Existem alguns lugares que você conhece e se pergunta “por que é que eu não conheci antes?”. Foi o meu caso quando, há dois anos atrás, conheci a cidade do Rio de Janeiro, e o mesmo ocorreu agora com Paraty.
Situada no extremo sul do estado do Rio de Janeiro, um pouco após a divisa com São Paulo, esta charmosa e histórica cidade é bastante conhecida por suas ruas de pedras e seus imóveis com janelas e portas largas, além das 3 igrejas, situadas no centro histórico da cidade. E aqui já fica a Dica 1: se for ficar hospedado no centro histórico, não leve mala e tente arrumar um mochilão, pois é difícil andar por lá com malas de rodinhas e invariavelmente você terá que carregar.
Este centro histórico é repleto de restaurantes, bares e lojas, especialmente de artesanato ou cachaças da região.
Além disto, do centro da cidade consegue-se acesso fácil a duas praias: a praia do Pontal e a praia do Jabaquara (uns 20 minutos de caminhada do centro). Porém, estas não são as melhores praias de Paraty, que se encontra bem no centro da baia de Ilha Grande e por isto conta com várias outras praias, bem como ilhas, somente acessíveis através do mar. Mesmo estas duas praias não sendo as melhores, vale a pena conhecer, nem que seja para sentar em alguns dos seus quiosques para tomar cerveja ou mesmo almoçar. Dica 2: é mais barato comer nestes quiosques do que no centro histórico.
Para ter acesso às outras praias e algumas ilhas (muitas são particulares e com acesso proibido), deve-se pegar um catamarã ou mesmo um barco pequeno. No cais, que fica perto do centro histórico, existem vários barcos que saem com programações diversas. Dica 3: fora de feriados prolongados, não precisa comprar o passeio de barco com antecedência e dá para escolher qual catamarã pegar pouco antes da saida deles, que normalmente ocorre às 11:00hrs (se informe na pousada).
Uma outra opção aos catamarãs (que levam de 50 a 100 pessoas), se estiver com um grupo de pessoas (à partir de 5), é alugar um barco menor e combinar o roteiro com o marinheiro. Vai sair um pouco mais caro, mas talvez valha mais a pena.
Para ficar na cidade, existem várias pousadas a preços acessíveis (no caso, pagamos R$ 200,00 / dia num quarto para 3 pessoas, com café da manhã, bem no centro histórico) e também, para quem vai viajar sozinho ou está em grupos pequenos, existem hostels. Dica 4: na praia do Pontal existem 2 hostels bem legais, de frente para o mar.
Paraty é um lugar que dispensa carro, pois muita coisa você faz à pé (o centro histórico é fechado para carros) e para acessar outras praias você vai de barco. Mesmo para Trindade (infelizmente acabei não indo), existem ônibus saindo de 1 em 1 hora. Dica 5: fui de São Paulo até lá de Ônibus e o custo foi de R$ 105,00. Mais barato do que de carro e com mais conforto, já que era semi leito.
À noite o centro histórico da cidade é bem movimentado e o público é o mais variado possível: famílias, casais, grupos de amigos. Como a cidade atrai bastante turista estrangeiro, um ponto negativo são os preços, que têm padrão europeu e acaba saindo meio pesado para os brasileiros. Em alguns bares uma água chega a custar R$ 10,00. Dica 6: tirando o Paraty 33, os demais bares fecham à 1:00 da manhã, portanto, se quiser aproveitar, tente chegar no máximo as 22:00hrs.
Um outro ponto alto foi a simpatia das pessoas que nos atenderam na maioria dos lugares por onde passamos (pousada, quiosques, bares, etc).
Paraty é encantador e espero voltar lá mais vezes, especialmente no pico do verão (a temperatura estava alta durante o dia, mas à noite já esfriava bem), para poder aproveitar mais as demais praias.
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