Este é outro livro da literatura infanto-juvenil brasileira que todo mundo leu e eu ainda não tinha lido. E olha que posso contar nos dedos os poucos livros da famosa Coleção Vagalume que eu não lí.
Publicado pela primeira vez em 1956 na revista O Cruzeiro, em forma de folhetim (a cada semana um capítulo era publicado), o romance polícial, no estilo Agatha Christie, conta a história de Alberto, um estudante de medicina, cujo irmão foi brutalmente assassinado em um crime sem aparente razão e em que a polícia não conseguiu obter nenhuma pista sobre os motivos ou sobre o assassíno.
Porém, quando um outro assassinato ocorre na cidade, Alberto liga o caso ao do seu irmão por um detalhe: tanto seu irmão quanto a segunda vítima tinham os cabelos vermelhos. Além disto, durante a investigação da cena do novo crime, uma caixa com um besouro é descoberta, o que liga o crime ao de Hugo, irmão de Alberto, pois um besouro também havia sido encontrado no quarto deste.
À partir dai, Alberto se junta ao polícial encarregado do caso para auxiliar na busca deste “assassino em série” (acho que quando o livro foi escrito, o termo nem existia).
Apesar de usar uma linguagem mais antiga e coloquial, o livro é de fácil leitura e imagino até que a autora tenha usado alguns termos “modernos” para a época, pois o público alvo dela eram os jovens e adolescentes. O mistério em sí tem um bom desenvolvimento, apesar de eu achar que o fim poderia ter sido um pouco melhor.
Mas o mais interessante do livro é o fato de mostrar alguns costumes e comportamentos de quase 6 décadas atrás. Achei muito legal também as inserções em língua estrangeira, já que a autora também tinha estudado línguas e conseguiu colocar, com as devidas notas de rodapé, algumas expressões em inglês que são usadas até hoje. Ela só poderia ter colocado uma nota traduzindo a única expressão em alemão do livro.
Be happy 🙂