legal), contando também com um mezanino. A decoração é bem simples, baseada em tijolos aparentes e alguns desenhos de ícones da música. Mas o mais interessante da decoração é que, pelo fato do imóvel ser amplo, as mesas são bem espaçadas, e dá um ar mais “clean” para a casa.

O atendimento é outro ponto de destaque, com garçons e garçonetes muito atenciosos e simpáticos. No quesito bebidas, as cervejas nacionais padrão estavam disponíveis e ainda tinha promoção de balde de Heineken (a unidade saia R$ 12,00, porém o balde com 4 custava R$ 40,00). Pedimos uma porção de provolone à milanesa que, apesar de um tamanho generoso, estava na média em termos de sabor. Valeu o preço.

Agora voltando ao show: imaginávamos que o Sampa Crew seria a única atração da noite, porém, uma dupla sertaneja tocou inicialmente. A dupla até que não era ruim (os cantores eram medianos, mas a banda era até boa), mas eu acho que musica negra (samba, pagode, soul, mesmo o “black pop” do Sampa Crew” e funk) não combina com sertanejo. São estilos muito distintos e inclusive com públicos diferentes.

Como eu disse que no mínimo seria engraçado, realmente aconteceu: lá pelas tantas subiu um “convidado” no palco (algum empresário queria “mostrá-lo” ao público) que foi responsável por um misto de humor e vergonha alheia. O visual do “artista” já era meio estranho: o cara era um Glenn Danzig emo que cantava sertanejo (ou como eu apelidei na hora: emonejo). Cantava não seria a palavra mais correta, já que além de não conseguir manter o tom das músicas, também não conseguia manter um ritmo e fazia com que a banda ficasse “correndo atrás” dele. Para completar o “pacote”, ainda tentou inventar alguns movimentos que, creio eu, ele julgava ser uma dança. Para não falar que eu é que sou chato, quando ele terminou duas músicas (pareceram intermináveis momentos de tortura), alguém sugeriu “mais um?” e o bar inteiro foi unânime: NÃO!!!!

O Sampa Crew acabou entrando quase meia noite e meia (de uma quinta L). Conforme o tempo, nossa percepção sobre as coisas acabam mudando, não porque elas tenham mudado, mas sim porque nós mesmos mudamos (e eu particularmente deixei de lado preconceitos musicais). Eu estava achando que seria um show estilo “brega anos 90” para dar risada e acabei até que gostando, especialmente ao perceber que o Sampa Crew é a versão tupiniquim do Boyz 2 Men. As melodias e o arranjo vocal das música é bom e, se as letras não são aquele primor, ao menos ficam no mesmo nível do “pop romântico meloso” dos seus inspiradores.

Veria um show deles novamente de boa!

Onde: Central da Villa (Rua Fáustolo, 1430 – Lapa – SP)
Quando: 08/10/2015
Bom: preços e espaço
Ruim: o mix de estilos musicais não é legal
Site: http://www.centraldavilla.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/centraldavilla

Be happy! 🙂

Botecando #59 – Empório Sagarana – São Paulo – SP

Sagarana 03Eu já havia ido ao Sagarana umas duas ou três vezes antes de iniciar este blog e as primeiras impressões que eu tive sempre foram muito boas.

O bar fica localizado num imóvel de esquina bem no meio da Vila Romana, com fácil acesso à estação Vila Madalena do metrô (dá menos de 30 minutos andando, ou 5 de táxi). O local é dividido em 2 ambientes com paredes forradas de prateleiras exibindo garrafas de cervejas de todas as origens e tipos, garrafas de cachaça e vidros de compotas e doces.

Como a temática do bar é mineira, os petiscos baseados na culinária desta região dominam o cardápio, com destaque para o lanche de pernil no pão de queijo, que na minha opnião, junto com porção de torresmo e coxinhas (não as porções, aquelas em tamanho padrão, e sem catupiry, por favor), deviam ser presenças obrigatórias em qualquer boteco.

