Na resenha sobre o primeiro livro da série Dirk Gently, eu expliquei um pouco do processo de criação do Douglas Adams. Também pontuei que achei o livro um tanto confuso, inclusive com uma das estórias não se encaixando muito bem na “colcha de retalhos” que os livros do Adams normalmente são.
Bem, não vou dizer que achei The Long…, o segundo livro da série, uma obra-prima, mas ao menos achei bem melhor que o primeiro. Talvez eu tenha pego a manhã de ler Douglas Adams em inglês, mas talvez o principal fato seja que neste as duas estórias principais (que se desenvolvem em paralelo, em conjunto com umas duas ou três linhas menores) ficaram bem melhor costuradas.
A primeira tem como ponto de partida um bate-boca entre dois passageiros e uma atendente de companhia aérea no balcão de check-in no Aeroporto Heathrow, em Londres, seguida por uma misteriosa explosão. A descrição de Adams para o aeroporto, suas áreas e respectivas funções é hilária! Já na segunda linha, nosso herói (?) se vê envolvido em na morte misteriosa de um de seus clientes (provavelmente o único cliente!).
A partir daí vários detalhes vão sendo adicionado à cada uma das linhas, bem como outras pequenas linhas vão sendo iniciadas, cada uma no apropriado tempo, para que no final todas elas se juntem. E aí achei o ponto fraco do livro: os capítulos que ligam todas as pontas têm um ritmo muito corrido e mereciam ser mais bem explorados. De qualquer forma, é um livro bem divertido.
Uma curiosidade a respeito do título: ele foi retirado de “A Vida, o Universo e Tudo Mais”, da série o guia. A frase foi usada para descrever o tédio miserável do ser imortal Wowbagger.
Be happy 🙂