(28/Ago/2017-31/Ago/2017)
Confome havia falado no último Wanderlust sobre o Rio, a cidade contém várias em uma. Desta vez, com uma passagem rápida somente durante a semana, resolvemos fazer um roteiro pela baixa gastronomia do Rio, especialmente fora dos pontos turisticos (Copacaba, Ipanema e Leblon).
Mas como ninguém é de ferro, já haviamos programado a viagem para podermos curtir o Samba do Trabalhador, uma das melhores rodas de Samba do Brasil, já na segunda-feira. Pegamos o metrô, descemos na Saens Peña, na Tijuca, e demos uma volta pelo centro comercial do bairro. Depois nos dirigimos ate o Renascença Clube e após tomarmos umas duas cervejas (Antárcticas, claro!) na porta, entramos logo no início do Samba (lá pelas 16:30) para garantirmos o nosso lugar. Na saída, no caminho de volta para o metrô, encontramos o Gabriel da Muda, um dos cavaquinistas da roda, que perguntou se a gente não estava no samba, ai começamos a trocar idéia e ele nos chamou para dar um passada no Bar do Momo, que ficava no caminho. Ficamos lá um pouco e já planejamos voltar no outro dia.
Na terça-feira lá fomos nós novamente para a Tijuca fazer um tour pelos botecos da região. Voltamos ao Momo, onde pudemos aproveitar, agora com calma, o ótimo bolinho de arroz (olha que eu não sou chegado neste petisco pois acho sem graça) e a surpreendente guacamole de Jiló. Depois fomos até o Varnhagem, na praça de mesmo nome, onde além de tomarmos umas geladas debaixo de um sol escaldante, também aproveitamos para pedir uma porção mista de bolinhos.
A idéia de fazer um tour pelos botecos da Tijuca surgiu ao acompanharmos os videos do canal Botecos do Edu, então fomos seguir algumas das sugestões. Primeiro passamos no Café e Bar Aldila, uma portinha que, segundo o Edu, tem um dos melhores torresmos do Rio. Achei bom, acima da média, mas já comi melhores. Em seguida fomos até o Cantinho do Céu para mais uma cerveja.
Neste meio tempo o Gabriel havia sugerido por mensagem que fôssemos ao Carioca da Gema. Lá provamos uma otima porção de torresmo e uma coxinha boa (apenas). Infelizmente não havia mais espaço no estômago para provar a porção de polenta com rabada desfiada, que pareceu muito apetitosa.
Quarta de manhã fomos dar uma volta na Praça Mauá para ver como havia ficado após a Copa (passamos lá um pouquinho antes da Copa, em 2014). Ficou bem legal, mas ainda falta um movimento. Poderiam montar um espaço com bares e restaurantes, a exemplo da Estação das Docas em Belém. Antes de nos dirigirmos até Botafogo para explorar os bares da região, passamos para tomar uma caipirinha no Quiosque Terra Vista, em Ipanema, que tem uma das melhores que eu já provei.
Demos uma circulada pela rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, que muitos afirmam ser o mais parecido com a Vila Madalena no Rio, porém não encontramos nenhum boteco digno de nota. Mas seguindo novamente uma dica do Gabriel, fomos até o bar da Cervejaria Hocus Pocus e novamente a dica valeu muito a pena. O lugar é ótimo, as cervejas fantásticas, petiscos deliciosos e atendimento acima da média (a garçonete Gabi é uma atração à parte pela simpatia e alegria).
Foram poucos dias, mas deu pra aproveitar relativamente bem. Pena que não deu pra voltar ao Rio na última vez que estivemos no Brasil. Quem sabe na próxima.
Observações, dicas e considerações:
- Será que é tão difícil para a rede de transporte público de São Paulo copiar o sistema de vendas de cartões do Rio? Não precisa nem das máquinas automáticas. Basta disponibilizar o cartão para venda nas estações de metrô.
- O VLT / Tram / Bonde do Rio funciona muito bem, inclusive o sistema com validação do bilhete sem o cobrador. Uma pena que a rede é pequena.
- Algumas linhas de ônibus do Rio também aboliram os “trocadores” (como se chamam os cobradores no Rio) e têm funcionado. Novamente, parece que só São Paulo não consegue (ou não quer) adotar algumas coisas que dão certo em praticamente todo o mundo no seu sistema de mobilidade urbana.
Be happy 🙂