Entre as cervejas oferecidas, várias brasileiras, o que sempre me agrada muito. Os garçons são bem educados e conhecem bem sobre o assunto (cervejas especiais), podendo ser consultados quando o cliente ou não tem conhecimento ou está em dúvida sobre o que pedir.

No Sagarana é tudo certinho: carta de bebidas, porções, atendimento, localização, decoração, etc. E talvez este seja o único problema do Sagarana: é tudo muito certinho, tudo muito “pasteurizado”, a ponto de não ter personalidade. Até os clientes são do tipo “nem fede nem cheira”. Falta uma atendimento diferenciado (como no BDL ou no Cesinha). Ou uma carta fenomenal (como no Frangó). Ou garçons “amigos” (como no Ó e na Diva).

Como o local é relativamente novo, creio que com o tempo esta “personalidade” irá se desenvolver. E com certeza acompanharei este desenvolvimento…hehehe

Onde: Empório Sagarana (Rua Marco Aurélio, 883 – São Paulo – SP)
Quando:29/05/2015
Bom: carta de cervejas e lanche de pernil no pão de queijo.
Ruim: falta personalidade.
Site: http://www.emporiosagarana.com.br/
Facebook: https://www.facebook.com/emporiosagarana

Be happy! 🙂

Devia ter uma lei obrigando todos os botecos a oferecerem este petisco, além de porções de torresmo.

Devia ter uma lei obrigando todos os botecos a oferecerem este petisco, além de porções de torresmo.

Botecando #13 – Bar do Xerife

Bar do Xerife 1

Localizado na Rua Guaicurus, na Lapa (um pouco fora dos circuitos de bares da Zona Oeste), é um misto de lavarápido de motos e bar/lanchonete. Portanto, é bastante frequentado por motociclistas (na rua existem várias lojas de motos, peças, mecânicos, etc). Conheci por conta do meu amigo Zé, que se apresenta lá quase que semanalmente com sua banda, Le Passage.

Tem uma decoração que me lembra bastante os bares dos EUA, com bastante flâmulas de moto clubes, caveiras, “lambelambes” de humor. O cardápio também remete à culinária Tex-Mex presente principalmente no Sudoeste dos EUA.

Le Passage + Allan Saffiotti mandando um rock

Le Passage + Allan Saffiotti mandando um rock

Possui algumas mesas na parte interna e um “balcão” e mesas do lado de fora. Também existe um pequeno espaço para as bandas/músicos se apresentarem.

O mais interessante aqui, além do som ao vivo (rock, hard rock e heavy metal, na maioria das vezes), é que os preços são justos tanto para bebidas (R$ 5,00 uma long neck de Heineken ou Budweiser, sempre bem geladas), quanto para comidas. Para comer, cai bem uma das várias receitas de hamburgueres, especialidade da casa.

Mas tem um porém: devido à falta de um sistema de PA (amplificação) geral da casa, as bandas precisam deixar o som muito alto, para que este possa ser ouvido do lado de fora, e ai se torna quase impossível ficar dentro do bar e conseguir conversar.

Ok! Os rockeiros mais puristas vão dizer que rock tem que se ouvir no talo (bem, eu discordo, acho que música tem volume certo para ouvir, nem alto e nem baixo), mas quem procura um bar com música ao vivo, geralmente quer, além da música, poder bater um papo. Não à toa, geralmente o lado externo está totalmente cheio (mesmo em dias mais frios e/ou à noite), enquanto a parte interna fica relativamente vazia (comparado com o ambiente externo).

Acho que eles poderiam fazer um investimento num equipamento de PA, com caixas distribuidas em todos os ambientes (e com retorno para os músicos), e assim distribuir melhor o volume. Uma máquina de flipper, uma mesa de Snooker ou um jogo de dardos também iria “complementar” a proposta do local.

Mas apesar disto, é um bom lugar para tomar umas cervejas, beliscar uns petiscos e ouvir um bom rock’n’roll.

Onde: Bar do Xerife (Rua Guairucurus, 1008 – Água Branca – SP)
Quando: 23/03/2014
Bom: preço, snacks e musica ao vivo
Ruim: som muito alto!
Página: http://www.bardoxerife.com.br/