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White Fang – Jack London (04/2022)

white_fangQuando escrevi sobre The Sea-Wolf, comentei no final que o Jack London não havia me cativado, mas que iria dar uma chance para White Fang num futuro não tão próximo. Como recebi um e-mail da Amazon com uma promoção do livro resolvi aproveitar e dar esta chance em menos tempo do que eu esperava.

A estória começa narrando a jornada de dois sujeitos encarregados de levar um caixão através das paisagens do noroeste da América do Norte durante o rígido inverno da região usando um dog sled, aqueles trenós de neve puxados por cães que vemos em filmes e desenhos. Na sequência, a narração logo muda de perspectiva e passa a narrar a jornada da matilha de lobos famintos que perseguia o trenó.

Nesta segunda fase da estória, o narrador descreve as situações que a matilha enfrenta durante o inóspito inverno e a escassez de presas. Ao final do inverno e com a matilha se espalhando, o foco recai sobre She-Wolf, uma híbrida de cão com lobo que fazia parte da matilha, os potenciais parceiros que a cortejam e a disputa (mortal) entre estes. Quando sobra somente um lobo após estas disputas e o casal finalmente copula, a estória novamente muda de perspectiva, desta vez para o “ponto de vista” do único filhote a sobreviver – White Fang.

É nesta fase, que abrange mais da metade do livro, que a estória fica interessante, com o narrador “traduzindo” toda a fase de aprendizado, o desenvolvimento da lógica e dos instintos, e até os sentimentos de White Fang.

No final achei mais interessante do que The Sea-Wolf, talvez por ser uma leitura mais fluída e com menos termos técnicos (e náuticos), apesar de ter tido que, em algumas vezes, recorrer ao Google para esclarecer algum termo de época ou regionalismo. Mas ainda assim, não é uma leitura que me agradou muito e o mais interessante do livro é justamente esta premissa de traduzir as ideias e sentimentos de um animal.

Uma curiosidade: “She Wolf” já foi usado como título e tema para várias canções, de artistas dos mais diferentes estilos, de Shakira ao Megadeth, passando por David Guetta.

Be happy 🙂

The Sea-Wolf – Jack London (05/2021)

the_sea_wolfDurante a leitura do Ghost Rider, do Neil Peart, eu peguei a dica de alguns autores que ele mencionava nas suas cartas a Brutus. Um destes autores foi Jack London e, numa das últimas compras, resolvi comprar o que talvez seja a obra mais famosa do autor: The Sea-Wolf.

O livro inicia-se com o desfortúnio de Humphrey van Weyden, um intelectual que vive às custas de uma herança, nunca tendo trabalhado na vida. Durante uma viagem pela baia de San Francisco, o barco onde Humphrey viajava naufraga. Ele é resgatado pela escuna Ghost, que estava a caminho da sessão de caça de focas no Pacífico Norte.

O capitão do Ghost é Wolf Larsen, o personagem principal e que dá título ao livro, um brutal tirano daquele pequeno mundo que é a escuna, onde também se encontram outros marinheiros, um cozinheiro e os caçadores. Porém Larsen não é um animal provido de muitos músculos e pouco cérebro. Autodidata, ele é de certa forma um intelectual, inclusive justificando sua brutalidade e violência a partir de uma filosofia bem peculiar.

Humphrey vira inicialmente um escravo no Ghost, mas por ser a única pessoa no navio com capacidade intelectual e conhecimento para debater com Larsen, começa a galgar postos na hierarquia local. Além do mais, Humphrey, agora submetido a trabalhos braçais, começa a desenvolver outra visão de mundo.

O equilíbrio aparentemente atingido é chacoalhado com o resgate de outros náufragos pelo Ghost. Neste resgate Maud Brewster, escritora famosa, torna-se a única mulher no barco, atraindo tanto a paixão de Humphrey como de Larsen.

Não vou me estender mais pra não dar spoiler. Mas a história é bem interessante. Porém, como tem muitos termos náuticos e também de época (o livro foi publicado pela primeira vez em 1904), a leitura em inglês foi um pouco cansativa. Além disto, a edição que eu comprei tinha as letras muito miúdas.

Foi interessante mas o autor não me cativou. De qualquer forma, vou dar uma chance para White Fang, outro livro citado por Peart, em um futuro não tão próximo.

Be happy 🙂