Falar sobre Varadero, estando num all inclusive é facil.
Primeiro você acorda e vai tomar o cafe da manhã. Como eles atendem publicos de diversos países e culturas variadas, eles têm que oferecer variedade. No buffet tem morcela para os espanhóis e portugueses, bacon e panquecas (com maple syrup) para os americanos, pepino e tomate para os alemães, feijão e salsicha para os ingleses, e por aí vai. So de pães deve ter umas 20 opções. Chutando baixo, no total devem ter umas 150 opções de comida só no café da manhã.
Depois voce vai para a praia curtir o visual paradisiaco e aquele mar verde e limpo (uma pena é a água ser fria), deita na espreguiçadeira e passa o restante da manhã tomando cerveja. Regularmente tem alguma atividade que me permiti não fazer para evitar a fadiga.
Lá pelas 13:00 voce vai almocar e as opcões também não são poucas.
Depois do almoço vai para o bar molhado da piscina tomar umas cervejas, mojitos, daiquiris e piñas coladas.
Ao final da tarde, se dirige ao bar do lobby para um happy hour, afinal todo mundo precisa desestressar.
Umas sete horas volta para o apartamento, senta na varanda e abre uma cerveja para relaxar. Eventualmente tira uma soneca, já que ninguém é de ferro.
As 21 horas vai jantar em um dos restaurantes temáticos e logo após assiste a algum show ou participa de uma festa temática organizada pelo resort. Ainda dá tempo de dançar um pouco na balada do hotel, mas não até muito tarde, pois você precisa dormir cedo, já que o próximo dia também será duro!
Eu sinceramente acho que na declaração de direitos humanos da ONU deveria ter um parágrafo dizendo que “todo ser humano deve passar ao menos 3 dias de sua vida num all inclusive”.
Observações, dicas e considerações:
- Achei impressionante a quantidade de alemães no resort. Chutando baixo cerca de 60% dos hóspedes. O restante se dividia em outros Europeus (principalmente espanhóis e franceses), pouquíssimos latino americanos e quase nenhum brasileiro. Uma pena.
- Aquela empatia que a seleção e a imprensa alemã demostraram quando da passagem deles pela Bahia, na Copa do Mundo no Brasil, no ano passado, não parece ser apenas “jogada de marketing”. Eu vi os alemães interagindo muito com o pessoal do hotel (garçons, barmans, pessoal da limpeza, etc) com uma curiosidade genuína e um respeito enorme por uma cultura diferente da deles. Presenciei até uma cena bem legal: uma alemã, que pelo que eu entendi estava deixando o hotel, entregando uma lembrancinha para uma das moças que trabalhavam no buffet do café da manhã.
- Uma coisa que eu notei e que achei muito legal foram alguns funcionários do hotel irem curtir o dia de folga com suas famílias no resort. Não sei a motivação disto, mas é interessante por não isolar “a casa grande da senzala”, ou seja, dá a oportunidade de pessoas que talvez não tivessem condições de bancar um hotel daquele tipo (e em Cuba isto corresponde a 90% da população) de aproveitarem um pouco daquilo que eles oferecem aos estrangeiros todos os dias.
- Quando fui à Punta Cana uma das coisas que eu mais detestei foi o fato de que os funcionários não podiam se alimentar no Buffet (mesmo após o fechamento deles). Quando cheguei no resort em Varadero já eram mais de 3 horas da tarde e fui almoçar, pegando o fechamento do buffet, e os funcionários experimentavam os “quitutes” (imagino que eles já tinham almoçado antes) sem nenhum problema ou medo de punição. O mesmo acontecia nos bares: os funcionários dão uma parada depois do seu turno para “tomar um trago” antes de irem para casa, por conta do hotel.
- O resort organizou uma festa (White Party) e uma das cenas mais legais foi ver uma centena de pessoas, literalmente dos 8 aos 80 anos, de nacionalidades diversas, se divertindo como se não houvesse amanha e dançando como se não houvesse ninguém assistindo (eu representei o Brasil…hehehe)
Be happy 🙂
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